Abencerragem: Antologia Improvável #358

21-05-2011
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ADÃO DEPOIS DA QUEDAA paz me amava.E o paraíso eragozar a fontee a larva da criação.Eva e eu estávamosvestidos na palavra.E desobedeci.O conhecimento do maleu quis. E sou um odrede carne e dúvidas,um odre de pó, som,úmidas fendas pela alma.Um odre, um odreque se esconde:ora no côncavo da rocha,ora no bosque, ora nestevazio de quem se achandorico, é pobre, pobre.E Deus me chamou e indagou:"Por que te ocultas?"Mas Ele sabe e sua perguntaaumenta esta vergonhade ser homem e desterrado,esta peçonha que a serpenteinoculou e ainda ressonha,letal, com o sofrimentoque me agarra, o suor,o braço do agravo.Em Deus aguardo.Pelos séculos, aguardo,com meu odre quebrado.Arca da Aliança


ADÃO DEPOIS DA QUEDAA paz me amava.E o paraíso eragozar a fontee a larva da criação.Eva e eu estávamosvestidos na palavra.E desobedeci.O conhecimento do maleu quis. E sou um odrede carne e dúvidas,um odre de pó, som,úmidas fendas pela alma.Um odre, um odreque se esconde:ora no côncavo da rocha,ora no bosque, ora nestevazio de quem se achandorico, é pobre, pobre.E Deus me chamou e indagou:"Por que te ocultas?"Mas Ele sabe e sua perguntaaumenta esta vergonhade ser homem e desterrado,esta peçonha que a serpenteinoculou e ainda ressonha,letal, com o sofrimentoque me agarra, o suor,o braço do agravo.Em Deus aguardo.Pelos séculos, aguardo,com meu odre quebrado.Arca da Aliança

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