Vítima afirma que ex-casapianos estão a ser contactados para alterar testemunhos

10-04-2011
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Em entrevista à Lusa, Bernardo Teixeira considera “preocupantes” as declarações do ex-casapiano Ilídio Marques, que numa entrevista recente ao semanário “Expresso” desmentiu que tivesse sido abusado sexualmente, contrariando o que disse em tribunal.

Também Carlos Silvino, antigo motorista da Casa Pia e principal arguido do processo, negou em entrevista à revista “Focus” os factos confessados à Polícia Judiciária e ao tribunal, alegando ter sido forçado a fazer as declarações, algumas das quais sob o efeito de medicação.

“Tudo leva a crer que o Ilídio está a ser pago para vir agora dar o dito por não dito e dizer que nunca foi abusado sexualmente, quando nunca o fez ao longo dos vários anos em que decorreu o processo”, observou Bernardo Teixeira, acrescentando que não o incomoda porém “a alteração” do depoimento de Carlos Silvino.

“O que o Carlos Silvino diz não tem qualquer importância. O Ilído é uma das vítimas de abusos e o que disse pode ser descredibilizante para o processo”, destacou.

O ex-casapiano questiona “como é que uma cambada de miúdos, como diz o Ilídio, conseguia dar a volta à polícia, aos médicos e a todas as pessoas” que acompanharam as vítimas, ao longo de tantos anos.

“Era impossível enganarmos toda a gente durante tanto tempo”, observou.

Bernardo Teixeira considera “preocupantes” as declarações de Ilídio Marques, “pois leva a pensar que o pesadelo vivido ao longo de vários anos está ainda longe de acabar” e deixa claro que o seu testemunho “se mantém igual” ao do dia em que falou pela primeira vez dos abusos de que foi vítima.

O ex-casapiano disse que só encontra uma explicação para justificar a alteração de testemunho de Ilídio: “Recebeu dinheiro para falar em defesa de alguém que ele incriminou”.

Bernardo Teixeira assegurou que nunca foi contactado “por quem quer que seja”, mas que conhece outros casos de rapazes que estão a ser abordados para alterarem os testemunhos.

No processo Casa Pia, Carlos Silvino foi condenado a 18 anos de prisão, o apresentador de televisão Carlos Cruz e o médico Ferreira Diniz a sete anos, o embaixador Jorge Ritto a seis anos e oito meses, o advogado Hugo Marçal a seis anos e dois meses e o antigo provedor da instituição Manuel Abrantes a cinco anos e nove meses.

Notícia alterada às 12h02

Em entrevista à Lusa, Bernardo Teixeira considera “preocupantes” as declarações do ex-casapiano Ilídio Marques, que numa entrevista recente ao semanário “Expresso” desmentiu que tivesse sido abusado sexualmente, contrariando o que disse em tribunal.

Também Carlos Silvino, antigo motorista da Casa Pia e principal arguido do processo, negou em entrevista à revista “Focus” os factos confessados à Polícia Judiciária e ao tribunal, alegando ter sido forçado a fazer as declarações, algumas das quais sob o efeito de medicação.

“Tudo leva a crer que o Ilídio está a ser pago para vir agora dar o dito por não dito e dizer que nunca foi abusado sexualmente, quando nunca o fez ao longo dos vários anos em que decorreu o processo”, observou Bernardo Teixeira, acrescentando que não o incomoda porém “a alteração” do depoimento de Carlos Silvino.

“O que o Carlos Silvino diz não tem qualquer importância. O Ilído é uma das vítimas de abusos e o que disse pode ser descredibilizante para o processo”, destacou.

O ex-casapiano questiona “como é que uma cambada de miúdos, como diz o Ilídio, conseguia dar a volta à polícia, aos médicos e a todas as pessoas” que acompanharam as vítimas, ao longo de tantos anos.

“Era impossível enganarmos toda a gente durante tanto tempo”, observou.

Bernardo Teixeira considera “preocupantes” as declarações de Ilídio Marques, “pois leva a pensar que o pesadelo vivido ao longo de vários anos está ainda longe de acabar” e deixa claro que o seu testemunho “se mantém igual” ao do dia em que falou pela primeira vez dos abusos de que foi vítima.

O ex-casapiano disse que só encontra uma explicação para justificar a alteração de testemunho de Ilídio: “Recebeu dinheiro para falar em defesa de alguém que ele incriminou”.

Bernardo Teixeira assegurou que nunca foi contactado “por quem quer que seja”, mas que conhece outros casos de rapazes que estão a ser abordados para alterarem os testemunhos.

No processo Casa Pia, Carlos Silvino foi condenado a 18 anos de prisão, o apresentador de televisão Carlos Cruz e o médico Ferreira Diniz a sete anos, o embaixador Jorge Ritto a seis anos e oito meses, o advogado Hugo Marçal a seis anos e dois meses e o antigo provedor da instituição Manuel Abrantes a cinco anos e nove meses.

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