Eduardo Vítor Rodrigues: Congresso do PSE

20-01-2011
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Exmos. Senhores Poul Rasmoussen, José Lello, José Sócrates, Ségolène Royal,Minhas senhoras e meus senhores,É uma grande honra assinalar este dia e esta temática com uma referência, necessariamente breve, a um projecto que nos últimos 6 anos mudou a vida de muitas crianças, assim como alterou muitas das rotinas institucionais locais.De facto, as desigualdades não são uma fatalidade. São processos sociais que urge combater com políticas públicas coerentes e participativas, envolvendo as instituições e as estruturas da sociedade civil. É esse o pressuposto do projecto de dinamização e de ocupação sócio-cultural e educativa de crianças de uma comunidade com mais de 30.000 habitantes, Oliveira do Douro, em V. N. de Gaia, na periferia do Porto.Nas periferias estão muito concentrados os factores de fragilização e de insegurança social de vastas camadas da população. Esses factores, quando aliados à ausência de intervenção das instituições púbicas e à debilidade das organizações formais da sociedade civil, facilitam a reprodução dos estigmas, das desigualdades e dos handicaps sociais.Por outro lado, a desordem e os riscos no mercado de trabalho aumentam a necessidade de respostas públicas no domínio do apoio às famílias e à criança. Trata-se de fortalecer a aposta na educação e nas suas imensas oportunidades de inclusão social. Urge, assim, a emergência de projectos democráticos, onde a participação dos agentes públicos locais possa criar respostas concretas e mobilizar os demais parceiros institucionais.Esta iniciativa mobiliza os pais e as suas associações, que se sentiram motivados a uma participação cidadã na vida dos seus filhos e da comunidade, envolve também os agentes associativos locais, na edificação de respostas de proximidade, assim como envolve as entidades autárquicas, que assumem muitas das dimensões logísticas e financeiras, fortalecendo o papel do poder local e o seu potencial democrático e de cidadania.Trata-se de uma activa participação institucional, que resulta de uma opção clara por uma política de desenvolvimento local, onde o reforço da democracia, a educação e a igualdade de oportunidades norteiam a acção.E, minhas senhoras e meus senhores, permitam-me que termine com uma deferência: o reforço da democracia europeia e as respostas para um novo contrato social tem-se edificado em protagonistas da esquerda democrática e moderna, como José Sócrates, e em novas esperanças como aquela que será, estou certo, a futura Presidente da República Francesa, Ségolène Royal, a quem endereço as maiores felicidades, para bem da Esquerda e da Europa.Eduardo Vítor RodriguesIn Congresso Europeu do PSE, 7 de Dezembro de 2006.


Exmos. Senhores Poul Rasmoussen, José Lello, José Sócrates, Ségolène Royal,Minhas senhoras e meus senhores,É uma grande honra assinalar este dia e esta temática com uma referência, necessariamente breve, a um projecto que nos últimos 6 anos mudou a vida de muitas crianças, assim como alterou muitas das rotinas institucionais locais.De facto, as desigualdades não são uma fatalidade. São processos sociais que urge combater com políticas públicas coerentes e participativas, envolvendo as instituições e as estruturas da sociedade civil. É esse o pressuposto do projecto de dinamização e de ocupação sócio-cultural e educativa de crianças de uma comunidade com mais de 30.000 habitantes, Oliveira do Douro, em V. N. de Gaia, na periferia do Porto.Nas periferias estão muito concentrados os factores de fragilização e de insegurança social de vastas camadas da população. Esses factores, quando aliados à ausência de intervenção das instituições púbicas e à debilidade das organizações formais da sociedade civil, facilitam a reprodução dos estigmas, das desigualdades e dos handicaps sociais.Por outro lado, a desordem e os riscos no mercado de trabalho aumentam a necessidade de respostas públicas no domínio do apoio às famílias e à criança. Trata-se de fortalecer a aposta na educação e nas suas imensas oportunidades de inclusão social. Urge, assim, a emergência de projectos democráticos, onde a participação dos agentes públicos locais possa criar respostas concretas e mobilizar os demais parceiros institucionais.Esta iniciativa mobiliza os pais e as suas associações, que se sentiram motivados a uma participação cidadã na vida dos seus filhos e da comunidade, envolve também os agentes associativos locais, na edificação de respostas de proximidade, assim como envolve as entidades autárquicas, que assumem muitas das dimensões logísticas e financeiras, fortalecendo o papel do poder local e o seu potencial democrático e de cidadania.Trata-se de uma activa participação institucional, que resulta de uma opção clara por uma política de desenvolvimento local, onde o reforço da democracia, a educação e a igualdade de oportunidades norteiam a acção.E, minhas senhoras e meus senhores, permitam-me que termine com uma deferência: o reforço da democracia europeia e as respostas para um novo contrato social tem-se edificado em protagonistas da esquerda democrática e moderna, como José Sócrates, e em novas esperanças como aquela que será, estou certo, a futura Presidente da República Francesa, Ségolène Royal, a quem endereço as maiores felicidades, para bem da Esquerda e da Europa.Eduardo Vítor RodriguesIn Congresso Europeu do PSE, 7 de Dezembro de 2006.

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