Coisas que me parecem surreais… mas são reais

26-05-2011
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Há crise económica, os partidos políticos dizem-se preocupados e atrevem-se a lançar alguns conselhos e recomendações sobre a melhor maneira de enfrentar e resolver a crise. Esses mesmos partidos aplicam fortunas em campanhas eleitorais, e, nestas, em formas pouco esclarecedoras de promover o debate político.

Os partidos políticos clamam – melhor será dizer, exigem -, por mais debates políticos e todos querem aparecer na televisão. Demoram meses a chegar a acordo e quando chegam não têm coragem de decidir. Têm de ser as televisões a fazer sorteios. Quando chegar a hora das verdadeiras decisões, o que vão fazer?

Uns lançam um programa político de muitas páginas e palavras. Outros são mais contidos nas palavras mas dizem quase o mesmo. As prioridades são as mesmas, as de sempre. Não pode haver outras, claro.

Alguém da presidência lança a suspeita de haver vigilantes do Governo a seguir Cavaco Silva e acólitos. Sócrates diz que é um “disparate de Verão” e mais nada faz, nem sequer pedir uma investigação. O Procurador Geral da República diz que não há dados que apontem para algo mais que o tal disparate.

O Presidente da República nada diz. Deixa o caso em lume brando, faz de conta que não é nada com ele e mantém-se a banhos, tranquilo. Quando fala é para dizer que não quer alimentar casos laterais e garante que preserva a solidariedade institucional. Espantoso. Nem demitiu ninguém, nem anunciou que o faria, não mandou convocar o primeiro-ministro, nem o PGR. Não pediu qualquer informação adicional, não interrompeu as férias para fazer uma comunicação ao país. Nada. Nicles.

Agosto termina hoje, mas com a classe política que temos, a silly season vai continuar.

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Há crise económica, os partidos políticos dizem-se preocupados e atrevem-se a lançar alguns conselhos e recomendações sobre a melhor maneira de enfrentar e resolver a crise. Esses mesmos partidos aplicam fortunas em campanhas eleitorais, e, nestas, em formas pouco esclarecedoras de promover o debate político.

Os partidos políticos clamam – melhor será dizer, exigem -, por mais debates políticos e todos querem aparecer na televisão. Demoram meses a chegar a acordo e quando chegam não têm coragem de decidir. Têm de ser as televisões a fazer sorteios. Quando chegar a hora das verdadeiras decisões, o que vão fazer?

Uns lançam um programa político de muitas páginas e palavras. Outros são mais contidos nas palavras mas dizem quase o mesmo. As prioridades são as mesmas, as de sempre. Não pode haver outras, claro.

Alguém da presidência lança a suspeita de haver vigilantes do Governo a seguir Cavaco Silva e acólitos. Sócrates diz que é um “disparate de Verão” e mais nada faz, nem sequer pedir uma investigação. O Procurador Geral da República diz que não há dados que apontem para algo mais que o tal disparate.

O Presidente da República nada diz. Deixa o caso em lume brando, faz de conta que não é nada com ele e mantém-se a banhos, tranquilo. Quando fala é para dizer que não quer alimentar casos laterais e garante que preserva a solidariedade institucional. Espantoso. Nem demitiu ninguém, nem anunciou que o faria, não mandou convocar o primeiro-ministro, nem o PGR. Não pediu qualquer informação adicional, não interrompeu as férias para fazer uma comunicação ao país. Nada. Nicles.

Agosto termina hoje, mas com a classe política que temos, a silly season vai continuar.

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