NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: A universidade do futuro

31-05-2010
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Nos debates acerca da adaptação do ensino à vida real existem todavia muitos equívocos, particularmente quando equacionam a “utilidade” da formação quase exclusivamente com a criação de competências técnicas / tecnológicas. Esquece-se que as novas tecnologias podem produzir artesãos e mecânicos de muita boa qualidade, mas muitos portugueses já fizeram a sua vida até agora relativamente bem com tais competências sem terem chegado a completar o ensino secundário, e muitos com nenhuma formação escolar básica! Portugal não precisa somente de mais artesãos e mecânicos, mas de jovens e adultos com capacidade crítica, de decisão e de inovação. No mundo global de conhecimento actual, as competências não se adquirem somente com engenharias, ou com cursos que prometem emprego imediato no pequeno e frágil mercado nacional. A economia global que será dominada cada vez mais por países com grandes potencialidades competitivas, a evolução humana que já passou pelas fases de homo habilis, faber e sapiens sapiens, vai precisar de atingir mais um patamar, ou seja, as universidades do futuro terão que produzir homo sapiens sapiens sapiens ! Este escalão de tripla sabedoria implica uma combinação de competências tecnológicas, valores humanos e respeito pela natureza. Já não estamos na fase da revolução industrial que produziu o capitalismo selvagem e as crises ambientais que vivemos.


Nos debates acerca da adaptação do ensino à vida real existem todavia muitos equívocos, particularmente quando equacionam a “utilidade” da formação quase exclusivamente com a criação de competências técnicas / tecnológicas. Esquece-se que as novas tecnologias podem produzir artesãos e mecânicos de muita boa qualidade, mas muitos portugueses já fizeram a sua vida até agora relativamente bem com tais competências sem terem chegado a completar o ensino secundário, e muitos com nenhuma formação escolar básica! Portugal não precisa somente de mais artesãos e mecânicos, mas de jovens e adultos com capacidade crítica, de decisão e de inovação. No mundo global de conhecimento actual, as competências não se adquirem somente com engenharias, ou com cursos que prometem emprego imediato no pequeno e frágil mercado nacional. A economia global que será dominada cada vez mais por países com grandes potencialidades competitivas, a evolução humana que já passou pelas fases de homo habilis, faber e sapiens sapiens, vai precisar de atingir mais um patamar, ou seja, as universidades do futuro terão que produzir homo sapiens sapiens sapiens ! Este escalão de tripla sabedoria implica uma combinação de competências tecnológicas, valores humanos e respeito pela natureza. Já não estamos na fase da revolução industrial que produziu o capitalismo selvagem e as crises ambientais que vivemos.

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