NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: A Viagem

28-05-2010
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A Viagem... Venho de longe, muito longe, imensidão!Pensei ter ouvido uma guitarraMas não passava do canto da cigarra,E nem cantava, nem era uma canção...Venho de longe, sim,E até aqui cavalgando a ilusão.Venho de longe buscando não sei quê,Empurrado pela mística emoçãoÀ mercê do frio do inverno, em pleno verão.Atrás de não sei bem, que se não vê!Venho de longe, sim,E por aí caminho sem saber pra quê. Instinto eu o tive, usei-o, senti-o e passei;Sensações trêmulas muitas, eu senti,Mas prossegui além de aíE nos sentimentos e razões aqui cheguei...Venho de longe, sim,Mas até aqui nada encontrei.De muito longe! Aos ossos minerais carrego,E os vegetais já se fizeram veias;Tal como as aranhas tecendo teiasPor este mar sem fim enfim navego...Venho de longe, sim,E ainda sim à minha “cruz” eu levo.Nasci, fui célula mineral em cada ser,Fui animal em forma e pêlo...Pelo deserto já cansado e sem querê-loAinda vou meio animal, meio a viver...Venho de longe, sim,Mas ainda sem nada saber... A razão carece compreensãoDesde o começo de onde eu parti...Muito andei bem sei até aqui,Mas eu não vi se há aqui mais que ilusão...Venho de longe, sim,Mas ainda circunscrito a um coração.Com os animais com que ainda estouAos racionais momentos abomino;Que de atrevimento de menino...Chegou tudo assim como chegou...Venho de longe, sim,Mas ainda sem saber para onde vou.É meu caminho sem caminho certo,Meio empurrado e meio sem vontade,Ao descobrir não existir verdadeO mais patente Ser é o “Encoberto”...Venho de longe, sim,E tudo o que é meu é um mar aberto...Mas eu sou filho sim desta culturaSem saber já se há nela luz...Meio ao escuro que até aqui é quem conduz,Saio da luz ao dia e entro pela noite escura...Venho de longe, sim,Mas ainda sem saber se é início, ou sepultura!


A Viagem... Venho de longe, muito longe, imensidão!Pensei ter ouvido uma guitarraMas não passava do canto da cigarra,E nem cantava, nem era uma canção...Venho de longe, sim,E até aqui cavalgando a ilusão.Venho de longe buscando não sei quê,Empurrado pela mística emoçãoÀ mercê do frio do inverno, em pleno verão.Atrás de não sei bem, que se não vê!Venho de longe, sim,E por aí caminho sem saber pra quê. Instinto eu o tive, usei-o, senti-o e passei;Sensações trêmulas muitas, eu senti,Mas prossegui além de aíE nos sentimentos e razões aqui cheguei...Venho de longe, sim,Mas até aqui nada encontrei.De muito longe! Aos ossos minerais carrego,E os vegetais já se fizeram veias;Tal como as aranhas tecendo teiasPor este mar sem fim enfim navego...Venho de longe, sim,E ainda sim à minha “cruz” eu levo.Nasci, fui célula mineral em cada ser,Fui animal em forma e pêlo...Pelo deserto já cansado e sem querê-loAinda vou meio animal, meio a viver...Venho de longe, sim,Mas ainda sem nada saber... A razão carece compreensãoDesde o começo de onde eu parti...Muito andei bem sei até aqui,Mas eu não vi se há aqui mais que ilusão...Venho de longe, sim,Mas ainda circunscrito a um coração.Com os animais com que ainda estouAos racionais momentos abomino;Que de atrevimento de menino...Chegou tudo assim como chegou...Venho de longe, sim,Mas ainda sem saber para onde vou.É meu caminho sem caminho certo,Meio empurrado e meio sem vontade,Ao descobrir não existir verdadeO mais patente Ser é o “Encoberto”...Venho de longe, sim,E tudo o que é meu é um mar aberto...Mas eu sou filho sim desta culturaSem saber já se há nela luz...Meio ao escuro que até aqui é quem conduz,Saio da luz ao dia e entro pela noite escura...Venho de longe, sim,Mas ainda sem saber se é início, ou sepultura!

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