PALAVROSSAVRVS REX: BIOMBO RIDENTE

07-08-2010
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De acordo com o Público, o professor, dr. Fernando António Esteves Charrua, ex-deputado pelo PSD, na mensagem de despedida aos colegas, terá escrito:"Se a moda pega, instigada que está a delação, poderemos ter, a breve trecho, uns milhares de docentes presos políticos e outros tantos de boca calada e de consciência aprisionada, a tentar ensinar aos nossos alunos os valores da democracia, da tolerância, do pluralismo, dos direitos, liberdade e garantias e de outras coisas que, de tão remotas, já nem sabemos o real significado, perante a prática que nos rodeia."çhjçjkhINFALIBILIDADE SOCRÁTICAkjkh"Sócrates, com imensa bondade, assegurou à Pátria a liberdade de expressão e o prof. Cavaco, do lugar etéreo onde subiu, espera que o "mal-entendido" (repito: o "mal-entendido") se esclareça. Não chega. Ninguém se lembraria, como ninguém de facto se lembrou, de acusar (ou de punir) alguém por uma graçola ou um "insulto" a outro primeiro-ministro. lkjO crescente autoritarismo do poder e o extravagante culto da pessoa de Sócrates, que o Governo promove e alimenta, é que pouco a pouco criaram o clima em que se vive e que inspirou o "caso Charrua". Escrevi aqui há meses que bastava ouvir o dr. Augusto Santos Silva (com quem, aliás, Margarida Moreira colaborou) para temer o pior. A história da prepotência e do arbítrio não começou na DREN, não vai acabar na DREN e com certeza que não se limita à DREN."çlkjVasco Pulido Valente, in PúblicoçkjCONTROLEIROS DE GRANDE CALADOÇL"Infelizmente, a impunidade que se instalou no Governo e na sua maioria conta com a inexistência de um Presidente da República que, com os olhos postos na reeleição e em nome de uma nebulosa "cooperação estratégica", se demitiu das suas funções e se transformou num mero ornamento do regime, que se distingue pela vacuidade dos seus discursos e pela natureza táctica das suas intervenções. çlkO desaparecimento do PS, a fragilidade da oposição, a ausência de fiscalização parlamentar, a indiferença do Presidente da República e a complacência de todos os que dependem do Governo transformaram a vida política num circo de abusos e de arbitrariedades que a propaganda disfarça e o consenso que invariavelmente se gera à volta do poder tem o condão de abafar. kljljSó assim se compreende a falta de pudor de uma governadora civil que, depois de ser desautorizada pelo Tribunal Constitucional, decide zarpar, de "consciência tranquila", para a candidatura do dr. António Costa. lkjOu o convite para integrar o Governo feito pelo primeiro-ministro a um juiz do Tribunal Constitucional que a Assembleia da República tinha eleito há dois meses para um mandato de nove anos. Ou a vontade expressa do ministro dos Assuntos Parlamentares de acabar com aquilo a que ele chama "jornalismo de sarjeta". Ou o estatuto dos jornalistas que está, neste momento, em preparação. kjhOu a junção das polícias sob a tutela do mesmo ministro. Ou a colocação dos serviços de informação na dependência directa do primeiro-ministro. Ou as reconhecidas pressões do Governo junto da comunicação social. kjhA lista está longe de ser exaustiva. Mas mostra claramente os excessos a que chega o Governo na sua ânsia de controlar. Como mostra também a fragilidade de uma opinião pública que confunde o acessório com o essencial e privilegia o acesso ao poder em vez da liberdade individual. Como já foi assinalado por Pacheco Pereira e por Rui Ramos, a lista do dr. António Costa para Lisboa, com as atracções especiais, é um bom espelho desta triste realidade."ljkConstança Cunha e Sá, no Público.


De acordo com o Público, o professor, dr. Fernando António Esteves Charrua, ex-deputado pelo PSD, na mensagem de despedida aos colegas, terá escrito:"Se a moda pega, instigada que está a delação, poderemos ter, a breve trecho, uns milhares de docentes presos políticos e outros tantos de boca calada e de consciência aprisionada, a tentar ensinar aos nossos alunos os valores da democracia, da tolerância, do pluralismo, dos direitos, liberdade e garantias e de outras coisas que, de tão remotas, já nem sabemos o real significado, perante a prática que nos rodeia."çhjçjkhINFALIBILIDADE SOCRÁTICAkjkh"Sócrates, com imensa bondade, assegurou à Pátria a liberdade de expressão e o prof. Cavaco, do lugar etéreo onde subiu, espera que o "mal-entendido" (repito: o "mal-entendido") se esclareça. Não chega. Ninguém se lembraria, como ninguém de facto se lembrou, de acusar (ou de punir) alguém por uma graçola ou um "insulto" a outro primeiro-ministro. lkjO crescente autoritarismo do poder e o extravagante culto da pessoa de Sócrates, que o Governo promove e alimenta, é que pouco a pouco criaram o clima em que se vive e que inspirou o "caso Charrua". Escrevi aqui há meses que bastava ouvir o dr. Augusto Santos Silva (com quem, aliás, Margarida Moreira colaborou) para temer o pior. A história da prepotência e do arbítrio não começou na DREN, não vai acabar na DREN e com certeza que não se limita à DREN."çlkjVasco Pulido Valente, in PúblicoçkjCONTROLEIROS DE GRANDE CALADOÇL"Infelizmente, a impunidade que se instalou no Governo e na sua maioria conta com a inexistência de um Presidente da República que, com os olhos postos na reeleição e em nome de uma nebulosa "cooperação estratégica", se demitiu das suas funções e se transformou num mero ornamento do regime, que se distingue pela vacuidade dos seus discursos e pela natureza táctica das suas intervenções. çlkO desaparecimento do PS, a fragilidade da oposição, a ausência de fiscalização parlamentar, a indiferença do Presidente da República e a complacência de todos os que dependem do Governo transformaram a vida política num circo de abusos e de arbitrariedades que a propaganda disfarça e o consenso que invariavelmente se gera à volta do poder tem o condão de abafar. kljljSó assim se compreende a falta de pudor de uma governadora civil que, depois de ser desautorizada pelo Tribunal Constitucional, decide zarpar, de "consciência tranquila", para a candidatura do dr. António Costa. lkjOu o convite para integrar o Governo feito pelo primeiro-ministro a um juiz do Tribunal Constitucional que a Assembleia da República tinha eleito há dois meses para um mandato de nove anos. Ou a vontade expressa do ministro dos Assuntos Parlamentares de acabar com aquilo a que ele chama "jornalismo de sarjeta". Ou o estatuto dos jornalistas que está, neste momento, em preparação. kjhOu a junção das polícias sob a tutela do mesmo ministro. Ou a colocação dos serviços de informação na dependência directa do primeiro-ministro. Ou as reconhecidas pressões do Governo junto da comunicação social. kjhA lista está longe de ser exaustiva. Mas mostra claramente os excessos a que chega o Governo na sua ânsia de controlar. Como mostra também a fragilidade de uma opinião pública que confunde o acessório com o essencial e privilegia o acesso ao poder em vez da liberdade individual. Como já foi assinalado por Pacheco Pereira e por Rui Ramos, a lista do dr. António Costa para Lisboa, com as atracções especiais, é um bom espelho desta triste realidade."ljkConstança Cunha e Sá, no Público.

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