3 ... 2 ... 1 ...: Politicamente correcto? No raio que os parta!

19-12-2009
marcar artigo


Somos uma equipa jeitosa, temos um projecto que acho bom e, aqui e ali, damos e recebemos umas caneladas, diria eu se tivesse de procurar definir o projecto que dá pelo nome de NOTAS SOLTAS, IDEIAS TONTAS (também podia dizer que gostaria que fosse visto como um espaço de acutilância, rebeldia, espírito crítico e solidário).Que eu saiba nenhuma das pessoas que actualmente colaboram activamente no projecto quer galarim, não procura os holofotes da ribalta, não é “his masters voice”, não faz fretes e não é politicamente correcto.Aliás, porque raio havia qualquer um de nós querer produzir escritos politicamente correctos?Não são esses escritos e essas ideias que estão a inquinar muito do pensamento hodierno?Ser-se politicamente correcto é não circunscrevermo-nos ao banal, à falta de “cojones” que nos impossibilita de questionar ou mandar para cima da mesa temas, pessoas e situações?Este fim-de-semana, por exemplo, quem nos leu foi confrontado com duas opiniões sobre temas que dão polémica e não primaram pelo correcto.Quem também tiver lido a edição da revista “Sábado” desta semana terá certamente visto um arremedo de entrevista miserável a Laura e John Midgley, dois britânicos fartos do politicamente correcto (quem também estiver e quiser pode dar uma espreitadela ao endereço http://www.capc.co.uk/) e que iniciaram uma campanha contra essa prática.Exemplos de politicamente correcto existem muitos e alguns a raiar a estupidez.Vejam, por exemplo, que ali se referia que uns vizinhos se zangaram porque o cão de uns só ladrava ao namorado preto da filha dos outros; ora, se o cão fazia isto só com aquele cavalheiro, então o cão era racista!Na América (nos míticos States) os pretos são afro-americanos, na Inglaterra e até em Bruxelas se escondem os enfeites e as festas de Natal para não ofender susceptibilidades islâmicas, os homossexuais sentem-se com direitos acrescidos em relação a qualquer matéria, nada se pode dizer muito fora da linha sobre os judeus sob pena de se ser apodado de nazi …Pois bem, agora digo eu … e se eu disser que um indivíduo como o Reverendo Jackson é preto, estou a mentir?Ou que o Barak Obama pode ser tudo, menos branco estou a mentir?São só os muçulmanos que podem ficar ofendidos com o Natal? Os budistas não? E os agnósticos? E os ateus?E se eu achar que um homossexual, só por o ser, não tem de ter mais direitos que qualquer outro, serei um atrasado mental?E se disser que, nalguns domínios, os judeus são belos intérpretes da canção do desgraçadinho estou a ser um SS?Ou que a política nacional feita das “casinadas” do nosso Pedro Santana Lopes, aliado do Telmo Correia, antecedido do José Luís Arnaut e do Durão Barroso, das “submarinadas” e fotocopiadas do Paulo Portas ou as “assinaturadas” de José Sócrates é um poço de esterco?Eu, por mim, já decidi. Se querem politicamente correcto então exijo que digam que sou europortuguês e jamais admitirei que digam que sou branco. Para começar...E vocês?


Somos uma equipa jeitosa, temos um projecto que acho bom e, aqui e ali, damos e recebemos umas caneladas, diria eu se tivesse de procurar definir o projecto que dá pelo nome de NOTAS SOLTAS, IDEIAS TONTAS (também podia dizer que gostaria que fosse visto como um espaço de acutilância, rebeldia, espírito crítico e solidário).Que eu saiba nenhuma das pessoas que actualmente colaboram activamente no projecto quer galarim, não procura os holofotes da ribalta, não é “his masters voice”, não faz fretes e não é politicamente correcto.Aliás, porque raio havia qualquer um de nós querer produzir escritos politicamente correctos?Não são esses escritos e essas ideias que estão a inquinar muito do pensamento hodierno?Ser-se politicamente correcto é não circunscrevermo-nos ao banal, à falta de “cojones” que nos impossibilita de questionar ou mandar para cima da mesa temas, pessoas e situações?Este fim-de-semana, por exemplo, quem nos leu foi confrontado com duas opiniões sobre temas que dão polémica e não primaram pelo correcto.Quem também tiver lido a edição da revista “Sábado” desta semana terá certamente visto um arremedo de entrevista miserável a Laura e John Midgley, dois britânicos fartos do politicamente correcto (quem também estiver e quiser pode dar uma espreitadela ao endereço http://www.capc.co.uk/) e que iniciaram uma campanha contra essa prática.Exemplos de politicamente correcto existem muitos e alguns a raiar a estupidez.Vejam, por exemplo, que ali se referia que uns vizinhos se zangaram porque o cão de uns só ladrava ao namorado preto da filha dos outros; ora, se o cão fazia isto só com aquele cavalheiro, então o cão era racista!Na América (nos míticos States) os pretos são afro-americanos, na Inglaterra e até em Bruxelas se escondem os enfeites e as festas de Natal para não ofender susceptibilidades islâmicas, os homossexuais sentem-se com direitos acrescidos em relação a qualquer matéria, nada se pode dizer muito fora da linha sobre os judeus sob pena de se ser apodado de nazi …Pois bem, agora digo eu … e se eu disser que um indivíduo como o Reverendo Jackson é preto, estou a mentir?Ou que o Barak Obama pode ser tudo, menos branco estou a mentir?São só os muçulmanos que podem ficar ofendidos com o Natal? Os budistas não? E os agnósticos? E os ateus?E se eu achar que um homossexual, só por o ser, não tem de ter mais direitos que qualquer outro, serei um atrasado mental?E se disser que, nalguns domínios, os judeus são belos intérpretes da canção do desgraçadinho estou a ser um SS?Ou que a política nacional feita das “casinadas” do nosso Pedro Santana Lopes, aliado do Telmo Correia, antecedido do José Luís Arnaut e do Durão Barroso, das “submarinadas” e fotocopiadas do Paulo Portas ou as “assinaturadas” de José Sócrates é um poço de esterco?Eu, por mim, já decidi. Se querem politicamente correcto então exijo que digam que sou europortuguês e jamais admitirei que digam que sou branco. Para começar...E vocês?

marcar artigo