NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: Coexistência pacífica

21-01-2011
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«A República Nunca Existiu!» é um livro que eu concebi, organizei e revi, e em que também participei. Editado em Janeiro último propositadamente para coincidir com o centenário do Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, insere-se no género fantástico e no sub-género história alternativa e parte de dois pressupostos, de duas hipóteses: e se o Regicídio de há 100 anos, tal como o conhecemos, não tivesse acontecido? E se a República nunca tivesse sido instaurada em Portugal, nem em 5 de Outubro de 1910 nem depois?Além de mim, e entre os outros 13 autores que eu convidei para contribuírem com outros tantos contos, estão nomes como os de João Aguiar, Miguel Real e Sérgio Sousa-Rodrigues. E ainda Gerson Lodi-Ribeiro, brasileiro, que foi o único não português a entrar no projecto. Há outro pormenor que o distingue: o seu conto mantém, no livro, a ortografia brasileira original. Por decisão minha.E este é um exemplo prático do que eu defendo em teoria: é possível a coexistência pacífica das duas formas de escrever o português; é tudo uma questão de respeito mútuo, de esforço conjunto, de apreciação recíproca do muito que todos os falantes – e escreventes! – do português podem dar à sua ca(u)sa comum. Estes são valores em que eu comecei a acreditar e a praticar com mais força depois de conhecer pessoalmente o Professor Agostinho da Silva há quase 25 anos.Aquele meu contributo é tão só um entre vários que eu pretendo dar a conhecer e a partilhar aqui nos próximos tempos. E, apesar de modesto, vale de certeza muito mais do que toda a prosápia pseudo-erudita. De muito poucos aceito lições quando se trata de falar e de fazer a lusofonia. E entre eles não estão de certeza os que recorrem – repetidamente! – aos insultos como maneira de «marcarem território». Podem ladrar mas a caravana, minha e de muitos mais, passará. Com esses é que não pode nem deve haver coexistência pacífica.


«A República Nunca Existiu!» é um livro que eu concebi, organizei e revi, e em que também participei. Editado em Janeiro último propositadamente para coincidir com o centenário do Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908, insere-se no género fantástico e no sub-género história alternativa e parte de dois pressupostos, de duas hipóteses: e se o Regicídio de há 100 anos, tal como o conhecemos, não tivesse acontecido? E se a República nunca tivesse sido instaurada em Portugal, nem em 5 de Outubro de 1910 nem depois?Além de mim, e entre os outros 13 autores que eu convidei para contribuírem com outros tantos contos, estão nomes como os de João Aguiar, Miguel Real e Sérgio Sousa-Rodrigues. E ainda Gerson Lodi-Ribeiro, brasileiro, que foi o único não português a entrar no projecto. Há outro pormenor que o distingue: o seu conto mantém, no livro, a ortografia brasileira original. Por decisão minha.E este é um exemplo prático do que eu defendo em teoria: é possível a coexistência pacífica das duas formas de escrever o português; é tudo uma questão de respeito mútuo, de esforço conjunto, de apreciação recíproca do muito que todos os falantes – e escreventes! – do português podem dar à sua ca(u)sa comum. Estes são valores em que eu comecei a acreditar e a praticar com mais força depois de conhecer pessoalmente o Professor Agostinho da Silva há quase 25 anos.Aquele meu contributo é tão só um entre vários que eu pretendo dar a conhecer e a partilhar aqui nos próximos tempos. E, apesar de modesto, vale de certeza muito mais do que toda a prosápia pseudo-erudita. De muito poucos aceito lições quando se trata de falar e de fazer a lusofonia. E entre eles não estão de certeza os que recorrem – repetidamente! – aos insultos como maneira de «marcarem território». Podem ladrar mas a caravana, minha e de muitos mais, passará. Com esses é que não pode nem deve haver coexistência pacífica.

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