PALAVROSSAVRVS REX: VITAL

19-12-2009
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De dia para dia, os Engenheiros de Imagem da Campanha do "Nós, Europeus" sabem cada vez menos o que fazer à face desorientada de Vital e ao profundo embaraço de culpa política que fantasmagoriza em espectro Sócrates. E isto porque o primeiro, a cada deslize e improvisação perante as câmeras, parece encabeçar um novo partido: o Partido Alínea ou PS-Alínea a) b) c). Alíneas ao próprio PS e, quanto a alíneas, a coisa vai por aí adiante de desencontro em ridículo sucessivos, com pontos de vista de discrepância feliz e desastrada com a Comissão Política e a voz absoluta do seu pequeno ditador. Quanto ao que fazer aos estragos de Imagem em Sócrates pela revelação da verdade do que denunciaram os magistrados, o ónus político das pressões de Lopes da Mota repousa de tal modo sobre os seus ombros que para alijá-lo, ao ónus, se serve despudoradamente do PGR como escudo, desculpa e sobretudo tempo ganho. Como disfarçará então a própria responsabilidade e o que urge fazer com o Pressionador? Onde recorrer a um Abafador? Por um lado, continuando a ser 'feroz' sarcástico e cínico no Parlamento ao refugiar-se nas tábuas na agressividade habitual espectacular trucidatório vazio, circense. Por outro, perante quaisquer perguntas imprevistas, formuladas por jornalistas, contendo a própria irritação e célebre pesporrência, escondendo o medo, evitando o perigo-gagez de tropeço de língua comprometedor, coisa que pode estar ao virar da esquina, como aconteceu um dia a Guterres com o PIB e foi fatal para a sua imagem e consistência política. Por tudo isto, dizer uma vez mais, gesticulando muito e negando outro tanto que «não pressionou, não pressiona nem pressionará magistrados», por exemplo, sem respeitar a nossa inteligência e observação factual, só logra amplificar numa audiência atenta e isenta a impressão oposta ao que é proclamado. Há muito tempo, aliás, que tudo quanto Sócrates diz sobre a matéria freeportiana soa demasiado a déjà vu e sobretudo às consequências da frase lapidar de Bill Clinton «I did not have sex with that woman.» É só uma questão de tempo. Clinton não pôde escapar da revelação final do que negou nem esconder quaisquer indícios probatórios. Não está ao alcance de toda a gente passar por respeitável e digna de crédito após desmascarada seja em que mentira for, muito menos de um rosário delas. Oxalá tenha ainda alguma vergonha o País de Valentim, Isaltino, Fátima Felgueiras, Mesquita Machado, Avelino Ferreira Torres e tantos outras 'estrelas' cadentes e decadentes do prolongado e persistente Pesadelo Português: «"Respeito essas posições [de Vital Moreira], aliás muito compreensíveis", disse José Sócrates aos jornalistas, recusando ter ficado "incomodado" com as declarações do cabeça-de-lista socialista às europeias de 7 de Junho. "Essa matéria de confiança" em Lopes da Mota compete "ao procurador-geral da República num primeiro plano", repetiu o primeiro-ministro.»


De dia para dia, os Engenheiros de Imagem da Campanha do "Nós, Europeus" sabem cada vez menos o que fazer à face desorientada de Vital e ao profundo embaraço de culpa política que fantasmagoriza em espectro Sócrates. E isto porque o primeiro, a cada deslize e improvisação perante as câmeras, parece encabeçar um novo partido: o Partido Alínea ou PS-Alínea a) b) c). Alíneas ao próprio PS e, quanto a alíneas, a coisa vai por aí adiante de desencontro em ridículo sucessivos, com pontos de vista de discrepância feliz e desastrada com a Comissão Política e a voz absoluta do seu pequeno ditador. Quanto ao que fazer aos estragos de Imagem em Sócrates pela revelação da verdade do que denunciaram os magistrados, o ónus político das pressões de Lopes da Mota repousa de tal modo sobre os seus ombros que para alijá-lo, ao ónus, se serve despudoradamente do PGR como escudo, desculpa e sobretudo tempo ganho. Como disfarçará então a própria responsabilidade e o que urge fazer com o Pressionador? Onde recorrer a um Abafador? Por um lado, continuando a ser 'feroz' sarcástico e cínico no Parlamento ao refugiar-se nas tábuas na agressividade habitual espectacular trucidatório vazio, circense. Por outro, perante quaisquer perguntas imprevistas, formuladas por jornalistas, contendo a própria irritação e célebre pesporrência, escondendo o medo, evitando o perigo-gagez de tropeço de língua comprometedor, coisa que pode estar ao virar da esquina, como aconteceu um dia a Guterres com o PIB e foi fatal para a sua imagem e consistência política. Por tudo isto, dizer uma vez mais, gesticulando muito e negando outro tanto que «não pressionou, não pressiona nem pressionará magistrados», por exemplo, sem respeitar a nossa inteligência e observação factual, só logra amplificar numa audiência atenta e isenta a impressão oposta ao que é proclamado. Há muito tempo, aliás, que tudo quanto Sócrates diz sobre a matéria freeportiana soa demasiado a déjà vu e sobretudo às consequências da frase lapidar de Bill Clinton «I did not have sex with that woman.» É só uma questão de tempo. Clinton não pôde escapar da revelação final do que negou nem esconder quaisquer indícios probatórios. Não está ao alcance de toda a gente passar por respeitável e digna de crédito após desmascarada seja em que mentira for, muito menos de um rosário delas. Oxalá tenha ainda alguma vergonha o País de Valentim, Isaltino, Fátima Felgueiras, Mesquita Machado, Avelino Ferreira Torres e tantos outras 'estrelas' cadentes e decadentes do prolongado e persistente Pesadelo Português: «"Respeito essas posições [de Vital Moreira], aliás muito compreensíveis", disse José Sócrates aos jornalistas, recusando ter ficado "incomodado" com as declarações do cabeça-de-lista socialista às europeias de 7 de Junho. "Essa matéria de confiança" em Lopes da Mota compete "ao procurador-geral da República num primeiro plano", repetiu o primeiro-ministro.»

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