Estrelas da Rádio Energia voltam a ligar a corrente

14-04-2011
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“A Rádio Energia nasceu como uma rádio temática, criada de raiz e com notícias durante 24 horas”, num projecto que surgiu da TSF, a partir de Emídio Rangel, explicou Nuno Santos, sublinhando o facto de que “as pessoas estavam todas motivadas, em sintonia”. O realizador e locutor Henrique Amaro (do programa Portugália da Antena 3), que fez carreira na divulgação da música portuguesa, vai mais longe e assevera que o que aquela equipa iniciou foi algo a que o país não estava habituado: “um projecto em que as pessoas pareciam estar em sintonia não só em estúdio mas também com os ouvintes”.“Foi uma coisa importante para todos nós. Apareceu no tempo certo e na altura tinha uma postura de rádio diferente”, relembra o DJ Miguel Quintão, que apresenta com Álvaro Costa o programa Bons Rapazes da Antena 3. “A informação era mais agressiva, mais real e estava mais perto do nosso auditório”, como aconteceu com as grandes manifestações de estudantes no início da década de 90 ou com a inovação das reportagens nos concertos ao vivo e transmissões em directo de eventos como os Brit Awards britânicos ou os Óscares de Hollywood. “A Energia era uma estação atrevida, destemida e diferente das outras. Era uma rádio sem medo”, atira Quintão, relembrando as eclécticas playlists que uniam tanto dance como pop, rap, rock e metal.

Energia musical

O nascimento da Energia mexeu, de facto, com o panorama musical em Portugal. Para além de ter ajudado a colocar o país no mapa das grandes bandas — concertos como os de Nirvana, Metallica, Guns & Roses ou Prince tiveram o carimbo Energia —, alternava as suas playlists mais comerciais com programas de música menos massificada: como os momentos dedicados ao metal com António Freitas, ao hip-hop com José Mariño ou à música alternativa com Vítor Marçal.

Foi nesse espírito que surgiu o Johnny Guitar: um dos programas-ícone que juntava em estúdio Henrique Amaro e Zé Pedro (da banda Xutos & Pontapés). A ideia partiu do então produtor Sérgio Noronha que pretendia recriar em rádio o espírito do mítico espaço homónimo que marcou a noite lisboeta. “Aquilo era um fervor criativo de uma série de pessoas”, recorda Amaro, com perceptível emoção.

O mesmo espírito musical deverá pautar as duas festas programadas para abrilhantar a iniciativa. Os animadores da altura marcam presença no elenco: Augusto Seabra, Mónica Mendes, Paulo José e Pedro Viana animam, na sexta-feira, a festa Pop-Rock, revitalizando os sons dos 90s. No dia seguinte, a Energia Dance Music conta com Miguel Quintão e Nuno Reis para animar as pistas. Entre a Vip Room e a pista electrónica andam DJ PêPê (Pedro Viana) e Sofia Louro (da dupla feminina Morgana.Wicctofly).

E depois dos três dias? Ter-se-á lembrado a história ou até feito história? Animadores, jornalistas ou produtores nenhum faz prognósticos. Apenas reafirmam que os anos da Energia “foram os melhores tempos”. E isso bastou para que se dê nova vida, ainda que apenas por três dias, a esta nova “velha rádio” que, mais além desta celebração, continua a ser lembrada com páginas de fãs e espaços na Internet: saiu do ar faz duas décadas mas continua uma Energia renovável.

“A Rádio Energia nasceu como uma rádio temática, criada de raiz e com notícias durante 24 horas”, num projecto que surgiu da TSF, a partir de Emídio Rangel, explicou Nuno Santos, sublinhando o facto de que “as pessoas estavam todas motivadas, em sintonia”. O realizador e locutor Henrique Amaro (do programa Portugália da Antena 3), que fez carreira na divulgação da música portuguesa, vai mais longe e assevera que o que aquela equipa iniciou foi algo a que o país não estava habituado: “um projecto em que as pessoas pareciam estar em sintonia não só em estúdio mas também com os ouvintes”.“Foi uma coisa importante para todos nós. Apareceu no tempo certo e na altura tinha uma postura de rádio diferente”, relembra o DJ Miguel Quintão, que apresenta com Álvaro Costa o programa Bons Rapazes da Antena 3. “A informação era mais agressiva, mais real e estava mais perto do nosso auditório”, como aconteceu com as grandes manifestações de estudantes no início da década de 90 ou com a inovação das reportagens nos concertos ao vivo e transmissões em directo de eventos como os Brit Awards britânicos ou os Óscares de Hollywood. “A Energia era uma estação atrevida, destemida e diferente das outras. Era uma rádio sem medo”, atira Quintão, relembrando as eclécticas playlists que uniam tanto dance como pop, rap, rock e metal.

Energia musical

O nascimento da Energia mexeu, de facto, com o panorama musical em Portugal. Para além de ter ajudado a colocar o país no mapa das grandes bandas — concertos como os de Nirvana, Metallica, Guns & Roses ou Prince tiveram o carimbo Energia —, alternava as suas playlists mais comerciais com programas de música menos massificada: como os momentos dedicados ao metal com António Freitas, ao hip-hop com José Mariño ou à música alternativa com Vítor Marçal.

Foi nesse espírito que surgiu o Johnny Guitar: um dos programas-ícone que juntava em estúdio Henrique Amaro e Zé Pedro (da banda Xutos & Pontapés). A ideia partiu do então produtor Sérgio Noronha que pretendia recriar em rádio o espírito do mítico espaço homónimo que marcou a noite lisboeta. “Aquilo era um fervor criativo de uma série de pessoas”, recorda Amaro, com perceptível emoção.

O mesmo espírito musical deverá pautar as duas festas programadas para abrilhantar a iniciativa. Os animadores da altura marcam presença no elenco: Augusto Seabra, Mónica Mendes, Paulo José e Pedro Viana animam, na sexta-feira, a festa Pop-Rock, revitalizando os sons dos 90s. No dia seguinte, a Energia Dance Music conta com Miguel Quintão e Nuno Reis para animar as pistas. Entre a Vip Room e a pista electrónica andam DJ PêPê (Pedro Viana) e Sofia Louro (da dupla feminina Morgana.Wicctofly).

E depois dos três dias? Ter-se-á lembrado a história ou até feito história? Animadores, jornalistas ou produtores nenhum faz prognósticos. Apenas reafirmam que os anos da Energia “foram os melhores tempos”. E isso bastou para que se dê nova vida, ainda que apenas por três dias, a esta nova “velha rádio” que, mais além desta celebração, continua a ser lembrada com páginas de fãs e espaços na Internet: saiu do ar faz duas décadas mas continua uma Energia renovável.

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