NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: POEMA PUBLICADO À REVELIA DO AUTOR...

04-08-2010
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.MYSTERIONNão é de agora (disse o mármore) essa escurae insidiosa imagem da sustentação das coisasnelas próprias. Da fria dissolução das coisasnelas próprias. Blasfema e última avidezdo nada, senhorio pálido do fim, mentis:lepra e ferrugem na palavra e nos metais.Não, não é de agora a prostração das coisas,mas na penumbra e na água (disse) o verdeaguarda. Canta na solidão do vitral o fogoe aguarda. O puríssimo vermelho é a memóriado mocho, a vigília áspera do mocho. Insubmissoso bronze e o falcão. Nem o veneno na pedranem a secreta (disse) crispação vulcânicados anjos são de agora. Mas no mais íntimodo assombro assenta a fundação da esmeralda,ao mistério velado ascende o coração do mundoe cria. Não é de agora a ruína nos arcos,a rendição na voz. Mas o adorável silênciodos sapos é o verbo, a floração árcticada urze é o verbo e sabe, o corvo sabe.Imperial e oculta (disse) elevação do musgo.Casimiro Ceivães


.MYSTERIONNão é de agora (disse o mármore) essa escurae insidiosa imagem da sustentação das coisasnelas próprias. Da fria dissolução das coisasnelas próprias. Blasfema e última avidezdo nada, senhorio pálido do fim, mentis:lepra e ferrugem na palavra e nos metais.Não, não é de agora a prostração das coisas,mas na penumbra e na água (disse) o verdeaguarda. Canta na solidão do vitral o fogoe aguarda. O puríssimo vermelho é a memóriado mocho, a vigília áspera do mocho. Insubmissoso bronze e o falcão. Nem o veneno na pedranem a secreta (disse) crispação vulcânicados anjos são de agora. Mas no mais íntimodo assombro assenta a fundação da esmeralda,ao mistério velado ascende o coração do mundoe cria. Não é de agora a ruína nos arcos,a rendição na voz. Mas o adorável silênciodos sapos é o verbo, a floração árcticada urze é o verbo e sabe, o corvo sabe.Imperial e oculta (disse) elevação do musgo.Casimiro Ceivães

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