Dezenas de toneladas de urânio ainda no reactor

27-04-2011
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A explosão do reactor 4 de Tchernobil aconteceu há 25 anos, mas os perigos ainda não desapareceram de vez. Na verdade, antes do acidente, o reactor continha 190 toneladas de urânio; hoje, estima-se que lá continuem 90 por cento, segundo o IRSN (instituto francês de radioprotecção e de segurança nuclear). Para confinar esta quantidade de resíduos, foi construído um sarcófago por cima do reactor, nos primeiros oito meses que se seguiram à explosão.

Fora do complexo ainda existem centenas de locais para onde foram largados, à pressa, detritos radioactivos resultantes da destruição verificada aquando da explosão. De acordo com um relatório realizado para a organização ecologista Greenpeace, em 2006, pela Large and Associates, consultora na área de engenharia, as operações de recuperação e limpeza na Ucrânia produziram grandes quantidades de resíduos radioactivos e equipamento contaminado que foram depositados em cerca de 800 locais dentro e fora da zona de exclusão, numa extensão de 30 quilómetros. Muitas dessas zonas foram abandonadas "sem qualquer tentativa de recuperação, permanecendo assim até hoje", revela o relatório.

Um dos grandes problemas de Tchernobil é que o sarcófago inicial deixou de ser considerado seguro, apresentando buracos e fissuras. A 19 de Abril, a Ucrânia conseguiu uma ajuda internacional de 550 milhões de euros para construir um novo sarcófago, que terá um custo total de 740 milhões. A nova estrutura de isolamento terá 105 metros de altura e 29 mil toneladas de metal, quase três vezes o peso da Torre Eiffel, em Paris. Este novo sarcófago, que deverá ficar concluído até 2015, será construído ao lado do reactor e só depois será colocado no local definitivo, para garantir a segurança dos trabalhadores. Prevê-se que consiga isolar o reactor 4 até ao final do século. H.G.

A explosão do reactor 4 de Tchernobil aconteceu há 25 anos, mas os perigos ainda não desapareceram de vez. Na verdade, antes do acidente, o reactor continha 190 toneladas de urânio; hoje, estima-se que lá continuem 90 por cento, segundo o IRSN (instituto francês de radioprotecção e de segurança nuclear). Para confinar esta quantidade de resíduos, foi construído um sarcófago por cima do reactor, nos primeiros oito meses que se seguiram à explosão.

Fora do complexo ainda existem centenas de locais para onde foram largados, à pressa, detritos radioactivos resultantes da destruição verificada aquando da explosão. De acordo com um relatório realizado para a organização ecologista Greenpeace, em 2006, pela Large and Associates, consultora na área de engenharia, as operações de recuperação e limpeza na Ucrânia produziram grandes quantidades de resíduos radioactivos e equipamento contaminado que foram depositados em cerca de 800 locais dentro e fora da zona de exclusão, numa extensão de 30 quilómetros. Muitas dessas zonas foram abandonadas "sem qualquer tentativa de recuperação, permanecendo assim até hoje", revela o relatório.

Um dos grandes problemas de Tchernobil é que o sarcófago inicial deixou de ser considerado seguro, apresentando buracos e fissuras. A 19 de Abril, a Ucrânia conseguiu uma ajuda internacional de 550 milhões de euros para construir um novo sarcófago, que terá um custo total de 740 milhões. A nova estrutura de isolamento terá 105 metros de altura e 29 mil toneladas de metal, quase três vezes o peso da Torre Eiffel, em Paris. Este novo sarcófago, que deverá ficar concluído até 2015, será construído ao lado do reactor e só depois será colocado no local definitivo, para garantir a segurança dos trabalhadores. Prevê-se que consiga isolar o reactor 4 até ao final do século. H.G.

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