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O deputado socialista José Lello afirmou esta quarta-feira que os sindicatos «não interessam nada», ao reagir às críticas expressas pelo Sindicato dos Trabalhadores Consulares e Missões Diplomáticas (STCDE) sobre o voto dos emigrantes.
«Eu, em relação aos sindicatos, é como a primeira camisa que vesti: não me interessa nada», frisou José Lello, em declarações à Agência Lusa.
Em declarações também à agência noticiosa, Jorge Veludo, secretário-geral do STCDE, considerou que a falta de funcionários dificulta o desdobramento das mesas de voto.
«É difícil saber se serão possíveis todos os desdobramentos [das mesas de voto] porque há muitos países que têm perdido funcionários», manifestou Jorge Veludo.
«Os requisitos para se integrar as mesas de voto é serem cidadãos portugueses e recenseados. Aqui surge outro problema: muitos cônsules honorários não são portugueses», acrescentou, numa alusão ao aumento do número de consulados honorários, evocado pelo secretário de Estado das Comunidades, António Braga.
A Lusa contactou o gabinete do secretário de Estado para obter uma reacção a estas declarações, que remeteu qualquer comentário para o PS, por ter sido este partido que propôs a alteração da Lei Eleitoral, no que diz respeito ao voto dos eleitores inscritos nos círculos da emigração.
A possibilidade de aumento da abstenção e o facto de a dimensão da rede consular ser «incapaz de satisfazer as necessidades» dos eleitores portugueses no estrangeiro foram os dois principais fundamentos do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, para vetar a alteração à lei eleitoral.
«Não é uma república de sindicatos»
Em declarações à Lusa, José Lello considerou que a posição expressa pelo STCDE é irrelevante. «Se calhar não era pior que o ruído de fundo do sindicato não viesse perverter um debate, que não tem nada a ver com os sindicatos, quando a lei não é feita pelos sindicatos», salientou. «Isto não é uma república de sindicatos», acentuou.
«É uma república onde quem faz as leis são os agentes políticos. Portanto os sindicatos não contam para esta questão. E a lei, se for aprovada, será cumprida de acordo com esta mesma lei. Se não for, se não houver funcionários haverá sempre funcionários destacados, haverá como for determinado», acrescentou o deputado socialista.
Quanto aos consulados honorários, José Lello sublinhou que o importante é a garantia de um espaço para se montar a assembleia de voto. «A lei diz que tem que ser presidida por um funcionário público e tem que ser fiscalizada por representantes de duas listas», manifestou.
«Os sindicatos, que me conste no nosso sistema, não são ouvidos previamente às leis», concluiu.
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O deputado socialista José Lello afirmou esta quarta-feira que os sindicatos «não interessam nada», ao reagir às críticas expressas pelo Sindicato dos Trabalhadores Consulares e Missões Diplomáticas (STCDE) sobre o voto dos emigrantes.
«Eu, em relação aos sindicatos, é como a primeira camisa que vesti: não me interessa nada», frisou José Lello, em declarações à Agência Lusa.
Em declarações também à agência noticiosa, Jorge Veludo, secretário-geral do STCDE, considerou que a falta de funcionários dificulta o desdobramento das mesas de voto.
«É difícil saber se serão possíveis todos os desdobramentos [das mesas de voto] porque há muitos países que têm perdido funcionários», manifestou Jorge Veludo.
«Os requisitos para se integrar as mesas de voto é serem cidadãos portugueses e recenseados. Aqui surge outro problema: muitos cônsules honorários não são portugueses», acrescentou, numa alusão ao aumento do número de consulados honorários, evocado pelo secretário de Estado das Comunidades, António Braga.
A Lusa contactou o gabinete do secretário de Estado para obter uma reacção a estas declarações, que remeteu qualquer comentário para o PS, por ter sido este partido que propôs a alteração da Lei Eleitoral, no que diz respeito ao voto dos eleitores inscritos nos círculos da emigração.
A possibilidade de aumento da abstenção e o facto de a dimensão da rede consular ser «incapaz de satisfazer as necessidades» dos eleitores portugueses no estrangeiro foram os dois principais fundamentos do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, para vetar a alteração à lei eleitoral.
«Não é uma república de sindicatos»
Em declarações à Lusa, José Lello considerou que a posição expressa pelo STCDE é irrelevante. «Se calhar não era pior que o ruído de fundo do sindicato não viesse perverter um debate, que não tem nada a ver com os sindicatos, quando a lei não é feita pelos sindicatos», salientou. «Isto não é uma república de sindicatos», acentuou.
«É uma república onde quem faz as leis são os agentes políticos. Portanto os sindicatos não contam para esta questão. E a lei, se for aprovada, será cumprida de acordo com esta mesma lei. Se não for, se não houver funcionários haverá sempre funcionários destacados, haverá como for determinado», acrescentou o deputado socialista.
Quanto aos consulados honorários, José Lello sublinhou que o importante é a garantia de um espaço para se montar a assembleia de voto. «A lei diz que tem que ser presidida por um funcionário público e tem que ser fiscalizada por representantes de duas listas», manifestou.
«Os sindicatos, que me conste no nosso sistema, não são ouvidos previamente às leis», concluiu.