Entre as brumas da memória: MalTratado

03-08-2010
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Para a imagem dos actuais líderes europeus, começa agora um jogo de «perde-perde»:- Se não convocarem referendos, serão acusados de desrespeitar compromissos anteriores – invocando diferenças entre documentos, que não passam de maquilhagens grosseiras e apressadas.- Se convocarem, apresentarão aos seus cidadãos um texto inenarrável, cifrado, quase ilegível, impróprio para ser referendado – e correm ainda o risco de o ver rejeitado.Assim o quiseram.Terá Portugal o seu referendo? Parece que Cavaco não quer. Tendo a acreditar. Não se sabe o que Sócrates pensa, mas tenho para mim que é capaz de achar que lhe dava jeito:- Porque nos mantinha entretidos durante umas semanas.- Porque teria certamente consigo, na campanha pelo Sim, Paulo Portas, Luís Filipe Menezes, Santana Lopes e quase toda a comunicação social.- Porque deve pensar que o PC, o BE, alguns opinion makers e muitos irrequietos da blogosfera não chegariam para estragar a festa, mesmo que defendessem o Não. Poderia imaginar-se, de passadeira em passadeira, até à vitória final – porque a abstenção ganharia mas o Sim também.Ou talvez não...


Para a imagem dos actuais líderes europeus, começa agora um jogo de «perde-perde»:- Se não convocarem referendos, serão acusados de desrespeitar compromissos anteriores – invocando diferenças entre documentos, que não passam de maquilhagens grosseiras e apressadas.- Se convocarem, apresentarão aos seus cidadãos um texto inenarrável, cifrado, quase ilegível, impróprio para ser referendado – e correm ainda o risco de o ver rejeitado.Assim o quiseram.Terá Portugal o seu referendo? Parece que Cavaco não quer. Tendo a acreditar. Não se sabe o que Sócrates pensa, mas tenho para mim que é capaz de achar que lhe dava jeito:- Porque nos mantinha entretidos durante umas semanas.- Porque teria certamente consigo, na campanha pelo Sim, Paulo Portas, Luís Filipe Menezes, Santana Lopes e quase toda a comunicação social.- Porque deve pensar que o PC, o BE, alguns opinion makers e muitos irrequietos da blogosfera não chegariam para estragar a festa, mesmo que defendessem o Não. Poderia imaginar-se, de passadeira em passadeira, até à vitória final – porque a abstenção ganharia mas o Sim também.Ou talvez não...

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