Em conferência de imprensa, no Parlamento, o deputado do BE José Gusmão referiu que hoje "os líderes dos bancos privados anunciaram que não irão fazer mais empréstimos ao Estado português", acrescentando: "O que isto nos diz é que o Governo, que sacrificou o país para salvar os bancos privados, tem agora os bancos privados a morder a mão que os ajudou".
Questionado sobre o que deve o Governo português fazer neste momento, José Gusmão respondeu que "é possível haver um apoio de liquidez realizado através do banco público, os estatutos do BCE permitem-no" e que "isso seria importante para ultrapassar a situação de urgência que actualmente existe ao nível da dívida pública".
"Nós defendemos que isso deve ser feito porque não tem nada a ver com a entrada do FMI em Portugal, tem a ver com possibilidades que já estão previstas hoje no quadro institucional do Banco Central Europeu", reforçou.
Segundo José Gusmão, a forma como os bancos privados portugueses actuam mostra que foi um erro responder "à crise económica e à crise das dívidas públicas" com "uma política de benefício ao sistema financeiro".
O deputado do BE disse que o Estado português "impôs garantias pagas com o dinheiro dos contribuintes à banca privada", permitiu "um regime de privilégio fiscal para o sistema financeiro" e "num pacote de estímulo à economia dedicou 60 por cento a apoiar o sistema financeiro e 1 por cento a apoiar a criação de emprego".
E, "depois de o país ter empenhado o dinheiro dos contribuintes para salvar os bancos privados, os bancos privados abandonam o país na primeira oportunidade, e numa oportunidade de particulares dificuldades como é aquela que vivemos", criticou, dizendo que se trata de "uma posição concertada de toda a banca privada".
Quanto à "proposta de ajuda externa por parte dos bancos", José Gusmão considerou que isso é propor o "agravamento de todas as medidas que levaram ao actual contexto económico.
Para o BE, a resposta à "crise das dívidas públicas" passa por uma "renegociação das parcerias público-privadas", por "instituir mecanismos de solidariedade à escala da União Europeia" e por "criar as condições para que possa haver uma renegociação da dívida dos países que estão em maiores dificuldades".
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Em conferência de imprensa, no Parlamento, o deputado do BE José Gusmão referiu que hoje "os líderes dos bancos privados anunciaram que não irão fazer mais empréstimos ao Estado português", acrescentando: "O que isto nos diz é que o Governo, que sacrificou o país para salvar os bancos privados, tem agora os bancos privados a morder a mão que os ajudou".
Questionado sobre o que deve o Governo português fazer neste momento, José Gusmão respondeu que "é possível haver um apoio de liquidez realizado através do banco público, os estatutos do BCE permitem-no" e que "isso seria importante para ultrapassar a situação de urgência que actualmente existe ao nível da dívida pública".
"Nós defendemos que isso deve ser feito porque não tem nada a ver com a entrada do FMI em Portugal, tem a ver com possibilidades que já estão previstas hoje no quadro institucional do Banco Central Europeu", reforçou.
Segundo José Gusmão, a forma como os bancos privados portugueses actuam mostra que foi um erro responder "à crise económica e à crise das dívidas públicas" com "uma política de benefício ao sistema financeiro".
O deputado do BE disse que o Estado português "impôs garantias pagas com o dinheiro dos contribuintes à banca privada", permitiu "um regime de privilégio fiscal para o sistema financeiro" e "num pacote de estímulo à economia dedicou 60 por cento a apoiar o sistema financeiro e 1 por cento a apoiar a criação de emprego".
E, "depois de o país ter empenhado o dinheiro dos contribuintes para salvar os bancos privados, os bancos privados abandonam o país na primeira oportunidade, e numa oportunidade de particulares dificuldades como é aquela que vivemos", criticou, dizendo que se trata de "uma posição concertada de toda a banca privada".
Quanto à "proposta de ajuda externa por parte dos bancos", José Gusmão considerou que isso é propor o "agravamento de todas as medidas que levaram ao actual contexto económico.
Para o BE, a resposta à "crise das dívidas públicas" passa por uma "renegociação das parcerias público-privadas", por "instituir mecanismos de solidariedade à escala da União Europeia" e por "criar as condições para que possa haver uma renegociação da dívida dos países que estão em maiores dificuldades".