grenha

15-10-2009
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primeiro a constatação dos factos... depois a apreciação... ou o palpite, como preferirem...
 
em primeiro lugar, uma palavra apenas para dizer que, segundo a minha filosofia de vida, há que dar o benefício da dúvida e acreditar que as pessoas agora nomeadas farão um bom trabalho... no entanto tenho a minha opinião, que, como habitualmente, nunca deixo de dar... 
ponto um - ministérios a mais... acho que já eram de mais... agora então... só faltou ressuscitar o da igualdade e o da toxicodependência do guterres, para termos um verdadeiro filme de classe b...
 
ponto dois - inacreditável... o ressurgimento das alterações, com intuito meramente comercial e de marketing, creio, das denominações de diversos ministérios... todos os novos governos é a mesma treta... vide a passagem do ministério da economia a ministério das actividades económicas e do trabalho... ou do ministério do trabalho e da segurança social a ministério da segurança social, da família e da criança... ou ainda o ministério das finanças a ministério das finanças e da administração pública... já para não falar do ministério dos negócios estrangeiros que agora se chama minstério dos negócios estrangeiros e das comunidades portuguêsas... enfim... pura semântica...
ponto três - ministério do turismo!?!?!? porquê? já agora o do calçado! e o do textil! e porque não o da construção civil!!... enfim... um tiro no pé creio eu...
ponto quatro - mais uma vez se falou no nome de antónio borges para a pasta das finanças... é pena que não tenha sido possível... não que ache mau o nome de bagão félix mas creio que era necessário sangue novo e de incontestável peso nesta pasta muito específica e de incontestável importância neste momento... é uma pena, mas é um dos problemas crónicos da política portuguêsa... a captação de quadros de qualidade para os diversos governos... de qualquer dos modos tenho boa opinião de bagão félix... homem rigoroso, com ideias bem definidas e sem medo de reformas... é aquilo que é necessário neste ministério...
 
ponto cinco - o primeiro ponto positivo... a separação do trabalho da segurança social... nunca consegui entender o que tinham em comum, pelo que considero correcta  a passagem do dossier do trabalho para a pasta da economia... só não entendo, como já referi, as alterações de semântica... porque não simplesmente um ministério da economia (com a secretaria de estado do trabalho na sua dependência) e um ministério da segurança social (que óbviamente tem que contemplar as famílias e as crianças, já que pelos vistos estas últimas não fazem parte das famílias)...
 
ponto seis - paulo portas na defesa, onde, na minha opinião, terá feito um bom trabalho no anterior governo mas cuja liberdade de acção acabou no resto da legislatura (os principais investimentos e decisões estão tomadas)... provavelmente vetado pelo presidente para a pasta dos negócios estrangeiros, e ainda bem... está bem onde está... terá assim tempo para se dedicar ao partido e à actividade política pura, não chateando muito em termos governativos...
 
ponto sete - josé luís arnaut... ministro das cidades, administração local, habitação e desenvolvimento regional... nada a dizer, excepto que não percebo para que raio serve este ministério... não estariam estas pastas bem entregues no ministério da administração interna? com bons secretários de estado, tenho a certeza que sim...
  
ponto oito -  uma palavra para o ministro da saúde... um dos raros (quatro apenas) que não só transita de um governo para o outro mas mantém a mesma pasta... um prémio para aquilo que julgo ter sido um bom trabalho no passado (reformas muito importantes e durante tanto tempo diadas), mau grado o facto de uma das principais promessas eleitorais estar por cumprir... o fim das listas de espera... no entanto, merece terminar a legislatura e, aí sim, ser julgado...
ponto nove - luís nobre guedes, ministro do ambiente e do ordenamento do território... primeiro que tudo, entendo que este ministério deveria ser uma ou eventualmente duas secretarias de estado do ministério da administração interna... não compreendo porque tem que ser um ministério... quanto à pessoa em causa, não tenho particular simpatia, mas também nada abertamente contra, pelo que mais uma vez merece o benefício da dúvida... um desejo apenas... que seja bem melhor do que os anteriores, porque pior, arrisco-me a dizer, será algo digno do guiness... 
ponto dez - alteração do ministro da educação... depois das "barracadas" nas colocações de professores era claramente uma das pastas a remodelar... creio que o anterior titular teve o mérito de não inventar demais no sistema em si, que já etava farto de reformas... tentou apenas mexer nas colocações dos professores (sistema bárbaro digno do século dezanove) e não conseguiu... espero que a sua sucessora tenha mais sucesso...
ponto onze - uma última palavra para abrir uma excepção... o moptc, ministério das obras públicas, dos transportes e das comunicações... não percebo a nomeação de antónio mexia... um gestor que não me convence... ideólogo de barbaridades como a junção do gás natural aos petróleos - autor moral e executivo da galp energia - que será brevemente desfeita com a passagem do negócio do gás para a edp onde estava antes, e de ideias "brilhantes" como a da via verde nos postos de abastecimento, que quase acabava com o melhor negócio das gasolineiras, a venda a retalho dos postos de abastecimento (alguém já reparou nos preços praticados?)... enfim... um "fim-do-mundo" de razões para claramente não merecer a minha confiança...  
  
ponto doze - resta-me referir que, em minha opinião, mais importante do que as denominações ou mesmo do que as pessoas dos diversos ministérios e secretarias de estado, é a liderança... um governo só pode ter uma actuação positiva se tiver uma efectiva liderança... é aí que deposito as minhas esperanças...
 
para finalizar, espero que este seja um governo virado para o futuro...
 
a educação, a ciência e a inovação, aliados a uma consciência social justa que premeie quem trabalha mas que não tenha contemplações para quem em nada quer contribuir para a vida em sociedade, têm que ser considerados valores fundamentais, sem os quais não vale a pena ter grandes ambições... 

primeiro a constatação dos factos... depois a apreciação... ou o palpite, como preferirem...
 
em primeiro lugar, uma palavra apenas para dizer que, segundo a minha filosofia de vida, há que dar o benefício da dúvida e acreditar que as pessoas agora nomeadas farão um bom trabalho... no entanto tenho a minha opinião, que, como habitualmente, nunca deixo de dar... 
ponto um - ministérios a mais... acho que já eram de mais... agora então... só faltou ressuscitar o da igualdade e o da toxicodependência do guterres, para termos um verdadeiro filme de classe b...
 
ponto dois - inacreditável... o ressurgimento das alterações, com intuito meramente comercial e de marketing, creio, das denominações de diversos ministérios... todos os novos governos é a mesma treta... vide a passagem do ministério da economia a ministério das actividades económicas e do trabalho... ou do ministério do trabalho e da segurança social a ministério da segurança social, da família e da criança... ou ainda o ministério das finanças a ministério das finanças e da administração pública... já para não falar do ministério dos negócios estrangeiros que agora se chama minstério dos negócios estrangeiros e das comunidades portuguêsas... enfim... pura semântica...
ponto três - ministério do turismo!?!?!? porquê? já agora o do calçado! e o do textil! e porque não o da construção civil!!... enfim... um tiro no pé creio eu...
ponto quatro - mais uma vez se falou no nome de antónio borges para a pasta das finanças... é pena que não tenha sido possível... não que ache mau o nome de bagão félix mas creio que era necessário sangue novo e de incontestável peso nesta pasta muito específica e de incontestável importância neste momento... é uma pena, mas é um dos problemas crónicos da política portuguêsa... a captação de quadros de qualidade para os diversos governos... de qualquer dos modos tenho boa opinião de bagão félix... homem rigoroso, com ideias bem definidas e sem medo de reformas... é aquilo que é necessário neste ministério...
 
ponto cinco - o primeiro ponto positivo... a separação do trabalho da segurança social... nunca consegui entender o que tinham em comum, pelo que considero correcta  a passagem do dossier do trabalho para a pasta da economia... só não entendo, como já referi, as alterações de semântica... porque não simplesmente um ministério da economia (com a secretaria de estado do trabalho na sua dependência) e um ministério da segurança social (que óbviamente tem que contemplar as famílias e as crianças, já que pelos vistos estas últimas não fazem parte das famílias)...
 
ponto seis - paulo portas na defesa, onde, na minha opinião, terá feito um bom trabalho no anterior governo mas cuja liberdade de acção acabou no resto da legislatura (os principais investimentos e decisões estão tomadas)... provavelmente vetado pelo presidente para a pasta dos negócios estrangeiros, e ainda bem... está bem onde está... terá assim tempo para se dedicar ao partido e à actividade política pura, não chateando muito em termos governativos...
 
ponto sete - josé luís arnaut... ministro das cidades, administração local, habitação e desenvolvimento regional... nada a dizer, excepto que não percebo para que raio serve este ministério... não estariam estas pastas bem entregues no ministério da administração interna? com bons secretários de estado, tenho a certeza que sim...
  
ponto oito -  uma palavra para o ministro da saúde... um dos raros (quatro apenas) que não só transita de um governo para o outro mas mantém a mesma pasta... um prémio para aquilo que julgo ter sido um bom trabalho no passado (reformas muito importantes e durante tanto tempo diadas), mau grado o facto de uma das principais promessas eleitorais estar por cumprir... o fim das listas de espera... no entanto, merece terminar a legislatura e, aí sim, ser julgado...
ponto nove - luís nobre guedes, ministro do ambiente e do ordenamento do território... primeiro que tudo, entendo que este ministério deveria ser uma ou eventualmente duas secretarias de estado do ministério da administração interna... não compreendo porque tem que ser um ministério... quanto à pessoa em causa, não tenho particular simpatia, mas também nada abertamente contra, pelo que mais uma vez merece o benefício da dúvida... um desejo apenas... que seja bem melhor do que os anteriores, porque pior, arrisco-me a dizer, será algo digno do guiness... 
ponto dez - alteração do ministro da educação... depois das "barracadas" nas colocações de professores era claramente uma das pastas a remodelar... creio que o anterior titular teve o mérito de não inventar demais no sistema em si, que já etava farto de reformas... tentou apenas mexer nas colocações dos professores (sistema bárbaro digno do século dezanove) e não conseguiu... espero que a sua sucessora tenha mais sucesso...
ponto onze - uma última palavra para abrir uma excepção... o moptc, ministério das obras públicas, dos transportes e das comunicações... não percebo a nomeação de antónio mexia... um gestor que não me convence... ideólogo de barbaridades como a junção do gás natural aos petróleos - autor moral e executivo da galp energia - que será brevemente desfeita com a passagem do negócio do gás para a edp onde estava antes, e de ideias "brilhantes" como a da via verde nos postos de abastecimento, que quase acabava com o melhor negócio das gasolineiras, a venda a retalho dos postos de abastecimento (alguém já reparou nos preços praticados?)... enfim... um "fim-do-mundo" de razões para claramente não merecer a minha confiança...  
  
ponto doze - resta-me referir que, em minha opinião, mais importante do que as denominações ou mesmo do que as pessoas dos diversos ministérios e secretarias de estado, é a liderança... um governo só pode ter uma actuação positiva se tiver uma efectiva liderança... é aí que deposito as minhas esperanças...
 
para finalizar, espero que este seja um governo virado para o futuro...
 
a educação, a ciência e a inovação, aliados a uma consciência social justa que premeie quem trabalha mas que não tenha contemplações para quem em nada quer contribuir para a vida em sociedade, têm que ser considerados valores fundamentais, sem os quais não vale a pena ter grandes ambições... 

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