PSD ressuscita tese do "monstro" de Cavaco para atacar descontrolo das contas públicas

17-09-2010
marcar artigo

E o PSD lembrou a tese do "monstro", do aumento da despesa pública, para que o actual Presidente da República, Cavaco Silva, alertou em 2000. Estavam o PS e António Guterres no Governo e Cavaco fazia a sua travessia no deserto.

"Alarmante" e "preocupante" foram as primeiras palavras a ouvir nos comentários, por exemplo, do PSD, partido que põe na redução da despesa pública uma das condições para viabilizar o próximo Orçamento, a par da não subida de impostos. Foi o que disse o deputado Miguel Frasquilho, numa reacção, ao fim da manhã. Um número era referido por todos: 2,5 milhões de euros, valor a que o país se endividou, por hora, até final de Agosto.

É "muito preocupante" o ritmo "absolutamente insustentável" do endividamento do país, que, nesta altura, deveria estar a descer "e não a subir", disse Frasquilho. E nem sequer faltou uma referência à teoria do "monstro" do défice. "Não há volta a dar: temos que ir à despesa corrente primária, àquilo que é conhecido como o monstro. A despesa corrente primária tem continuado a aumentar e em 2010 está a crescer a um ritmo que é quase o dobro do que estava previsto no Orçamento do Estado e isso é dramático", apontou Frasquilho, citado pela Lusa.

A imagem do mostro já não foi usada por Miguel Macedo, líder parlamentar do PSD, no tema no debate parlamentar de ontem. Mas o tom foi cinzento, mesmo negro. "Somos o único país dos que estão em sérias dificuldades financeiras na Europa - a par da Grécia, Espanha e Irlanda - em que a despesa pública aumenta, aumenta a despesa com pessoal, aumenta a despesa corrente, aumenta a despesa pública total."

Resultado? Portugal "aproxima-se perigosamente da situação da Grécia" e o Governo está a "hipotecar os próximos orçamentos e as próximas gerações com mais impostos". Mais. Os números serão a prova, segundo Macedo, do falhanço do Governo inclusivamente de credibilizar o país junto dos mercados internacionais.

Pelo PS,o discurso foi, claro, de desdramatização. Francisco Assis, líder parlamentar socialista, evitou comentar a eventual necessidade de novas medidas de austeridade, preferindo salientar os esforços já definidos, que "devem ser distribuídos da forma mais justa possível pela sociedade". "Há uma linha de orientação, essa linha de orientação tem vindo a ser seguida e essa linha de orientação é clara, com objectivos a que estamos comprometidos. Teremos que fazer todos os esforços necessários para alcançar esses objetivos e esses esforços devem ser distribuídos da forma mais justa possível pela sociedade portuguesa", afirmou Assis.

"São impostos de amanhã"

À direita, o CDS-PP indicou o endividamento como "o problema mais grave" do país, a par do desemprego. "Isto quer dizer que cada bebé que nasce hoje ainda não disse uma palavra e já tem 14.700 euros de dívida por conta do Estado. Dívidas de hoje são impostos de amanhã", afirmou Paulo Portas, líder do CDS-PP, lembrando que esta situação "dá toda a razão ao CDS" quando defende que "na Lei Fundamental do Estado haja forma de contrariar este nível de endividamento". Portas defendeu ainda que deve haver um controlo efectivo das parcerias público-privadas, cuja responsabilidade financeira escapa, em grande medida, a escrutínios.

À esquerda, o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, alertou que o eventual aprofundamento das medidas de austeridade vai agravar os problemas do país e defendeu que a solução para o problema passa pela criação de riqueza. José Gusmão, deputado do Bloco de Esquerda, criticou, por exemplo, a compra dos submarinos pelo Governo.

E o PSD lembrou a tese do "monstro", do aumento da despesa pública, para que o actual Presidente da República, Cavaco Silva, alertou em 2000. Estavam o PS e António Guterres no Governo e Cavaco fazia a sua travessia no deserto.

"Alarmante" e "preocupante" foram as primeiras palavras a ouvir nos comentários, por exemplo, do PSD, partido que põe na redução da despesa pública uma das condições para viabilizar o próximo Orçamento, a par da não subida de impostos. Foi o que disse o deputado Miguel Frasquilho, numa reacção, ao fim da manhã. Um número era referido por todos: 2,5 milhões de euros, valor a que o país se endividou, por hora, até final de Agosto.

É "muito preocupante" o ritmo "absolutamente insustentável" do endividamento do país, que, nesta altura, deveria estar a descer "e não a subir", disse Frasquilho. E nem sequer faltou uma referência à teoria do "monstro" do défice. "Não há volta a dar: temos que ir à despesa corrente primária, àquilo que é conhecido como o monstro. A despesa corrente primária tem continuado a aumentar e em 2010 está a crescer a um ritmo que é quase o dobro do que estava previsto no Orçamento do Estado e isso é dramático", apontou Frasquilho, citado pela Lusa.

A imagem do mostro já não foi usada por Miguel Macedo, líder parlamentar do PSD, no tema no debate parlamentar de ontem. Mas o tom foi cinzento, mesmo negro. "Somos o único país dos que estão em sérias dificuldades financeiras na Europa - a par da Grécia, Espanha e Irlanda - em que a despesa pública aumenta, aumenta a despesa com pessoal, aumenta a despesa corrente, aumenta a despesa pública total."

Resultado? Portugal "aproxima-se perigosamente da situação da Grécia" e o Governo está a "hipotecar os próximos orçamentos e as próximas gerações com mais impostos". Mais. Os números serão a prova, segundo Macedo, do falhanço do Governo inclusivamente de credibilizar o país junto dos mercados internacionais.

Pelo PS,o discurso foi, claro, de desdramatização. Francisco Assis, líder parlamentar socialista, evitou comentar a eventual necessidade de novas medidas de austeridade, preferindo salientar os esforços já definidos, que "devem ser distribuídos da forma mais justa possível pela sociedade". "Há uma linha de orientação, essa linha de orientação tem vindo a ser seguida e essa linha de orientação é clara, com objectivos a que estamos comprometidos. Teremos que fazer todos os esforços necessários para alcançar esses objetivos e esses esforços devem ser distribuídos da forma mais justa possível pela sociedade portuguesa", afirmou Assis.

"São impostos de amanhã"

À direita, o CDS-PP indicou o endividamento como "o problema mais grave" do país, a par do desemprego. "Isto quer dizer que cada bebé que nasce hoje ainda não disse uma palavra e já tem 14.700 euros de dívida por conta do Estado. Dívidas de hoje são impostos de amanhã", afirmou Paulo Portas, líder do CDS-PP, lembrando que esta situação "dá toda a razão ao CDS" quando defende que "na Lei Fundamental do Estado haja forma de contrariar este nível de endividamento". Portas defendeu ainda que deve haver um controlo efectivo das parcerias público-privadas, cuja responsabilidade financeira escapa, em grande medida, a escrutínios.

À esquerda, o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, alertou que o eventual aprofundamento das medidas de austeridade vai agravar os problemas do país e defendeu que a solução para o problema passa pela criação de riqueza. José Gusmão, deputado do Bloco de Esquerda, criticou, por exemplo, a compra dos submarinos pelo Governo.

marcar artigo