NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: GOVERNO OCULTO DO MUNDO

30-05-2010
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VITOR MANUEL ADRIÃOInicio este estudo, tendo estado presentes vários dirigentes políticos na hora da suaalocução pública (Lisboa, 1984), recuando ao Período Quaternário que marcou a CivilizaçãoAtlante mãe da actual, ao momento em que os olhares da Humanidade enviesaram cobiçosos dosvalores e posses de uns pelos outros, começando assim a perda gradual – cada vez tomando maisvelocidade à medida que se precipitava na degradação psicossocial da Raça – da noção de intercomunhãodas criaturas e intercâmbio de relações justas até ao completo esquecimento do quefora o primitivo e universal sentido prático de Comunidade (de “comum+unidade”, a unidadecomum ou universal equivalente ao lema aghartino At Niat Niatat, “Um por Todos e Todos porUm”), começando assim as guerras feudais, depressa tornadas nacionais até afligir todo ocontinente da Atlântida, que a ferro e fogo acabou afogando-se nas fúrias atlânticas do Oceanoimplacável.Esse retrato não vai bem com o panorama psicossocial dos dias actuais de um Ciclopodre e gasto, onde o vício é uma virtude e a virtude um preconceito, cada vez campeando maisa injustiça, a ignorância e todos os males à solta dos “4 Cavaleiros” do Apocalipse?... Mascertamente, e a História o prova abundantemente, melhores dias haverão de vir para o Mundo…Desde então, da Queda Atlante correspondendo ao Dilúvio Universal, a actual Raça-MãeÁria ou Ariana que lhe sobreveio tem – através dos seus mais preclaros Filhos todos pertencentesao mais que excelso Panteão dos Deuses ou Avataras, não importa se maiores ou menores, poisque todos têm subscrito a mesma mensagem de Concórdia Universal e assim impulsionado oprogresso sócio-espiritual da Humanidade – se esforçado por fazer renascer a primitiva1Comunidade ou Concórdia Universal dos Povos, que é dizer, a Sinarquia que brilhou na antiga“Arcádia dos Deuses” ou Idade de Ouro (Satya-Yuga), sob a égide da mais ampla Igualdade (doscorpos, em proposição), Fraternidade (das almas, em tese) e Liberdade (dos espíritos, emprincípio), esse que, aliás, foi o lema social da Maçonaria em França no século XVIII.Já há seis mil anos Fo-Hi, criador da tese da imutabilidade Yin-Yang pela qual explicavao Equilíbrio Universal dos Opostos (Feminino e Masculino, Matéria e Espírito, Lua e Sol, etc.),juntava e guiava o povo chinês, até então disperso em tribos e clãs, para as planícies férteis juntodo Rio Amarelo, ensinando-o, baseado nessa sua tese filosófica, a viver em harmonia com aNatureza e, consequentemente, consigo mesmo.Por sua vez Orfeu, “Aquele que cura pela Luz”, iniciou a Grécia, num período de grandeinstabilidade social e religiosa, no culto a Apolo, o Verbo Solar, portanto, de cariz absolutamenteevolutivo, ao mesmo tempo que estabelecia os fundamentos do Tribunal dos Anfitriões a quem aGrécia deve a sua unidade nacional até hoje.Zarathustra (“Estrela de Ouro” ou “Esplendor do Sol”, nascido em Bactriana ou emRhagés, não se tem a certeza, perto da actual capital do Irão, Teerão, talvez 1.000 a.C.), naPérsia, Fundador e Legislador (donde, Manu) da doutrina monoteísta do Fogo Primordial ouMazdeísmo (também conhecida por Magismo, Parsismo, Zoroastrismo ou “Culto do Fogo deOrmuz” ou Ahura Mazda, “A Luz das Luzes”), inculcou fundo na mente do seu povo Arya anoção importantíssima de «a união fazer a força», conseguindo criar a unidade nacional decaracterísticas sinárquicas. Desenvolveu a agricultura das terras ensinando o método tradicionalde melhor as trabalhar para que dessem colheitas fartas, pelo que inventou novas alfaiasagrícolas. Aos sábios do seu Colégio dos Magos revelou a doutrina astrosófica dos EspíritosPlanetários (Kabires, sendo os mesmos Kumaras hindustânicos) e os segredos da AgriculturaCeleste (Alquimia).Todos seguiram e reconheceram a superioridade incontestável de Zarathustra ouZoroastro (“Zero-Astro” indicativo do próprio Sol Central, o 8.º Espiritual do Sistema deEvolução). Isso em conformidade com o que afirmava há cinco mil anos Krishna a Arjuna:«Quando um homem nobre homem faz alguma coisa, os outros o imitam; o exemplo que ele dá,é seguido pelo povo» (in Bhagavad-Gïta, cap. 3, vers. 21).Em concordância com Krishna, Lao-Tsé, “Velho Mestre” da China milenar, expôs na suaobra Tao-Te-King, o “Livro da Via e da Virtude”, no versículo 58: «Quando o governante éindulgente, o povo permanece puro. Quando o governante é intransigente, o povo torna-setransgressor». Foi esta a razão que levou Confúcio (551-479 a.C.) a opor-se à exploração sócioeconómicaexercida despoticamente pelos senhores feudais da China do seu tempo, e a procurarinstituir um modelo de governação justa em moldes sinárquicos.Voltando ainda à Grécia, no século IV a.C. Pitágoras, “Espírito Vidente”, fundou nacolina de Crotona a sua “Escola Pitagórica”, admitindo indistintamente alunos de todas asclasses sociais e raciais como exemplo vivo do que lhes pretendia incutir: o princípio dafraternidade universal. De maneira semelhante procedeu o Iluminado Platão na sua Academiade Atenas, resumindo-se nesta frase capital toda a sua política sinárquica: «Eu sou cidadão doUniverso e procuro viver como bom cidadão cósmico».Já na Idade Média europeia, o espírito de entrega do Franciscanismo cristão identificavasepleno com o espírito de adoração do Sufismo islâmico, e já a Ordem dos Cavaleiros Pobres deCristo e do Templo de Salomão (vulgo, Ordem dos Templários) tentara fundar a SinarquiaEuropeia, ou melhor, Transeuropeia unindo aos dois hemisférios do Mundo numa verdadeiraConquista Espiritual, apesar de a tentativa ter gorado no plano das realizações imediatas.2


VITOR MANUEL ADRIÃOInicio este estudo, tendo estado presentes vários dirigentes políticos na hora da suaalocução pública (Lisboa, 1984), recuando ao Período Quaternário que marcou a CivilizaçãoAtlante mãe da actual, ao momento em que os olhares da Humanidade enviesaram cobiçosos dosvalores e posses de uns pelos outros, começando assim a perda gradual – cada vez tomando maisvelocidade à medida que se precipitava na degradação psicossocial da Raça – da noção de intercomunhãodas criaturas e intercâmbio de relações justas até ao completo esquecimento do quefora o primitivo e universal sentido prático de Comunidade (de “comum+unidade”, a unidadecomum ou universal equivalente ao lema aghartino At Niat Niatat, “Um por Todos e Todos porUm”), começando assim as guerras feudais, depressa tornadas nacionais até afligir todo ocontinente da Atlântida, que a ferro e fogo acabou afogando-se nas fúrias atlânticas do Oceanoimplacável.Esse retrato não vai bem com o panorama psicossocial dos dias actuais de um Ciclopodre e gasto, onde o vício é uma virtude e a virtude um preconceito, cada vez campeando maisa injustiça, a ignorância e todos os males à solta dos “4 Cavaleiros” do Apocalipse?... Mascertamente, e a História o prova abundantemente, melhores dias haverão de vir para o Mundo…Desde então, da Queda Atlante correspondendo ao Dilúvio Universal, a actual Raça-MãeÁria ou Ariana que lhe sobreveio tem – através dos seus mais preclaros Filhos todos pertencentesao mais que excelso Panteão dos Deuses ou Avataras, não importa se maiores ou menores, poisque todos têm subscrito a mesma mensagem de Concórdia Universal e assim impulsionado oprogresso sócio-espiritual da Humanidade – se esforçado por fazer renascer a primitiva1Comunidade ou Concórdia Universal dos Povos, que é dizer, a Sinarquia que brilhou na antiga“Arcádia dos Deuses” ou Idade de Ouro (Satya-Yuga), sob a égide da mais ampla Igualdade (doscorpos, em proposição), Fraternidade (das almas, em tese) e Liberdade (dos espíritos, emprincípio), esse que, aliás, foi o lema social da Maçonaria em França no século XVIII.Já há seis mil anos Fo-Hi, criador da tese da imutabilidade Yin-Yang pela qual explicavao Equilíbrio Universal dos Opostos (Feminino e Masculino, Matéria e Espírito, Lua e Sol, etc.),juntava e guiava o povo chinês, até então disperso em tribos e clãs, para as planícies férteis juntodo Rio Amarelo, ensinando-o, baseado nessa sua tese filosófica, a viver em harmonia com aNatureza e, consequentemente, consigo mesmo.Por sua vez Orfeu, “Aquele que cura pela Luz”, iniciou a Grécia, num período de grandeinstabilidade social e religiosa, no culto a Apolo, o Verbo Solar, portanto, de cariz absolutamenteevolutivo, ao mesmo tempo que estabelecia os fundamentos do Tribunal dos Anfitriões a quem aGrécia deve a sua unidade nacional até hoje.Zarathustra (“Estrela de Ouro” ou “Esplendor do Sol”, nascido em Bactriana ou emRhagés, não se tem a certeza, perto da actual capital do Irão, Teerão, talvez 1.000 a.C.), naPérsia, Fundador e Legislador (donde, Manu) da doutrina monoteísta do Fogo Primordial ouMazdeísmo (também conhecida por Magismo, Parsismo, Zoroastrismo ou “Culto do Fogo deOrmuz” ou Ahura Mazda, “A Luz das Luzes”), inculcou fundo na mente do seu povo Arya anoção importantíssima de «a união fazer a força», conseguindo criar a unidade nacional decaracterísticas sinárquicas. Desenvolveu a agricultura das terras ensinando o método tradicionalde melhor as trabalhar para que dessem colheitas fartas, pelo que inventou novas alfaiasagrícolas. Aos sábios do seu Colégio dos Magos revelou a doutrina astrosófica dos EspíritosPlanetários (Kabires, sendo os mesmos Kumaras hindustânicos) e os segredos da AgriculturaCeleste (Alquimia).Todos seguiram e reconheceram a superioridade incontestável de Zarathustra ouZoroastro (“Zero-Astro” indicativo do próprio Sol Central, o 8.º Espiritual do Sistema deEvolução). Isso em conformidade com o que afirmava há cinco mil anos Krishna a Arjuna:«Quando um homem nobre homem faz alguma coisa, os outros o imitam; o exemplo que ele dá,é seguido pelo povo» (in Bhagavad-Gïta, cap. 3, vers. 21).Em concordância com Krishna, Lao-Tsé, “Velho Mestre” da China milenar, expôs na suaobra Tao-Te-King, o “Livro da Via e da Virtude”, no versículo 58: «Quando o governante éindulgente, o povo permanece puro. Quando o governante é intransigente, o povo torna-setransgressor». Foi esta a razão que levou Confúcio (551-479 a.C.) a opor-se à exploração sócioeconómicaexercida despoticamente pelos senhores feudais da China do seu tempo, e a procurarinstituir um modelo de governação justa em moldes sinárquicos.Voltando ainda à Grécia, no século IV a.C. Pitágoras, “Espírito Vidente”, fundou nacolina de Crotona a sua “Escola Pitagórica”, admitindo indistintamente alunos de todas asclasses sociais e raciais como exemplo vivo do que lhes pretendia incutir: o princípio dafraternidade universal. De maneira semelhante procedeu o Iluminado Platão na sua Academiade Atenas, resumindo-se nesta frase capital toda a sua política sinárquica: «Eu sou cidadão doUniverso e procuro viver como bom cidadão cósmico».Já na Idade Média europeia, o espírito de entrega do Franciscanismo cristão identificavasepleno com o espírito de adoração do Sufismo islâmico, e já a Ordem dos Cavaleiros Pobres deCristo e do Templo de Salomão (vulgo, Ordem dos Templários) tentara fundar a SinarquiaEuropeia, ou melhor, Transeuropeia unindo aos dois hemisférios do Mundo numa verdadeiraConquista Espiritual, apesar de a tentativa ter gorado no plano das realizações imediatas.2

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