PALAVROSSAVRVS REX: VASCO GRANJA, IN MEMORIAM, 2009

29-05-2010
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De este homem ternurento e delicado, Vasco Granja, entrando por minha casa pelos calorosos dias dos anos 70 e 80, posso dizer que o amei tanto quanto fermenta amor uma rotina de pequeno-almoço quotidiano com os avós. O pão com Tulicreme Chocolate tem amor assim como o café com leite nas rotinas da infância. E quem se há-de amar mais que aos avós, numa vida normal e suburbana? Sei que me emocionei muitas vezes, na orla das palavras pedagógicas do Vasco, salivando por mais Pantera Cor-de-Rosa ou por mais Bugs Bunny ou lamentando só um pouco o sem-sal de alguma animação eslava, e que agora muito aprecio e me sensibiliza. Já alguém disse e é verdade: não morre quem tão cedo se nos planta dentro associado a tanto Sentido e a tanto Prazer. Fabulosa bênção de termos sido pequeninos para o Vasco!: «Vasco Granja, divulgador de banda desenhada e do cinema de animação em Portugal, morreu esta madrugada em Cascais. Tinha 83 anos.Autodidacta e com múltiplos interesses culturais ao longo da sua vida, Vasco Granja nasceu em Campo de Ourique (Lisboa) a 10 de Julho de 1925. Começou a trabalhar, ainda muito novo, nos antigos Grandes Armazéns do Chiado, e depois ao balcão da Tabacaria Travassos, na baixa lisboeta, que consideraria, anos mais tarde, a sua universidade. O seu interesse pelo cinema surge na adolescência e aos 16 anos chegaria a ser admitido como segundo assistente de fotografia no filme “A Noiva do Brasli”, de Santos Neves.»


De este homem ternurento e delicado, Vasco Granja, entrando por minha casa pelos calorosos dias dos anos 70 e 80, posso dizer que o amei tanto quanto fermenta amor uma rotina de pequeno-almoço quotidiano com os avós. O pão com Tulicreme Chocolate tem amor assim como o café com leite nas rotinas da infância. E quem se há-de amar mais que aos avós, numa vida normal e suburbana? Sei que me emocionei muitas vezes, na orla das palavras pedagógicas do Vasco, salivando por mais Pantera Cor-de-Rosa ou por mais Bugs Bunny ou lamentando só um pouco o sem-sal de alguma animação eslava, e que agora muito aprecio e me sensibiliza. Já alguém disse e é verdade: não morre quem tão cedo se nos planta dentro associado a tanto Sentido e a tanto Prazer. Fabulosa bênção de termos sido pequeninos para o Vasco!: «Vasco Granja, divulgador de banda desenhada e do cinema de animação em Portugal, morreu esta madrugada em Cascais. Tinha 83 anos.Autodidacta e com múltiplos interesses culturais ao longo da sua vida, Vasco Granja nasceu em Campo de Ourique (Lisboa) a 10 de Julho de 1925. Começou a trabalhar, ainda muito novo, nos antigos Grandes Armazéns do Chiado, e depois ao balcão da Tabacaria Travassos, na baixa lisboeta, que consideraria, anos mais tarde, a sua universidade. O seu interesse pelo cinema surge na adolescência e aos 16 anos chegaria a ser admitido como segundo assistente de fotografia no filme “A Noiva do Brasli”, de Santos Neves.»

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