A Ágora

23-05-2011
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Tristezas de diferente grauDecididamente o ano não está a começar bem. Espero é que seja apenas uma fase pior e não uma antevisão dos próximos doze meses.Para começar, a Tasca da Cultura fechou as portas. Digam o que disserem, para mim era um blogue de referência, um dos primeiros que comecei a seguir, intrigado pelas suas "histórias de uma família sem metáforas". Aliás, "fecho" não é o termo correcto. Houve sim um trespasse (provavelmente a primeira operação do gênero entre blogues, embora eu duvide que tenha obedecido às regras da legislação comercial), por parte do Bom Selvagem, esse mito da blogoesfera, cuja saída implica na prática o fim da Tasca como a conhecíamos; o trespassário dá pelo sigla de DEF, acolitado por uma companhia com iniciais MDB. A ver vamos...A catrefada de jogadores que chegaram ao SLB também não é de molde a animar as hostes. Moretto chegou envolvido numa confusão com estalos à mistura, rufias, amizades quebradas e supostas tentativas de desvio por parte do Porto. Cá para mim, trazia-se de volta Yannick Quesnel do Marselha (que já não precisa dele) e a vaga ficava preenchida.Marco Ferreira é outro mistério que não se percebe, só mesmo por gula. Fonte será eventualmente para acautelar o futuro. Manduca é um jogador interessante, que veio a baixo custo, embora eu pessoalmente não tivesse mandado Bruno Aguiar definitivamente embora. Ainda nos vamos arrepender largamente. Mas pior do que isso é a vinda de Laurent Robert. Não é que o francês faça má figura ou seja caro, mas para além dos trinta aninhos, a sua vinda só demonstra uma coisa: que simão está mesmo de saída. Luís Filipe Vieira refutou essa hipótese? Ah, pois, ainda deve estar a negociar se vende o passe por dezasseis ou dezoito milhões de euros. Vão por mim.Mas má notícia a sério é o desaparecimento de Carlos Cáceres Monteiro, jornalista da primeira linha dos acontecimentos, quantas vezes perigosos, antigo responsável de O Jornal, até ao fim director da Visão. Deixou-nos neste início de 2006, com apenas 57 anos. A descrição da sua vida profissional, como jornalista acompanhando as mudanças no mundo, é simplesmente fabulosa. Pudesse eu escolher e seria esta a minha actividade, para a qual, diga-se, precisaria de coragem e perseverança, a mesma que Cáceres Monteiro tinha a rodos.


Tristezas de diferente grauDecididamente o ano não está a começar bem. Espero é que seja apenas uma fase pior e não uma antevisão dos próximos doze meses.Para começar, a Tasca da Cultura fechou as portas. Digam o que disserem, para mim era um blogue de referência, um dos primeiros que comecei a seguir, intrigado pelas suas "histórias de uma família sem metáforas". Aliás, "fecho" não é o termo correcto. Houve sim um trespasse (provavelmente a primeira operação do gênero entre blogues, embora eu duvide que tenha obedecido às regras da legislação comercial), por parte do Bom Selvagem, esse mito da blogoesfera, cuja saída implica na prática o fim da Tasca como a conhecíamos; o trespassário dá pelo sigla de DEF, acolitado por uma companhia com iniciais MDB. A ver vamos...A catrefada de jogadores que chegaram ao SLB também não é de molde a animar as hostes. Moretto chegou envolvido numa confusão com estalos à mistura, rufias, amizades quebradas e supostas tentativas de desvio por parte do Porto. Cá para mim, trazia-se de volta Yannick Quesnel do Marselha (que já não precisa dele) e a vaga ficava preenchida.Marco Ferreira é outro mistério que não se percebe, só mesmo por gula. Fonte será eventualmente para acautelar o futuro. Manduca é um jogador interessante, que veio a baixo custo, embora eu pessoalmente não tivesse mandado Bruno Aguiar definitivamente embora. Ainda nos vamos arrepender largamente. Mas pior do que isso é a vinda de Laurent Robert. Não é que o francês faça má figura ou seja caro, mas para além dos trinta aninhos, a sua vinda só demonstra uma coisa: que simão está mesmo de saída. Luís Filipe Vieira refutou essa hipótese? Ah, pois, ainda deve estar a negociar se vende o passe por dezasseis ou dezoito milhões de euros. Vão por mim.Mas má notícia a sério é o desaparecimento de Carlos Cáceres Monteiro, jornalista da primeira linha dos acontecimentos, quantas vezes perigosos, antigo responsável de O Jornal, até ao fim director da Visão. Deixou-nos neste início de 2006, com apenas 57 anos. A descrição da sua vida profissional, como jornalista acompanhando as mudanças no mundo, é simplesmente fabulosa. Pudesse eu escolher e seria esta a minha actividade, para a qual, diga-se, precisaria de coragem e perseverança, a mesma que Cáceres Monteiro tinha a rodos.

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