Oposição critica satisfação do Governo com relatório de Bruxelas

06-05-2010
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Bloco de Esquerda, CDS-PP e PCP uniram-se nas críticas aos comentários de que estas previsões são um bom sinal.

"Estas estimativas são revistas em alta em relação às estimativas anteriores da Comissão Europeia, mas não em relação às estimativas anteriores do Governo. Continuam a estar abaixo daquilo que o Governo previu mas o Governo continua a dizer que isto não terá qualquer impacto do ponto de vista da evolução do desemprego", afirmou o deputado do Bloco de Esquerda José Gusmão.

"Não compreendemos a satisfação do Governo em relação a estas estimativas", acrescentou, considerando ainda que o facto de as medidas do Programa de Estabilidade e Crescimento previstas para entrar em vigor este ano não estarem incluídas no exercício desta projecção pode ter um efeito contrário ao esperado pelo Governo porque estas, "na sua grande maioria, são medidas com um efeito recessivo na economia".

Para a deputada do CDS-PP Assunção Cristas, o país continua abaixo do que são as previsões do Governo e mais ainda da média europeia.

"Continuamos a divergir e isso não nos pode deixar sossegados, pelo contrário, deve-nos deixar em alerta", afirmou.

Quanto ao Programa de Estabilidade e Crescimento, o CDS-PP continua a considerar as medidas insuficientes e deixa um alerta.

"O PEC pode ter sido aplaudido em Bruxelas, mas a verdade é que foi depois do PEC que sofremos o corte do nosso 'rating' e agora [surge] ainda outra notícia de que outra agência de 'rating' se prepara para fazer novo corte. Se a Comissão Europeia ficou convencida com o nosso PEC, os nossos credores parece que não ficaram convencidos e isso deve-nos preocupar", acrescentou.

Honório Novo, do PCP, não foi menos crítico.

"Nós já nos habituamos a ver o Governo atirar foguetes mesmo quando não há festa, e percebemos que a Comissão Europeia faz previsões de crescimento económico que são abaixo daquelas que o Governo fazia há um mês atrás, percebemos que a CE faz previsões da taxa de desemprego superiores àquelas que o Governo fazia há um mês atrás, no orçamento e no PEC", afirmou.

O deputado comunista considera mesmo que "o Governo está a criar um facto virtual para iludir as pessoas", algo que considera "reiteradamente irresponsável".

"Sem crescimento económico não se combate o desemprego, e não se combatendo o desemprego, entramos num ciclo vicioso de pauperização do país e de crescimento da dependência externa", concluiu.

Bloco de Esquerda, CDS-PP e PCP uniram-se nas críticas aos comentários de que estas previsões são um bom sinal.

"Estas estimativas são revistas em alta em relação às estimativas anteriores da Comissão Europeia, mas não em relação às estimativas anteriores do Governo. Continuam a estar abaixo daquilo que o Governo previu mas o Governo continua a dizer que isto não terá qualquer impacto do ponto de vista da evolução do desemprego", afirmou o deputado do Bloco de Esquerda José Gusmão.

"Não compreendemos a satisfação do Governo em relação a estas estimativas", acrescentou, considerando ainda que o facto de as medidas do Programa de Estabilidade e Crescimento previstas para entrar em vigor este ano não estarem incluídas no exercício desta projecção pode ter um efeito contrário ao esperado pelo Governo porque estas, "na sua grande maioria, são medidas com um efeito recessivo na economia".

Para a deputada do CDS-PP Assunção Cristas, o país continua abaixo do que são as previsões do Governo e mais ainda da média europeia.

"Continuamos a divergir e isso não nos pode deixar sossegados, pelo contrário, deve-nos deixar em alerta", afirmou.

Quanto ao Programa de Estabilidade e Crescimento, o CDS-PP continua a considerar as medidas insuficientes e deixa um alerta.

"O PEC pode ter sido aplaudido em Bruxelas, mas a verdade é que foi depois do PEC que sofremos o corte do nosso 'rating' e agora [surge] ainda outra notícia de que outra agência de 'rating' se prepara para fazer novo corte. Se a Comissão Europeia ficou convencida com o nosso PEC, os nossos credores parece que não ficaram convencidos e isso deve-nos preocupar", acrescentou.

Honório Novo, do PCP, não foi menos crítico.

"Nós já nos habituamos a ver o Governo atirar foguetes mesmo quando não há festa, e percebemos que a Comissão Europeia faz previsões de crescimento económico que são abaixo daquelas que o Governo fazia há um mês atrás, percebemos que a CE faz previsões da taxa de desemprego superiores àquelas que o Governo fazia há um mês atrás, no orçamento e no PEC", afirmou.

O deputado comunista considera mesmo que "o Governo está a criar um facto virtual para iludir as pessoas", algo que considera "reiteradamente irresponsável".

"Sem crescimento económico não se combate o desemprego, e não se combatendo o desemprego, entramos num ciclo vicioso de pauperização do país e de crescimento da dependência externa", concluiu.

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