A empresa intermunicipal Águas do Ribatejo promove, sexta-feira, uma sessão de esclarecimento aberta à população da Chamusca na sequência de um abaixo-assinado que reuniu mais de 600 assinaturas em protesto contra os aumentos do tarifário.O presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Sérgio Carrinho, disse que a entrada em funcionamento da empresa teve "algumas dificuldades práticas" que estão a ser corrigidas, assumindo que o essencial do protesto das populações do seu concelho tem a ver com erros do passado que a autarquia assume."A gente não vendia água, dava", afirmou, reconhecendo que o tarifário que era praticado (com a entrada em funcionamento da empresa intermunicipal triplicou) "era praticamente simbólico", além de que, ao longo de anos, "a facilidade era tanta que se consumia água como se fosse inesgotável".Reconhecendo que a própria autarquia tinha edifícios sem contador, o que levava a que "todos gastassem água como se fosse o rio Niagara", Sérgio Carrinho frisou que, além de fazer compreender que a empresa intermunicipal tem de ser sustentável e ter condições para prosseguir com investimentos essenciais em termos de abastecimento de água e saneamento, vai ser preciso ensinar a gastar água "racionalmente".Na sessão agendada para sexta-feira, os responsáveis da Águas do Ribatejo (AR) - empresa de capitais exclusivamente públicos que reúne os concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche e Salvaterra de Magos (com Torres Novas em processo de adesão) - vão apresentar o plano de investimentos em curso e esclarecer todas as dúvidas sobre o tarifário e a facturação.Segundo Sérgio Carrinho, as 160 reclamações apresentadas na autarquia já estão todas "esmiuçadas", tendo sido identificadas situações a corrigir (como a cobrança de saneamento em residências que não estão ligadas ao sistema) e outras que decorrem de consumos "exagerados".O autarca garantiu que os consumidores "não vão ser penalizados", estando prevista a possibilidade de pagamento a prestações, com a garantia de que a empresa não irá cobrar juros e de que não existirão "cortes coercivos".Sérgio Carrinho realçou o facto de a adesão do seu município ao projecto ter sido a única forma de conseguir atingir o objectivo de ter, até ao fim deste ano, 95 por cento do concelho com tratamento de esgotos, sublinhando a dificuldade de construir infra-estruturas num território de povoamento tão disperso.Sérgio Carrinho falava à margem do lançamento das obras para construção dos subsistemas de saneamento de Chouto/Gaviãzinho, que servirá 500 habitantes, e de Salvador/Parreira (1.000 pessoas), orçadas em 3 milhões de euros e inseridas no plano de investimentos da AR para 2010 (45 milhões de euros).«JN»
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A empresa intermunicipal Águas do Ribatejo promove, sexta-feira, uma sessão de esclarecimento aberta à população da Chamusca na sequência de um abaixo-assinado que reuniu mais de 600 assinaturas em protesto contra os aumentos do tarifário.O presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Sérgio Carrinho, disse que a entrada em funcionamento da empresa teve "algumas dificuldades práticas" que estão a ser corrigidas, assumindo que o essencial do protesto das populações do seu concelho tem a ver com erros do passado que a autarquia assume."A gente não vendia água, dava", afirmou, reconhecendo que o tarifário que era praticado (com a entrada em funcionamento da empresa intermunicipal triplicou) "era praticamente simbólico", além de que, ao longo de anos, "a facilidade era tanta que se consumia água como se fosse inesgotável".Reconhecendo que a própria autarquia tinha edifícios sem contador, o que levava a que "todos gastassem água como se fosse o rio Niagara", Sérgio Carrinho frisou que, além de fazer compreender que a empresa intermunicipal tem de ser sustentável e ter condições para prosseguir com investimentos essenciais em termos de abastecimento de água e saneamento, vai ser preciso ensinar a gastar água "racionalmente".Na sessão agendada para sexta-feira, os responsáveis da Águas do Ribatejo (AR) - empresa de capitais exclusivamente públicos que reúne os concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche e Salvaterra de Magos (com Torres Novas em processo de adesão) - vão apresentar o plano de investimentos em curso e esclarecer todas as dúvidas sobre o tarifário e a facturação.Segundo Sérgio Carrinho, as 160 reclamações apresentadas na autarquia já estão todas "esmiuçadas", tendo sido identificadas situações a corrigir (como a cobrança de saneamento em residências que não estão ligadas ao sistema) e outras que decorrem de consumos "exagerados".O autarca garantiu que os consumidores "não vão ser penalizados", estando prevista a possibilidade de pagamento a prestações, com a garantia de que a empresa não irá cobrar juros e de que não existirão "cortes coercivos".Sérgio Carrinho realçou o facto de a adesão do seu município ao projecto ter sido a única forma de conseguir atingir o objectivo de ter, até ao fim deste ano, 95 por cento do concelho com tratamento de esgotos, sublinhando a dificuldade de construir infra-estruturas num território de povoamento tão disperso.Sérgio Carrinho falava à margem do lançamento das obras para construção dos subsistemas de saneamento de Chouto/Gaviãzinho, que servirá 500 habitantes, e de Salvador/Parreira (1.000 pessoas), orçadas em 3 milhões de euros e inseridas no plano de investimentos da AR para 2010 (45 milhões de euros).«JN»