Apenas a direita votou contra e apelou a uma resolução pacífica
O Parlamento condenou esta quarta-feira o ataque do exército israelita contra a frota humanitária, com os votos contra do PSD e CDS, que viram rejeitado o seu voto de condenação, que apelava a uma resolução pacífica do conflito, escreve a Lusa.
PS, Bloco de Esquerda, PCP e Verdes apresentaram na Assembleia da República um voto de condenação do ataque que ocorreu na passada segunda-feira.
«A Assembleia da República condena vivamente o feroz e mortífero ataque desferido pelas forças israelitas contra a frota humanitária que se dirigia à faixa de Gaza com o objetivo de minorar as dramáticas condições de vida em que se encontram as populações que aí residem, na sequência do bloqueio imposto pelo Estado de Israel», lê-se no voto, que apenas teve os votos contra do PSD e CDS.
Os deputados manifestam ainda o seu apoio à Declaração do Conselho de Segurança das Nações Unidas no sentido de «exigir um imediato inquérito imparcial, credível e transparente, conforme aos critérios internacionais, à dramática, sangrenta e inaceitável ocorrência».
Os partidos da esquerda chumbaram o voto de condenação apresentado pelo PSD e CDS, que, além de apoiar a iniciativa da ONU, apelava «às partes para que encontrem uma via de entendimento que permita uma coexistência pacífica entre Israel e os Estados Árabes e que construa um futuro de paz».
Pelo PS, Maria de Belém Roseira considerou que Israel «não tem o direito de usar desproporcionadamente a força, nem de manter um bloqueio que atinge a dignidade de vida das pessoas que, em condições infrahumanas, não têm capacidade para resistir a uma limitação inaceitável de direitos elementares».
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, afirmou rejeitar a proposta da direita, porque «branqueia a responsabilidade do Estado de Israel».
Do PCP, José Soeiro afirma que este ataque foi «um crime sob ordens do governo, uma escalada na política que Israel tem desenvolvido contra o povo palestino e que não pode ficar impune junto da comunidade internacional», criticando que a iniciativa da direita «nem uma única vez condene o crime».
José Luís Ferreira, dos Verdes, exigiu «a retirada de Israel da ocupação sobre os territórios palestinianos, o levantamento do bloqueio à faixa de Gaza, o desmantelamento dos colunatos, a resolução do problema dos refugiados» para que «assim, haja paz na região».
O deputado do CDS Filipe Lobo d¿Ávila disse lamentar «toda e qualquer vítima mortal», mas defendeu que se aguardem as «conclusões do inquérito internacional para que se esclareça com mais rigor ao que sucedeu», apelando à procura de «soluções diplomáticas».
O social-democrata Luís Campos Ferreira considerou que «o uso da força nunca pode ser desproporcionado em relação aos perigos e ameaças» e condenou «de forma veemente» o uso da força, mas afirmou que o PSD «não faz parte do coro daqueles que aproveitam este trágico episódio para atacar o Estado de Israel».
Manifestação em Lisboa
Centenas de pessoas manifestaram-se também, esta quarta-feira, em Lisboa para condenar o ataque israelita.
«Palestina vencerá» foi um dos slogans mais ouvidos durante o protesto, convocado por dezenas de associações, organizações e sindicatos e que decorreu junto à embaixada de Israel em Lisboa.
«Estamos aqui para denunciar e condenar a política de Israel, agora também pirata dos mares», afirmou Vítor Silva, do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), discursando num palco improvisado.
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Apenas a direita votou contra e apelou a uma resolução pacífica
O Parlamento condenou esta quarta-feira o ataque do exército israelita contra a frota humanitária, com os votos contra do PSD e CDS, que viram rejeitado o seu voto de condenação, que apelava a uma resolução pacífica do conflito, escreve a Lusa.
PS, Bloco de Esquerda, PCP e Verdes apresentaram na Assembleia da República um voto de condenação do ataque que ocorreu na passada segunda-feira.
«A Assembleia da República condena vivamente o feroz e mortífero ataque desferido pelas forças israelitas contra a frota humanitária que se dirigia à faixa de Gaza com o objetivo de minorar as dramáticas condições de vida em que se encontram as populações que aí residem, na sequência do bloqueio imposto pelo Estado de Israel», lê-se no voto, que apenas teve os votos contra do PSD e CDS.
Os deputados manifestam ainda o seu apoio à Declaração do Conselho de Segurança das Nações Unidas no sentido de «exigir um imediato inquérito imparcial, credível e transparente, conforme aos critérios internacionais, à dramática, sangrenta e inaceitável ocorrência».
Os partidos da esquerda chumbaram o voto de condenação apresentado pelo PSD e CDS, que, além de apoiar a iniciativa da ONU, apelava «às partes para que encontrem uma via de entendimento que permita uma coexistência pacífica entre Israel e os Estados Árabes e que construa um futuro de paz».
Pelo PS, Maria de Belém Roseira considerou que Israel «não tem o direito de usar desproporcionadamente a força, nem de manter um bloqueio que atinge a dignidade de vida das pessoas que, em condições infrahumanas, não têm capacidade para resistir a uma limitação inaceitável de direitos elementares».
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, afirmou rejeitar a proposta da direita, porque «branqueia a responsabilidade do Estado de Israel».
Do PCP, José Soeiro afirma que este ataque foi «um crime sob ordens do governo, uma escalada na política que Israel tem desenvolvido contra o povo palestino e que não pode ficar impune junto da comunidade internacional», criticando que a iniciativa da direita «nem uma única vez condene o crime».
José Luís Ferreira, dos Verdes, exigiu «a retirada de Israel da ocupação sobre os territórios palestinianos, o levantamento do bloqueio à faixa de Gaza, o desmantelamento dos colunatos, a resolução do problema dos refugiados» para que «assim, haja paz na região».
O deputado do CDS Filipe Lobo d¿Ávila disse lamentar «toda e qualquer vítima mortal», mas defendeu que se aguardem as «conclusões do inquérito internacional para que se esclareça com mais rigor ao que sucedeu», apelando à procura de «soluções diplomáticas».
O social-democrata Luís Campos Ferreira considerou que «o uso da força nunca pode ser desproporcionado em relação aos perigos e ameaças» e condenou «de forma veemente» o uso da força, mas afirmou que o PSD «não faz parte do coro daqueles que aproveitam este trágico episódio para atacar o Estado de Israel».
Manifestação em Lisboa
Centenas de pessoas manifestaram-se também, esta quarta-feira, em Lisboa para condenar o ataque israelita.
«Palestina vencerá» foi um dos slogans mais ouvidos durante o protesto, convocado por dezenas de associações, organizações e sindicatos e que decorreu junto à embaixada de Israel em Lisboa.
«Estamos aqui para denunciar e condenar a política de Israel, agora também pirata dos mares», afirmou Vítor Silva, do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), discursando num palco improvisado.