A Rosa: Um congresso sem PS

29-05-2010
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Foi marcado, para oito de Novembro, o Congresso Distrital do Partido Socialista, no Pavilhão Desportivo de Matosinhos. À hora certa, com o espaço previamente reservado, lá estavam as cadeiras alinhadas, as mesas ordenadas, os microfones instalados, e o palco montado. Esperavam-se debates interessantes, intervenções marcantes, discursos vibrantes. Afinal, tratava-se do congresso da maior distrital do P.S..É natural a importância de um congresso de uma Instituição do Porto que afinal foi marcado, também, para Matosinhos ser notícia.Do que por ali fosse discutido, analisado, proposto e votado esperavam-se naturalmente notícias. Noticias “qualificadoras de Matosinhos”.Sábado de manhã, dia do congresso, de notícias nada. Nada de novo. Apenas como nota relevante a notícia do afastamento, por falta de convite, de militantes que exerceram funções de líder Socialista do Distrito do Porto. A ausência, no congresso em Matosinhos, onde foi Presidente de Câmara 26 anos, era a notícia. A única notícia. Afinal, nesse dia, a única notícia credora de nota foi, repito, o processo de afastamento do Narciso Miranda por intolerância sectária, obsessão, receio do confronto de opinião, medo da sua presença num espaço onde se devia respirar tolerância, solidariedade, pluralidade, valores e princípios. O medo conduziu à condenação por delito de opinião. Enfim é este o partido que se diz pluralista, socialista e credor de princípios democráticos. ao que isto chegou! Um partido onde a caça às bruxas passou a ser regra e norma.Essa notícia, preocupante e relevante, já arrepiava pelos métodos estalinistas dos responsáveis e pelas, também, arrepiantes omissões e silêncios cúmplices.Nas notícias nada. Do congresso nada. Rigorosamente nada.Em Lisboa para participar num evento democrático e de cidadania, a marcha de luta dos professores, fiquei na dúvida se havia ou não havia congresso. Depois de um telefonema feito, dúvidas dissipadas, afinal há mesmo congresso. Quem diria!No dia seguinte, no Domingo, esperava por mensagens, notícias sobre o congresso distrital do PS Porto. Contava com notícias sobre a presença e ou uma mensagem galvanizadora do congresso de incentivo à pré-candidata, Elisa Ferreira, à Câmara do Porto. Pensava encontrar notícias salientando uma mensagem, uma nota, uma citação, de discursos importantes, de personalidades importantes da vida política e relevantes para o P.S., como Alberto Martins, Fernando Gomes, Francisco Assis, Jorge Strecht, entre outros. Vi, ouvi, li toda a comunicação social. Nada, mesmo nada, nem das figuras destacadas, nem dos cinzentos novos protagonistas. Nada.Se houve, de facto, congresso, ou foi à porta fechada ou foi tudo confidencial. Nem a mais leve referência a algum discurso, nem a mais curta citação de algum dirigente, autarca, deputado, ou equiparado!Afinal não devo estranhar este isolamento, esta vergonha em ser socialista e em participar em eventos do Partido Socialistas. Hoje o PS é um partido que menoriza os cidadãos e os mal trata, o PS tornou-se num partido burocrático, frio, calculista e sem memória, frutos dos tempos, fruto deste modernismo e fruto de uma classe de dirigentes sem passado, sem história e que não respeita os valores e a dignidade humana. Não admira pois que se continue a ler afirmações deste género: “Eles querem é tacho. Provavelmente, esta é a frase mais ouvida em Portugal, quando se pede aos cidadãos que exprimam o que sentem pelos políticos que os representam. Será uma caricatura, mas não deixa de ser preocupante. Pelo que revela de ruptura entre uns e outros e pela resignação que a sentença também encerra.”


Foi marcado, para oito de Novembro, o Congresso Distrital do Partido Socialista, no Pavilhão Desportivo de Matosinhos. À hora certa, com o espaço previamente reservado, lá estavam as cadeiras alinhadas, as mesas ordenadas, os microfones instalados, e o palco montado. Esperavam-se debates interessantes, intervenções marcantes, discursos vibrantes. Afinal, tratava-se do congresso da maior distrital do P.S..É natural a importância de um congresso de uma Instituição do Porto que afinal foi marcado, também, para Matosinhos ser notícia.Do que por ali fosse discutido, analisado, proposto e votado esperavam-se naturalmente notícias. Noticias “qualificadoras de Matosinhos”.Sábado de manhã, dia do congresso, de notícias nada. Nada de novo. Apenas como nota relevante a notícia do afastamento, por falta de convite, de militantes que exerceram funções de líder Socialista do Distrito do Porto. A ausência, no congresso em Matosinhos, onde foi Presidente de Câmara 26 anos, era a notícia. A única notícia. Afinal, nesse dia, a única notícia credora de nota foi, repito, o processo de afastamento do Narciso Miranda por intolerância sectária, obsessão, receio do confronto de opinião, medo da sua presença num espaço onde se devia respirar tolerância, solidariedade, pluralidade, valores e princípios. O medo conduziu à condenação por delito de opinião. Enfim é este o partido que se diz pluralista, socialista e credor de princípios democráticos. ao que isto chegou! Um partido onde a caça às bruxas passou a ser regra e norma.Essa notícia, preocupante e relevante, já arrepiava pelos métodos estalinistas dos responsáveis e pelas, também, arrepiantes omissões e silêncios cúmplices.Nas notícias nada. Do congresso nada. Rigorosamente nada.Em Lisboa para participar num evento democrático e de cidadania, a marcha de luta dos professores, fiquei na dúvida se havia ou não havia congresso. Depois de um telefonema feito, dúvidas dissipadas, afinal há mesmo congresso. Quem diria!No dia seguinte, no Domingo, esperava por mensagens, notícias sobre o congresso distrital do PS Porto. Contava com notícias sobre a presença e ou uma mensagem galvanizadora do congresso de incentivo à pré-candidata, Elisa Ferreira, à Câmara do Porto. Pensava encontrar notícias salientando uma mensagem, uma nota, uma citação, de discursos importantes, de personalidades importantes da vida política e relevantes para o P.S., como Alberto Martins, Fernando Gomes, Francisco Assis, Jorge Strecht, entre outros. Vi, ouvi, li toda a comunicação social. Nada, mesmo nada, nem das figuras destacadas, nem dos cinzentos novos protagonistas. Nada.Se houve, de facto, congresso, ou foi à porta fechada ou foi tudo confidencial. Nem a mais leve referência a algum discurso, nem a mais curta citação de algum dirigente, autarca, deputado, ou equiparado!Afinal não devo estranhar este isolamento, esta vergonha em ser socialista e em participar em eventos do Partido Socialistas. Hoje o PS é um partido que menoriza os cidadãos e os mal trata, o PS tornou-se num partido burocrático, frio, calculista e sem memória, frutos dos tempos, fruto deste modernismo e fruto de uma classe de dirigentes sem passado, sem história e que não respeita os valores e a dignidade humana. Não admira pois que se continue a ler afirmações deste género: “Eles querem é tacho. Provavelmente, esta é a frase mais ouvida em Portugal, quando se pede aos cidadãos que exprimam o que sentem pelos políticos que os representam. Será uma caricatura, mas não deixa de ser preocupante. Pelo que revela de ruptura entre uns e outros e pela resignação que a sentença também encerra.”

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