BE desafia Governo a romper contrato de compra do segundo submarino

03-11-2010
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O primeiro-ministro voltou ontem a pôr em evidência a aparente contradição de Paulo Portas ao pretender suspender agora o TGV com o argumento da crise económica, ele que decidiu comprar dois submarinos quando Portugal já vivia em recessão. As despesas desse equipamento militar entram este ano nas contas do Estado.

Com uma resolução do Conselho de Ministros na mão, Paulo Portas já tinha a resposta preparada: acusou o primeiro-ministro de ter "amnésia selectiva", já que Sócrates fazia parte de um Governo que abriu o concurso de aquisição de quatro submarinos, em 1998. E provou que já tinha feito as contas dos custos, traduzindo os números em equipamento militar: "Os submarinos, só em subsídios às empresas públicas, são cinco, que é a frota da Holanda; só no BPN são dez, é a frota da Itália; no TGV são 15, é a frota da Alemanha. E sabe quantos são nas parcerias público-privadas? São 100, que é a frota dos Estados Unidos, tanto do lado do Atlântico como do lado do Pacífico".

José Sócrates assumiu que foi o Governo PS que abriu o concurso para a aquisição de quatro submarinos, mas frisou que foi "no tempo de Paulo Portas" que foram adjudicados. "Somos nós a pagar os submarinos que o senhor decidiu comprar", rematou o primeiro-ministro.

À tarde, em resposta a um deputado socialista que o desafiava a assumir as responsabilidades na compra dos submarinos, Portas apontou outra contradição, lembrando críticas antigas: "Nessa altura, o senhor deputado José Lello [membro do secretariado nacional do PS] acusou o Governo de que fiz parte de reduzir a capacidade submarina de Portugal ao nível da Argélia".

A questão dos submarinos foi também usada pelo Bloco de Esquerda. Mas noutra perspectiva. "Cada submarino custa 500 milhões de euros", lembrou Francisco Louçã. O líder do BE desafiou Sócrates: "Rompa esse contrato, porque ele não foi cumprido pela empresa, que tem administradores presos e deve 600 milhões de euros a Portugal".

Na resposta, o primeiro-ministro acabou por dizer algo diferente do que dissera antes a Paulo Portas: "Eu não ponho em causa que o país precise de comprar os dois submarinos. O que ponho em causa é o momento da compra, em plena crise económica".

O primeiro-ministro voltou ontem a pôr em evidência a aparente contradição de Paulo Portas ao pretender suspender agora o TGV com o argumento da crise económica, ele que decidiu comprar dois submarinos quando Portugal já vivia em recessão. As despesas desse equipamento militar entram este ano nas contas do Estado.

Com uma resolução do Conselho de Ministros na mão, Paulo Portas já tinha a resposta preparada: acusou o primeiro-ministro de ter "amnésia selectiva", já que Sócrates fazia parte de um Governo que abriu o concurso de aquisição de quatro submarinos, em 1998. E provou que já tinha feito as contas dos custos, traduzindo os números em equipamento militar: "Os submarinos, só em subsídios às empresas públicas, são cinco, que é a frota da Holanda; só no BPN são dez, é a frota da Itália; no TGV são 15, é a frota da Alemanha. E sabe quantos são nas parcerias público-privadas? São 100, que é a frota dos Estados Unidos, tanto do lado do Atlântico como do lado do Pacífico".

José Sócrates assumiu que foi o Governo PS que abriu o concurso para a aquisição de quatro submarinos, mas frisou que foi "no tempo de Paulo Portas" que foram adjudicados. "Somos nós a pagar os submarinos que o senhor decidiu comprar", rematou o primeiro-ministro.

À tarde, em resposta a um deputado socialista que o desafiava a assumir as responsabilidades na compra dos submarinos, Portas apontou outra contradição, lembrando críticas antigas: "Nessa altura, o senhor deputado José Lello [membro do secretariado nacional do PS] acusou o Governo de que fiz parte de reduzir a capacidade submarina de Portugal ao nível da Argélia".

A questão dos submarinos foi também usada pelo Bloco de Esquerda. Mas noutra perspectiva. "Cada submarino custa 500 milhões de euros", lembrou Francisco Louçã. O líder do BE desafiou Sócrates: "Rompa esse contrato, porque ele não foi cumprido pela empresa, que tem administradores presos e deve 600 milhões de euros a Portugal".

Na resposta, o primeiro-ministro acabou por dizer algo diferente do que dissera antes a Paulo Portas: "Eu não ponho em causa que o país precise de comprar os dois submarinos. O que ponho em causa é o momento da compra, em plena crise económica".

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