CGTP diz que Orçamento não tem “um projecto de futuro”

19-10-2010
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“Nós defendemos que exista um orçamento. O grave não é que haja polémica, até com alguma dimensão política, mas que este Orçamento, pela discussão e pelas posições, quer do Governo, quer do PSD, se centre apenas em compromissos para manter o poder no centrão político e económico, onde ele tem estado, e não tenha um projecto de futuro”, disse o dirigente sindical, no final de uma reunião com responsáveis da Comissão Nacional Justiça e Paz, em Lisboa.

A delegação da CGTP-IN, liderada por Manuel Carvalho da Silva, foi recebida pela Comissão Nacional Justiça e Paz a pedido da central sindical.

A reunião serviu para reflectir sobre múltiplos temas da situação geral da sociedade, sobre as respostas que se colocam às grandes questões sociais, nomeadamente ao empobrecimento, e sobre as propostas e reivindicações suscitadas pela proposta de Orçamento do Estado para 2011, apresentada pelo Governo na Assembleia da República.

“Este é um Orçamento de Estado de empobrecimento dos portugueses e das camadas que já vivem com muitas dificuldades, colocando muita gente na pobreza”, disse Carvalho da Silva, destacando que se trata de “um Orçamento sem futuro”, em que não se perspectiva a criação de emprego e o crescimento económico não sustenta o desenvolvimento da sociedade portuguesa.

O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Bruto da Costa, reconheceu também que com este Orçamento, com a retracção do consumo e com o aumento da carga fiscal aumentará o desemprego e o número daqueles que são atirados para a pobreza.

“A sociedade deve pressionar as autoridades para que estas medidas [que constam do Orçamento do Estado] tenham um período o mais curto possível, pois as preocupações em reduzir o défice público, a dívida pública e aumentar o crescimento económico devem ser tomadas tão seriamente como os problemas da pobreza e da desigualdade”, salientou.

Questionado sobre um projecto de revisão constitucional hoje apresentado em nome individual pelo deputado do PSD José de Matos Correia, que prevê que o Presidente da República possa demitir o Governo nos últimos seis meses do seu mandato, Carvalho da Silva considerou que serve para desviar a atenção sobre a aprovação do Orçamento para 2011 pelos sociais-democratas.

“É um pouco um enxerto para desviar a atenção de uma coisa que se vai tornar evidente e que já era sabida antes, mas que ainda não se sabe, que é o PSD deixar passar este Orçamento. O que se quer é distrair e ficar com o mínimo de responsabilidades possível”, sublinhou o dirigente sindical.

Bruto da Costa considerou, por seu lado, que se trata um “fait divers”, num momento em que as questões sociais se agravam.

“Nós defendemos que exista um orçamento. O grave não é que haja polémica, até com alguma dimensão política, mas que este Orçamento, pela discussão e pelas posições, quer do Governo, quer do PSD, se centre apenas em compromissos para manter o poder no centrão político e económico, onde ele tem estado, e não tenha um projecto de futuro”, disse o dirigente sindical, no final de uma reunião com responsáveis da Comissão Nacional Justiça e Paz, em Lisboa.

A delegação da CGTP-IN, liderada por Manuel Carvalho da Silva, foi recebida pela Comissão Nacional Justiça e Paz a pedido da central sindical.

A reunião serviu para reflectir sobre múltiplos temas da situação geral da sociedade, sobre as respostas que se colocam às grandes questões sociais, nomeadamente ao empobrecimento, e sobre as propostas e reivindicações suscitadas pela proposta de Orçamento do Estado para 2011, apresentada pelo Governo na Assembleia da República.

“Este é um Orçamento de Estado de empobrecimento dos portugueses e das camadas que já vivem com muitas dificuldades, colocando muita gente na pobreza”, disse Carvalho da Silva, destacando que se trata de “um Orçamento sem futuro”, em que não se perspectiva a criação de emprego e o crescimento económico não sustenta o desenvolvimento da sociedade portuguesa.

O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Bruto da Costa, reconheceu também que com este Orçamento, com a retracção do consumo e com o aumento da carga fiscal aumentará o desemprego e o número daqueles que são atirados para a pobreza.

“A sociedade deve pressionar as autoridades para que estas medidas [que constam do Orçamento do Estado] tenham um período o mais curto possível, pois as preocupações em reduzir o défice público, a dívida pública e aumentar o crescimento económico devem ser tomadas tão seriamente como os problemas da pobreza e da desigualdade”, salientou.

Questionado sobre um projecto de revisão constitucional hoje apresentado em nome individual pelo deputado do PSD José de Matos Correia, que prevê que o Presidente da República possa demitir o Governo nos últimos seis meses do seu mandato, Carvalho da Silva considerou que serve para desviar a atenção sobre a aprovação do Orçamento para 2011 pelos sociais-democratas.

“É um pouco um enxerto para desviar a atenção de uma coisa que se vai tornar evidente e que já era sabida antes, mas que ainda não se sabe, que é o PSD deixar passar este Orçamento. O que se quer é distrair e ficar com o mínimo de responsabilidades possível”, sublinhou o dirigente sindical.

Bruto da Costa considerou, por seu lado, que se trata um “fait divers”, num momento em que as questões sociais se agravam.

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