Rumo a Bombordo: PRONTOS PARA TRAVAR A TENTAÇÃO NEOLIBERAL

24-05-2011
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Em 5 de Junho temos eleições legislativas forçadas. A oposição, de direita e à esquerda do PS, juntaram-se, oportunisticamente, para derrubar o Governo de José Sócrates. Fizeram-no apesar de termos como pano de fundo a maior crise internacional de há muito tempo, e a primeira, com estes contornos, na chamada era da globalização.
Disse bem o 1º Ministro demissionário, num recente debate televisivo com Francisco Louçã, quando afirmou que não era, de todo, responsável pelo despoletar da  crise que atravessou fronteiras por esse mundo e na própria Europa. Fê-lo em resposta à construída amnésia transversal aos partidos da oposição que pisam e repisam este discurso de modo a obterem, julgam eles, resultados, face aos interesses politico-eleitoralistas imediatos.
Nunca é demais denunciar esta táctica quadripartida que desencadeou, nos tempos recentes, o 5º acto eleitoral.
Também não é demais recordar a triste prestação do(s) Governo(s) PSD/CDS que antecederam o de maioria absoluta do PS. Em 2002, no início de funções, a taxa de desemprego em Portugal era um pouco acima de 4% e o défice registava 2,4% do PIB. Dois anos depois, quando ‘caíu’ o Governo liderado por Santana Lopes que, como se sabe, sucedeu a Durão Barroso, que optou por ‘voos mais altos’ ( onde hoje, sobre a sua direcção, pairam muitas nuvens negras), o desemprego estava em 7,5% e o défice orçamental era na ordem dos 6,8%! E sem crise…!!!
José Sócrates e o PS iniciaram funções em Março de 2005 com esse quadro e, em 2 anos ( menos 1 do que o previsto), o défice foi reposto abaixo dos 3%, mais concretamente 2,6%, em 2007 e , em 2008, ano em que a visibilidade da crise internacional queria fazer-se sentir, este indicador foi de 2,8%. Quanto à taxa de desemprego, o 3º trimestre de 2008 apontava para 7,2%.
Já agora, e a propósito da dívida, importa que se diga que Portugal, já nos movimentos da crise, a aumentou em 36% ( 2007-2010). Mas, e porque, de facto, o problema não era só nosso, a média do aumento na União Europeia foi de 34%.
E já agora, também, porque aumentou muito o défice  de 2008 para 2009 ( ano de muitos e muitos problemas por toda a parte)? Porque o Estado ( que o PSD quer a todo o custo não só minimizar mas, antes,  eclipsar ) teve de se substituir, se quiser, acudir, mas eu diria, proteger. Proteger o emprego, as famílias, a economia, como aliás todos os países europeus. Se não o fizesse o quadro hoje era, sem sombra de dúvida, ainda pior.
Eis, pois, os factos.
Alguém tem dúvidas de que se a realidade de mantivesse constante o PS e o seu Governo tinham hoje resultados de excelência na maioria dos domínios? E que, com a determinação reconhecida, e particularmente com a coragem provada em enfrentar movimentos coorporativos instalados, as reformas estruturais estavam em marcha e parte delas já a dar os seus frutos?
Mas a realidade foi o que foi. A realidade não se manteve constante. Houve ( há) uma crise internacional. Uma crise que, sem vontade e sem fuga, Portugal forçadamente importou.
Perante as dificuldades do país e as suas consequências na vida dos portugueses que fizeram os ‘iluminados’ agentes da oposição’? Aproveitaram-se, descarada e despudoradamente. Era o momento do ‘repasto do abutre’! Era o momento da ‘boleia’ às costas da aflição e das incertezas, legítimas, dos portugueses!
A direita escavou na ‘brecha’ construída pela retórica demagógica e a esquerda extremista aceitou o papel de sub-empreiteiro e deu o respectivo e perverso contributo.
A resistência ao pedido de ajuda externa – Fundo Europeu de Estabilização Financeira – sempre assumido, e bem, por José Sócrates, na convicção que nos cabia a nós, portugueses, resolvermos os nossos problemas não vingou, por exclusiva responsabilidade de quem induziu a crise política: a coligação negra PSD/CDS/PCP/BE.
Agora, faltam poucos dias para os portugueses se pronunciarem. Os tempos são e vão ser difíceis. Não há que negá-lo. Mas, o PS já provou de que é capaz ( destaquei-o resumidamente acima). É no PS que está a experiência, a capacidade demonstrada, a determinação para ‘sairmos deste filme’. Que a memória não seja curta e, fundamentalmente, que travemos uma luta, uma grande luta, para barrarmos a vontade expressa do PSD de ‘inaugurar’ em Portugal a instalação de uma política neoliberal.
O povo português tem provado que quer ser governado pela esquerda moderada, pela social democracia. Para o conseguir a primeira e forte ‘arma’ está já aí no dia 5 de Junho: o voto. Que o momento seja aproveitado em pleno. Portugal necessita.
Euridice Pereira


Em 5 de Junho temos eleições legislativas forçadas. A oposição, de direita e à esquerda do PS, juntaram-se, oportunisticamente, para derrubar o Governo de José Sócrates. Fizeram-no apesar de termos como pano de fundo a maior crise internacional de há muito tempo, e a primeira, com estes contornos, na chamada era da globalização.
Disse bem o 1º Ministro demissionário, num recente debate televisivo com Francisco Louçã, quando afirmou que não era, de todo, responsável pelo despoletar da  crise que atravessou fronteiras por esse mundo e na própria Europa. Fê-lo em resposta à construída amnésia transversal aos partidos da oposição que pisam e repisam este discurso de modo a obterem, julgam eles, resultados, face aos interesses politico-eleitoralistas imediatos.
Nunca é demais denunciar esta táctica quadripartida que desencadeou, nos tempos recentes, o 5º acto eleitoral.
Também não é demais recordar a triste prestação do(s) Governo(s) PSD/CDS que antecederam o de maioria absoluta do PS. Em 2002, no início de funções, a taxa de desemprego em Portugal era um pouco acima de 4% e o défice registava 2,4% do PIB. Dois anos depois, quando ‘caíu’ o Governo liderado por Santana Lopes que, como se sabe, sucedeu a Durão Barroso, que optou por ‘voos mais altos’ ( onde hoje, sobre a sua direcção, pairam muitas nuvens negras), o desemprego estava em 7,5% e o défice orçamental era na ordem dos 6,8%! E sem crise…!!!
José Sócrates e o PS iniciaram funções em Março de 2005 com esse quadro e, em 2 anos ( menos 1 do que o previsto), o défice foi reposto abaixo dos 3%, mais concretamente 2,6%, em 2007 e , em 2008, ano em que a visibilidade da crise internacional queria fazer-se sentir, este indicador foi de 2,8%. Quanto à taxa de desemprego, o 3º trimestre de 2008 apontava para 7,2%.
Já agora, e a propósito da dívida, importa que se diga que Portugal, já nos movimentos da crise, a aumentou em 36% ( 2007-2010). Mas, e porque, de facto, o problema não era só nosso, a média do aumento na União Europeia foi de 34%.
E já agora, também, porque aumentou muito o défice  de 2008 para 2009 ( ano de muitos e muitos problemas por toda a parte)? Porque o Estado ( que o PSD quer a todo o custo não só minimizar mas, antes,  eclipsar ) teve de se substituir, se quiser, acudir, mas eu diria, proteger. Proteger o emprego, as famílias, a economia, como aliás todos os países europeus. Se não o fizesse o quadro hoje era, sem sombra de dúvida, ainda pior.
Eis, pois, os factos.
Alguém tem dúvidas de que se a realidade de mantivesse constante o PS e o seu Governo tinham hoje resultados de excelência na maioria dos domínios? E que, com a determinação reconhecida, e particularmente com a coragem provada em enfrentar movimentos coorporativos instalados, as reformas estruturais estavam em marcha e parte delas já a dar os seus frutos?
Mas a realidade foi o que foi. A realidade não se manteve constante. Houve ( há) uma crise internacional. Uma crise que, sem vontade e sem fuga, Portugal forçadamente importou.
Perante as dificuldades do país e as suas consequências na vida dos portugueses que fizeram os ‘iluminados’ agentes da oposição’? Aproveitaram-se, descarada e despudoradamente. Era o momento do ‘repasto do abutre’! Era o momento da ‘boleia’ às costas da aflição e das incertezas, legítimas, dos portugueses!
A direita escavou na ‘brecha’ construída pela retórica demagógica e a esquerda extremista aceitou o papel de sub-empreiteiro e deu o respectivo e perverso contributo.
A resistência ao pedido de ajuda externa – Fundo Europeu de Estabilização Financeira – sempre assumido, e bem, por José Sócrates, na convicção que nos cabia a nós, portugueses, resolvermos os nossos problemas não vingou, por exclusiva responsabilidade de quem induziu a crise política: a coligação negra PSD/CDS/PCP/BE.
Agora, faltam poucos dias para os portugueses se pronunciarem. Os tempos são e vão ser difíceis. Não há que negá-lo. Mas, o PS já provou de que é capaz ( destaquei-o resumidamente acima). É no PS que está a experiência, a capacidade demonstrada, a determinação para ‘sairmos deste filme’. Que a memória não seja curta e, fundamentalmente, que travemos uma luta, uma grande luta, para barrarmos a vontade expressa do PSD de ‘inaugurar’ em Portugal a instalação de uma política neoliberal.
O povo português tem provado que quer ser governado pela esquerda moderada, pela social democracia. Para o conseguir a primeira e forte ‘arma’ está já aí no dia 5 de Junho: o voto. Que o momento seja aproveitado em pleno. Portugal necessita.
Euridice Pereira

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