Octávio V Gonçalves: It's a Joke, Junqueiro!

03-08-2010
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Daqui
Numa sessão que, dada a procura do efeito humorístico pela hiperbolização absurda, podemos classificar como uma espécie de stand up comedy, José Junqueiro, secretário de Estado da Administração Local, enveredou pelo panegírico mais despropositado que podia ser feito a Sócrates, ao projectá-lo como "exemplo para a Europa", no momento em que o mesmo se encontra, no lugar onde já o conhecem, numa irreversível situação de absoluto descrédito pessoal e político.
Sempre que o elogio é destituído de qualquer fundamento, o mesmo ganha um efeito perverso, como é o caso, pois descredibiliza quem o faz, arruína ainda mais a imagem daquele a quem se dirige e abre a suspeita sobre a necessidade desesperada que o leva a ser feito.
Se tivermos em conta que:
- por incapacidade para lidar com dados negativos e por mera propaganda, Sócrates foi dos últimos a reconhecer a crise e a reagir-lhe (mais por imposição de Bruxelas e de Teixeira dos Santos), além de que a situação estrutural portuguesa, onde o PS e Sócrates têm as maiores responsabilidades, é das piores da Europa (ainda ontem corroborada pelo presidente do FMI, em comparação com a Espanha);
- as reformas políticas que empreendeu
- a prepotência, a ignorância atrevida e a falta de ética e de seriedade política que Sócrates coloca na sua actuação (e que o definem como um líder crispado, incapaz de auto-crítica, imaturo na incapacidade para reconhecer o ponto de vista dos outros e, mais grave, a insegurança que revela no convívio com uma informação livre) não aconselham Sócrates como exemplo para nenhuma democracia avançada da Europa;
- a forma como tem endividado o país, a ausência de ideias em matéria de dinamização da economia e as reformas falhadas que empreendeu na Educação, na Saúde e na Justiça, apenas para referenciar as áreas de maior inércia, faz de conta ou falta de resposta ou de rigor;
- o descaramento com que falta à verdade e/ou manipula dados e situações;
- as inúmeras situações e casos obscuros e/ou pouco recomendáveis em que tem aparecido envolvido.
Então, percebe-se melhor como Junqueiro passou as fronteiras do ridículo e da absoluta falta de vergonha na cara.
Em nenhuma circunstância, a conduta de Sócrates seria exemplo para os meus alunos e, muito menos, para os meus filhos, quanto mais "exemplo para a Europa". Os "exemplos" não estão ao alcance de um qualquer Sócrates.
Se, ao menos, ainda fosse o grego!...


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Numa sessão que, dada a procura do efeito humorístico pela hiperbolização absurda, podemos classificar como uma espécie de stand up comedy, José Junqueiro, secretário de Estado da Administração Local, enveredou pelo panegírico mais despropositado que podia ser feito a Sócrates, ao projectá-lo como "exemplo para a Europa", no momento em que o mesmo se encontra, no lugar onde já o conhecem, numa irreversível situação de absoluto descrédito pessoal e político.
Sempre que o elogio é destituído de qualquer fundamento, o mesmo ganha um efeito perverso, como é o caso, pois descredibiliza quem o faz, arruína ainda mais a imagem daquele a quem se dirige e abre a suspeita sobre a necessidade desesperada que o leva a ser feito.
Se tivermos em conta que:
- por incapacidade para lidar com dados negativos e por mera propaganda, Sócrates foi dos últimos a reconhecer a crise e a reagir-lhe (mais por imposição de Bruxelas e de Teixeira dos Santos), além de que a situação estrutural portuguesa, onde o PS e Sócrates têm as maiores responsabilidades, é das piores da Europa (ainda ontem corroborada pelo presidente do FMI, em comparação com a Espanha);
- as reformas políticas que empreendeu
- a prepotência, a ignorância atrevida e a falta de ética e de seriedade política que Sócrates coloca na sua actuação (e que o definem como um líder crispado, incapaz de auto-crítica, imaturo na incapacidade para reconhecer o ponto de vista dos outros e, mais grave, a insegurança que revela no convívio com uma informação livre) não aconselham Sócrates como exemplo para nenhuma democracia avançada da Europa;
- a forma como tem endividado o país, a ausência de ideias em matéria de dinamização da economia e as reformas falhadas que empreendeu na Educação, na Saúde e na Justiça, apenas para referenciar as áreas de maior inércia, faz de conta ou falta de resposta ou de rigor;
- o descaramento com que falta à verdade e/ou manipula dados e situações;
- as inúmeras situações e casos obscuros e/ou pouco recomendáveis em que tem aparecido envolvido.
Então, percebe-se melhor como Junqueiro passou as fronteiras do ridículo e da absoluta falta de vergonha na cara.
Em nenhuma circunstância, a conduta de Sócrates seria exemplo para os meus alunos e, muito menos, para os meus filhos, quanto mais "exemplo para a Europa". Os "exemplos" não estão ao alcance de um qualquer Sócrates.
Se, ao menos, ainda fosse o grego!...

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