Cravo de Abril: EM SILÊNCIO...

28-12-2009
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Dizem-nos os jornais que Manuel Alegre está «profundamente irritado».Tal informação reveste-se de particular importância já que, como é sabido, Manuel Alegre - pelo que diz ou pelo que não diz, pelo que faz ou pelo que não faz, pela presença ou pela ausência - é uma das personalidades mais mediáticas da actualidade.No mesmo plano de projecção que ele, só mesmo o Francisco Louçã mais o seu BE, para o quais a comunicação social, propriedade dos grandes grupos económicos, reserva os mais ternurentos desvelos e enlevos maternais.Quais são, então, as causas da irritação profunda de Alegre?Dizem-nos os jornais que são duas.uma, ao que parece não por aí além relevante:o seu camarada José Lello acusou-o de «falta de carácter».outra, esta sim de enorme relevância: o seu camarada José Sócrates não se demarcou de tal acusação.Ora, segundo os jornais, «nas fileiras "alegristas"» não se fala noutra coisa e «o caso é visto como grave».Como sair deste impasse? Que soluções para a crise?Um pedido de desculpas públicas por parte de Lello, resolveria?: nem pensar! - tanto mais que a causa da irritação profunda de Alegre reside, essencialmente, não na acusação de «falta de carácter» mas, isso sim, na ausência de «demarcação» de Sócrates.Por isso, não vale a pena iludir a questão nem procurar soluções alternativas ou alternantes: a única solução para o grave caso é o desagravo de Sócrates, a «demarcação» - a demarcaçãozinha, sem a qual a irritação profunda se manterá e tenderá mesmo a aprofundar-se ainda mais.Entretanto - e enquanto o País aguarda, expectante, a solução do caso - Alegre «mantém-se em silêncio».Certamente admirando-se ao espelho do foguetório mediático e dizendo para si, em silêncio: a mim, só os jornais me calam...


Dizem-nos os jornais que Manuel Alegre está «profundamente irritado».Tal informação reveste-se de particular importância já que, como é sabido, Manuel Alegre - pelo que diz ou pelo que não diz, pelo que faz ou pelo que não faz, pela presença ou pela ausência - é uma das personalidades mais mediáticas da actualidade.No mesmo plano de projecção que ele, só mesmo o Francisco Louçã mais o seu BE, para o quais a comunicação social, propriedade dos grandes grupos económicos, reserva os mais ternurentos desvelos e enlevos maternais.Quais são, então, as causas da irritação profunda de Alegre?Dizem-nos os jornais que são duas.uma, ao que parece não por aí além relevante:o seu camarada José Lello acusou-o de «falta de carácter».outra, esta sim de enorme relevância: o seu camarada José Sócrates não se demarcou de tal acusação.Ora, segundo os jornais, «nas fileiras "alegristas"» não se fala noutra coisa e «o caso é visto como grave».Como sair deste impasse? Que soluções para a crise?Um pedido de desculpas públicas por parte de Lello, resolveria?: nem pensar! - tanto mais que a causa da irritação profunda de Alegre reside, essencialmente, não na acusação de «falta de carácter» mas, isso sim, na ausência de «demarcação» de Sócrates.Por isso, não vale a pena iludir a questão nem procurar soluções alternativas ou alternantes: a única solução para o grave caso é o desagravo de Sócrates, a «demarcação» - a demarcaçãozinha, sem a qual a irritação profunda se manterá e tenderá mesmo a aprofundar-se ainda mais.Entretanto - e enquanto o País aguarda, expectante, a solução do caso - Alegre «mantém-se em silêncio».Certamente admirando-se ao espelho do foguetório mediático e dizendo para si, em silêncio: a mim, só os jornais me calam...

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