Bobby Robson não me deixa saudades

25-05-2011
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O Fernando Moreira de Sá fez o elogio fúnebre do antigo treinador inglês do FC do Porto, Bobby Robson.

Lamento não partilhar dessa tristeza e, em relação ao agradecimento de todos os portistas, podes excluir-me pelo menos a mim.

Como treinador, nunca passou da mediania. Nunca ganhou nada de realmente importante. Como seleccionador inglês, foi um longo fiasco de 8 anos.

Como treinador do FC do Porto, retenho sobretudo a perseguição que moveu ao Domingos, o melhor jogador do plantel, durante uma época inteira. E retenho ainda mais a forma como, depois de o FC do Porto lhe ter dado a mão no pós-despedimento do Sporting e no cancro que o atormentou, moveu um processo em tribunal ao clube, mesmo sabendo que tinha sido libertado sem custos para ir treinar o Barcelona. Alegou depois que não tinha percebido os termos do acordo.

Dele, retenho ainda que, em quatro anos de Portugal, não se dignou a aprender uma única palavra portuguesa. Dir-me-ão que os ingleses não têm jeito para línguas. Depois de ter vivido este ano com um rapaz inglês que cá estava ao abrigo do Comenius, e que em meia dúzia de meses aprendeu a falar um português perfeito, esse argumento não me convence.

Bicampeão nacional? Até o Carlos Alberto Silva o foi…

Nunca tive jeito para elogios fúnebres. Respeito os mortos, mas as verdades são para se dizer.

P. S. – A propósito, morreu nos últimos dias alguém que também não me deixa saudades: Rui Cartaxana, um dos mais encarniçados anti-portistas que conheci. Que alcance agora a paz que não conseguiu ter nos últimos 30 anos de vitórias do FC do Porto.

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O Fernando Moreira de Sá fez o elogio fúnebre do antigo treinador inglês do FC do Porto, Bobby Robson.

Lamento não partilhar dessa tristeza e, em relação ao agradecimento de todos os portistas, podes excluir-me pelo menos a mim.

Como treinador, nunca passou da mediania. Nunca ganhou nada de realmente importante. Como seleccionador inglês, foi um longo fiasco de 8 anos.

Como treinador do FC do Porto, retenho sobretudo a perseguição que moveu ao Domingos, o melhor jogador do plantel, durante uma época inteira. E retenho ainda mais a forma como, depois de o FC do Porto lhe ter dado a mão no pós-despedimento do Sporting e no cancro que o atormentou, moveu um processo em tribunal ao clube, mesmo sabendo que tinha sido libertado sem custos para ir treinar o Barcelona. Alegou depois que não tinha percebido os termos do acordo.

Dele, retenho ainda que, em quatro anos de Portugal, não se dignou a aprender uma única palavra portuguesa. Dir-me-ão que os ingleses não têm jeito para línguas. Depois de ter vivido este ano com um rapaz inglês que cá estava ao abrigo do Comenius, e que em meia dúzia de meses aprendeu a falar um português perfeito, esse argumento não me convence.

Bicampeão nacional? Até o Carlos Alberto Silva o foi…

Nunca tive jeito para elogios fúnebres. Respeito os mortos, mas as verdades são para se dizer.

P. S. – A propósito, morreu nos últimos dias alguém que também não me deixa saudades: Rui Cartaxana, um dos mais encarniçados anti-portistas que conheci. Que alcance agora a paz que não conseguiu ter nos últimos 30 anos de vitórias do FC do Porto.

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