Tertúlia do Garcia: Dúvida de @joselello e complemento ao editorial de @jmf1957

04-08-2010
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A propósito da dúvida manifestada por José Lello na passada 5ª feira em que questionava "Tozé votou contra contrariando a unanimidade da AR.Erro de cálculo ou calculismo?" penso ser importante, mais do que a resposta que lhe dei, analisar alguns factos e tentar perceber a razão da dúvida de José Lello.António José Seguro defendeu na semana passada um "combate sem tréguas" à corrupção, a propósito da votação dos projectos de enriquecimento ilícito do PSD e do PCP onde apresentou declaração de voto apesar de ter votado de acordo com a orientação partidária.Passada uma semana vem uma ultra-rápida discussão de alterações à lei do financiamento dos partidos com uma aparente unanimidade, sob pretensa necessidade de justificar as receitas do PCP na festa do Avante.É por isso mais que compreensível que António José Seguro, pelo que tem defendido ao longo dos últimos anos, pelo que tem feito pelo incremento das condições de transparência da democracia e democraticidade do debate político, tenha votado contra as alterações à lei, o que sendo o único de entre os seus pares (apenas houve uma abstenção) não deixa de demonstrar uma coragem que alguns no seu partido diziam não ter.Se no que diz respeito à festa do Avante caberá ao PCP ser imaginativo na forma gerar receitas respeitando a lei, ou seja, "tituladas por meio de cheque ou por outro meio bancário que permita a identificação do montante e da sua origem", no que diz respeito a todos os partidos que aprovaram as alterações seria de esperar que a reflexão sobre as implicações das mesmas fosse mais profunda, ou pelo menos mais consentânea com a transparência que apregoaram após a votação.No que diz respeito a José Lello estando explicada a minha resposta, resta tentar perceber o seu pensamento.Partindo do princípio que José Lello, secretário nacional do PS, não será pessoa para fazer pressões sobre possíveis represálias ao seu camarada "Tozé" a explicação que tenho é que José Lello estará a preocupar-se com a, reiterada por muitos, possibilidade de António José Seguro poder um dia almejar vir a liderar o PS e se esta posição lhe poderia hipotecar essa hipótese (erro de cálculo) ou pensar que o seu camarada "Tozé" se poderia aproveitar desta situação para potenciar um hipotético desejo (calculismo).Como desconheço a intimidade que possa existir entre os dois ou se José Lello considera o comportamento de Seguro como "ziguezagueante" e "ambíguo" continuo na dúvida acerca do seu pensamento. Será que ainda vai aplaudir Seguro, como poderia sugerir a foto ?.


A propósito da dúvida manifestada por José Lello na passada 5ª feira em que questionava "Tozé votou contra contrariando a unanimidade da AR.Erro de cálculo ou calculismo?" penso ser importante, mais do que a resposta que lhe dei, analisar alguns factos e tentar perceber a razão da dúvida de José Lello.António José Seguro defendeu na semana passada um "combate sem tréguas" à corrupção, a propósito da votação dos projectos de enriquecimento ilícito do PSD e do PCP onde apresentou declaração de voto apesar de ter votado de acordo com a orientação partidária.Passada uma semana vem uma ultra-rápida discussão de alterações à lei do financiamento dos partidos com uma aparente unanimidade, sob pretensa necessidade de justificar as receitas do PCP na festa do Avante.É por isso mais que compreensível que António José Seguro, pelo que tem defendido ao longo dos últimos anos, pelo que tem feito pelo incremento das condições de transparência da democracia e democraticidade do debate político, tenha votado contra as alterações à lei, o que sendo o único de entre os seus pares (apenas houve uma abstenção) não deixa de demonstrar uma coragem que alguns no seu partido diziam não ter.Se no que diz respeito à festa do Avante caberá ao PCP ser imaginativo na forma gerar receitas respeitando a lei, ou seja, "tituladas por meio de cheque ou por outro meio bancário que permita a identificação do montante e da sua origem", no que diz respeito a todos os partidos que aprovaram as alterações seria de esperar que a reflexão sobre as implicações das mesmas fosse mais profunda, ou pelo menos mais consentânea com a transparência que apregoaram após a votação.No que diz respeito a José Lello estando explicada a minha resposta, resta tentar perceber o seu pensamento.Partindo do princípio que José Lello, secretário nacional do PS, não será pessoa para fazer pressões sobre possíveis represálias ao seu camarada "Tozé" a explicação que tenho é que José Lello estará a preocupar-se com a, reiterada por muitos, possibilidade de António José Seguro poder um dia almejar vir a liderar o PS e se esta posição lhe poderia hipotecar essa hipótese (erro de cálculo) ou pensar que o seu camarada "Tozé" se poderia aproveitar desta situação para potenciar um hipotético desejo (calculismo).Como desconheço a intimidade que possa existir entre os dois ou se José Lello considera o comportamento de Seguro como "ziguezagueante" e "ambíguo" continuo na dúvida acerca do seu pensamento. Será que ainda vai aplaudir Seguro, como poderia sugerir a foto ?.

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