NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: Da Saudade como Via de Libertação

29-05-2010
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Este livro versa sobre um dos temas mais característicos da cultura galaico-portuguesa e lusófona, apresentando uma nova filosofia da saudade como a memória e desejo que em todos os seres há da sua natureza primordial, o infinito, desvelada nas experiências mais gratificantes da vida. A sua novidade, além da reflexão aprofundada sobre a etimologia e a semântica da palavra, além de explorar a relação entre a saudade e as possibilidades da consciência e da existência, reside em assumir-se ponto de partida de uma via de libertação e transformação efectiva de si e do mundo, a percorrer mediante um exercício ético-meditativo e uma linha de acção concreta. Recria-se assim a tradição galaico-portuguesa e lusófona da saudade, mostrando toda a sua universalidade. Na mesma medida em que transcende o universo linguístico e cultural onde radica, a saudade, aspecto fundamental do ser divino, humano e cósmico, revela simultaneamente, pela riqueza e singularidade da sua evolução semântica do latim para o galaico-português, toda a potencialidade deste para devir matriz de uma profunda visão filosófica da natureza primordial, da existência universal e da possibilidade de um despertar libertador. Por via da saudade, a filosofia regressa às suas origens: não mera busca intelectual e conceptual do saber, mas uma arte e um modo integral de vida.


Este livro versa sobre um dos temas mais característicos da cultura galaico-portuguesa e lusófona, apresentando uma nova filosofia da saudade como a memória e desejo que em todos os seres há da sua natureza primordial, o infinito, desvelada nas experiências mais gratificantes da vida. A sua novidade, além da reflexão aprofundada sobre a etimologia e a semântica da palavra, além de explorar a relação entre a saudade e as possibilidades da consciência e da existência, reside em assumir-se ponto de partida de uma via de libertação e transformação efectiva de si e do mundo, a percorrer mediante um exercício ético-meditativo e uma linha de acção concreta. Recria-se assim a tradição galaico-portuguesa e lusófona da saudade, mostrando toda a sua universalidade. Na mesma medida em que transcende o universo linguístico e cultural onde radica, a saudade, aspecto fundamental do ser divino, humano e cósmico, revela simultaneamente, pela riqueza e singularidade da sua evolução semântica do latim para o galaico-português, toda a potencialidade deste para devir matriz de uma profunda visão filosófica da natureza primordial, da existência universal e da possibilidade de um despertar libertador. Por via da saudade, a filosofia regressa às suas origens: não mera busca intelectual e conceptual do saber, mas uma arte e um modo integral de vida.

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