Partidos “chumbam” introdução de portagens e criticam discriminação

24-05-2010
marcar artigo

Para o deputado do Bloco de Esquerda Heitor de Sousa, a introdução de portagens nas três Scut “tem a ver com razões de natureza orçamental” - “o país vive um défice orçamental enorme e o Governo acha que uma forma de arranjar receitas é mandar à malvas os critérios que tinha anunciado para justificar ou não a introdução de portagens”, comentou, em declarações à Lusa.

“Trata-se de um logro, de mais uma aldrabice que o Governo invoca para a introdução de portagens. Era preferível que o Governo confessasse a sua impotência e dissesse que precisava de receitas e, em vez de ir buscar aos bancos ou aos impostos, ia buscar às pessoas. Era mais honesto e mais transparente”, disse.

O deputado bloquista manifestou-se ainda convicto que se o Governo não conseguir cumprir as suas metas em relação à redução do défice, “vai estender” a introdução de portagens às restantes auto-estradas sem custos para o utilizador.

Altino Bessa (CDS) considerou, por seu turno, que o Governo “andou a enganar os portugueses” com a criação de auto-estradas sem portagens, o que “teve um custo pesado efectivo nas contas do Estado, que terá gasto quatro mil milhões de euros nos últimos 10 anos” para manter esta solução.

No entender do deputado, a introdução de portagens deve “ser aplicada a todas as auto-estradas ou então a nenhuma”.

“Estamos completamente contra esta medida altamente discriminatória para o norte (...) onde o desemprego aumentou e reduziu o rendimento per capita em relação ao resto do país”, observou.

Para António Cabeleira (PSD), num momento em que o país atravessa dificuldades económicas “se calhar aplicar portagens nas Scut todas era uma forma de ajudar o país a sair desta crise e se calhar não poupar noutros sectores como a saúde”.

“Se perguntar à população transmontana se preferiam manter os SAP ou pagar portagens na auto-estrada não tenho dúvida que a população escolheria pagar portagens”, considerou.

O deputado da CDU Jorge Machado, manifestou-se também contra a introdução de portagens em auto-estradas que servem concelhos onde “comprovadamente não existem alternativas” e cuja média de rendimentos está “claramente abaixo da média nacional”.

“Essas populações têm um poder de compra já bastante penalizado. Se introduzirmos Scut vão viver muito pior”, considerou.

José de Bianchi (PS) manifestou, por seu turno, uma “posição de alguma reserva” sobre este assunto.

“O modelo ter-se-á justificado num quadro preciso (...) nessa altura não tínhamos uma dívida externa como tínhamos hoje (...) Entretanto foi-se tornando crescentemente patente que esse modelo, independentemente da sua bondade originária, foi-se tornando cada vez mais desacertado (...) tenho como convicção que as Scut não poderão subsistir”, defendeu.

No entanto, notou José de Bianchi, “tudo terá de ser feito de forma gradual” não sendo “obrigatório que a instituição de portagens seja necessariamente simultânea em todos os lugares”.

“O objectivo político que venha a ser o de finalmente haver portagens nas auto-estradas de forma generalizada é obedecer àquilo que a realidade evidencia”, salientou.

Para o deputado do Bloco de Esquerda Heitor de Sousa, a introdução de portagens nas três Scut “tem a ver com razões de natureza orçamental” - “o país vive um défice orçamental enorme e o Governo acha que uma forma de arranjar receitas é mandar à malvas os critérios que tinha anunciado para justificar ou não a introdução de portagens”, comentou, em declarações à Lusa.

“Trata-se de um logro, de mais uma aldrabice que o Governo invoca para a introdução de portagens. Era preferível que o Governo confessasse a sua impotência e dissesse que precisava de receitas e, em vez de ir buscar aos bancos ou aos impostos, ia buscar às pessoas. Era mais honesto e mais transparente”, disse.

O deputado bloquista manifestou-se ainda convicto que se o Governo não conseguir cumprir as suas metas em relação à redução do défice, “vai estender” a introdução de portagens às restantes auto-estradas sem custos para o utilizador.

Altino Bessa (CDS) considerou, por seu turno, que o Governo “andou a enganar os portugueses” com a criação de auto-estradas sem portagens, o que “teve um custo pesado efectivo nas contas do Estado, que terá gasto quatro mil milhões de euros nos últimos 10 anos” para manter esta solução.

No entender do deputado, a introdução de portagens deve “ser aplicada a todas as auto-estradas ou então a nenhuma”.

“Estamos completamente contra esta medida altamente discriminatória para o norte (...) onde o desemprego aumentou e reduziu o rendimento per capita em relação ao resto do país”, observou.

Para António Cabeleira (PSD), num momento em que o país atravessa dificuldades económicas “se calhar aplicar portagens nas Scut todas era uma forma de ajudar o país a sair desta crise e se calhar não poupar noutros sectores como a saúde”.

“Se perguntar à população transmontana se preferiam manter os SAP ou pagar portagens na auto-estrada não tenho dúvida que a população escolheria pagar portagens”, considerou.

O deputado da CDU Jorge Machado, manifestou-se também contra a introdução de portagens em auto-estradas que servem concelhos onde “comprovadamente não existem alternativas” e cuja média de rendimentos está “claramente abaixo da média nacional”.

“Essas populações têm um poder de compra já bastante penalizado. Se introduzirmos Scut vão viver muito pior”, considerou.

José de Bianchi (PS) manifestou, por seu turno, uma “posição de alguma reserva” sobre este assunto.

“O modelo ter-se-á justificado num quadro preciso (...) nessa altura não tínhamos uma dívida externa como tínhamos hoje (...) Entretanto foi-se tornando crescentemente patente que esse modelo, independentemente da sua bondade originária, foi-se tornando cada vez mais desacertado (...) tenho como convicção que as Scut não poderão subsistir”, defendeu.

No entanto, notou José de Bianchi, “tudo terá de ser feito de forma gradual” não sendo “obrigatório que a instituição de portagens seja necessariamente simultânea em todos os lugares”.

“O objectivo político que venha a ser o de finalmente haver portagens nas auto-estradas de forma generalizada é obedecer àquilo que a realidade evidencia”, salientou.

marcar artigo