Arnaut assina hoje protocolo no Douro sob protestos

07-07-2010
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À espera de Arnaut vão estar algumas dezenas de trabalhadores da CD, que já passaram esta noite em vigília, para demonstrar o "sofrimento" que vivem actualmente. Sem receber salários há três meses, os trabalhadores colocaram lamparinas, velas e bandeiras negras ao longo da principal rua da Régua, em sinal de luto.

Arnaut vai à Régua dar o seu aval à assinatura de um protocolo entre a CD, o Instituto do Vinho do Porto e a Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes sobre a forma como o cadastro das vinhas durienses - pertencente à CD - passará a ser gerido no futuro. O protocolo pouco adianta de concreto, apenas estabelece o compromisso entre as três partes para que, no prazo de 60 dias, sejam definidas as bases de gestão daquele ficheiro.

Sem perder a posse do cadastro, a CD vai passar a ser responsável apenas pela sua actualização e manutenção. Em troca de uma compensação financeira, cederá a informação disponível sobre as vinhas e os viticultores durienses ao futuro Instituto do Vinho do Douro e Porto (IVDP), que vai gerir todo o sector vitícola duriense.

Um outro protocolo irá posteriormente estabelecer a compatibilização dos dados constantes no Ficheiro Vitivinícola do Instituto da Vinha e do Vinho com os do cadastro da CD, os quais, em relação às áreas das vinhas, não são coincidentes.

Arnaut leva também à Régua o compromisso de desbloquear nos próximos dias uma verba de 250 mil euros, para que a CD possa liquidar parte dos salários dos seus trabalhadores. Mas o ministro corre o risco de ver recusada a "esmola", como é encarada aquela verba pela Casa do Douro. "50 mil contos não dão para a cova de um dente", diz Manuel António dos Santos, o presidente da CD.

Em vez de um clima de festa, o ministro adjunto - que irá assistir também à inauguração do novo solar do vinho do Porto - vai encontrar um ambiente de luto e de protesto. No Douro, cresce o temor de que a reforma institucional que o Governo está a preparar vai criar ainda maiores desequilíbrios no sector, uma vez que, ao proibir a CD de comprar vinhos aos seus próprios associados, deixa aos exportadores o controlo quase exclusivo do negócio e a definição dos preços dos vinhos a pagar à produção. E também ninguém esquece as promessas que Durão Barroso fez quando era líder da oposição, nomeadamente quanto ao pagamento das indemnizações a que a CD teria direito pela progressiva perda de funções públicas.

À espera de Arnaut vão estar algumas dezenas de trabalhadores da CD, que já passaram esta noite em vigília, para demonstrar o "sofrimento" que vivem actualmente. Sem receber salários há três meses, os trabalhadores colocaram lamparinas, velas e bandeiras negras ao longo da principal rua da Régua, em sinal de luto.

Arnaut vai à Régua dar o seu aval à assinatura de um protocolo entre a CD, o Instituto do Vinho do Porto e a Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes sobre a forma como o cadastro das vinhas durienses - pertencente à CD - passará a ser gerido no futuro. O protocolo pouco adianta de concreto, apenas estabelece o compromisso entre as três partes para que, no prazo de 60 dias, sejam definidas as bases de gestão daquele ficheiro.

Sem perder a posse do cadastro, a CD vai passar a ser responsável apenas pela sua actualização e manutenção. Em troca de uma compensação financeira, cederá a informação disponível sobre as vinhas e os viticultores durienses ao futuro Instituto do Vinho do Douro e Porto (IVDP), que vai gerir todo o sector vitícola duriense.

Um outro protocolo irá posteriormente estabelecer a compatibilização dos dados constantes no Ficheiro Vitivinícola do Instituto da Vinha e do Vinho com os do cadastro da CD, os quais, em relação às áreas das vinhas, não são coincidentes.

Arnaut leva também à Régua o compromisso de desbloquear nos próximos dias uma verba de 250 mil euros, para que a CD possa liquidar parte dos salários dos seus trabalhadores. Mas o ministro corre o risco de ver recusada a "esmola", como é encarada aquela verba pela Casa do Douro. "50 mil contos não dão para a cova de um dente", diz Manuel António dos Santos, o presidente da CD.

Em vez de um clima de festa, o ministro adjunto - que irá assistir também à inauguração do novo solar do vinho do Porto - vai encontrar um ambiente de luto e de protesto. No Douro, cresce o temor de que a reforma institucional que o Governo está a preparar vai criar ainda maiores desequilíbrios no sector, uma vez que, ao proibir a CD de comprar vinhos aos seus próprios associados, deixa aos exportadores o controlo quase exclusivo do negócio e a definição dos preços dos vinhos a pagar à produção. E também ninguém esquece as promessas que Durão Barroso fez quando era líder da oposição, nomeadamente quanto ao pagamento das indemnizações a que a CD teria direito pela progressiva perda de funções públicas.

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