NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: Corona Fulgens: visões

30-05-2010
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As trevas são negação da luz, e as negações não têm nem podem ter bondade, porque não têm ser. A mesma escritura o significou claramente na criação de uma e outras. Quando fala da luz, diz que Deus viu a luz, que era boa: Facta est lux: et vidit Deus lucem, quod esset bona; (Gen I - 3 e 4) (1) pelo contrário, quando fala das trevas, que já eram antes da luz: Et tenebra erant super faciem abyssi, (Ibid -2) (2) não diz que visse Deus as trevas, ou dissesse que eram boas. E porque? Porque a luz como tem ser, e tão excelente ser, tem bondade e é boa; porém as trevas como são negação, e não têm ser, não podem ter bondade, nem são boas.(1) A luz começou a existir. Deus viu que a luz era boa(2) As trevas cobriam o abismoPadre António Vieira, Sermão de Santo Agostinho, pregado na sua igreja e convento de S. Vicente de Fora em Lisboa no ano de 1648.


As trevas são negação da luz, e as negações não têm nem podem ter bondade, porque não têm ser. A mesma escritura o significou claramente na criação de uma e outras. Quando fala da luz, diz que Deus viu a luz, que era boa: Facta est lux: et vidit Deus lucem, quod esset bona; (Gen I - 3 e 4) (1) pelo contrário, quando fala das trevas, que já eram antes da luz: Et tenebra erant super faciem abyssi, (Ibid -2) (2) não diz que visse Deus as trevas, ou dissesse que eram boas. E porque? Porque a luz como tem ser, e tão excelente ser, tem bondade e é boa; porém as trevas como são negação, e não têm ser, não podem ter bondade, nem são boas.(1) A luz começou a existir. Deus viu que a luz era boa(2) As trevas cobriam o abismoPadre António Vieira, Sermão de Santo Agostinho, pregado na sua igreja e convento de S. Vicente de Fora em Lisboa no ano de 1648.

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