Deputados mantêm direito a classe executiva em voos com duração superior a três horas

07-06-2010
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Conselho de Administração aprova cortes de 4,6 milhões de euros no orçamento da Assembleia da República. Com viagens, prevê-se uma poupança de 305 mil euros

O Parlamento vai cortar 5,4 por cento do seu orçamento, o que representa uma poupança de 4,6 milhões de euros. PS e PSD aprovaram uma proposta que só obriga os deputados a viajar em classe económica em voos com duração até três horas.

A redução de despesas aprovada ontem pelo conselho de administração da Assembleia da República acresce ao corte inicial de 3,9 por cento feito em relação a 2009. No total, são cerca de menos oito milhões de euros nas despesas do Parlamento, frisa o presidente do conselho de administração, José Lello.

Em cima da mesa estava a proposta de os deputados passarem a viajar em classe económica dentro da Europa. PS e PSD acordaram que a classe económica só seria obrigatória para os voos com menos de três horas, abrangendo assim países até a Alemanha, mas também Marrocos. CDS, BE e PCP votaram contra esta proposta. Segundo um comunicado da secretaria-geral da Assembleia, estima-se que esta medida permita uma redução de 305 mil euros.

Dos cerca de 4,6 milhões de poupança, cerca de 2,1 milhões referem-se à "recalendarização de vários investimentos", segundo o comunicado. Entre eles está a construção de uma sala de fumo e aquisição de equipamento informático. Os restantes 2,4 milhões referem-se a "despesas de funcionamento", lê-se na nota.

Em edições e concertos, o Parlamento decidiu cortar 722 mil euros. Entre as poupanças nas despesas estão ainda 400 mil euros referentes ao corte de cinco por cento nos vencimentos dos deputados.

O conselho de administração decidiu ainda aprovar um conjunto de recomendações para reforçar o controlo das comunicações, consumíveis e consumos energéticos.

Na questão das viagens, há deputados que defendem, no entanto, que o Parlamento podia ir mais longe. O socialista Jorge Seguro Sanches quis saber, no início de Maio, se está a ser cumprida uma resolução do Conselho de Ministros que estabelece que os gestores públicos devem viajar preferencialmente em classe económica.

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Num requerimento ao ministro Teixeira dos Santos, o deputado sustentou ser "imperativa" a existência de normas legais que definam a obrigatoriedade de escolher sempre o voo, classe e companhia aérea mais barata, mesmo que sejam as low cost. E lembrou que a opção por viagens mais económicas pode resultar numa redução de cinco vezes menos do que é praticado nos voos em classe executiva.

Uma posição que o deputado Pacheco Pereira rotulou de demagógica e na qual vê uma nova forma de "autopunição dos titulares de cargos públicos", como escreveu na crónica da revista Sábado.

Conselho de Administração aprova cortes de 4,6 milhões de euros no orçamento da Assembleia da República. Com viagens, prevê-se uma poupança de 305 mil euros

O Parlamento vai cortar 5,4 por cento do seu orçamento, o que representa uma poupança de 4,6 milhões de euros. PS e PSD aprovaram uma proposta que só obriga os deputados a viajar em classe económica em voos com duração até três horas.

A redução de despesas aprovada ontem pelo conselho de administração da Assembleia da República acresce ao corte inicial de 3,9 por cento feito em relação a 2009. No total, são cerca de menos oito milhões de euros nas despesas do Parlamento, frisa o presidente do conselho de administração, José Lello.

Em cima da mesa estava a proposta de os deputados passarem a viajar em classe económica dentro da Europa. PS e PSD acordaram que a classe económica só seria obrigatória para os voos com menos de três horas, abrangendo assim países até a Alemanha, mas também Marrocos. CDS, BE e PCP votaram contra esta proposta. Segundo um comunicado da secretaria-geral da Assembleia, estima-se que esta medida permita uma redução de 305 mil euros.

Dos cerca de 4,6 milhões de poupança, cerca de 2,1 milhões referem-se à "recalendarização de vários investimentos", segundo o comunicado. Entre eles está a construção de uma sala de fumo e aquisição de equipamento informático. Os restantes 2,4 milhões referem-se a "despesas de funcionamento", lê-se na nota.

Em edições e concertos, o Parlamento decidiu cortar 722 mil euros. Entre as poupanças nas despesas estão ainda 400 mil euros referentes ao corte de cinco por cento nos vencimentos dos deputados.

O conselho de administração decidiu ainda aprovar um conjunto de recomendações para reforçar o controlo das comunicações, consumíveis e consumos energéticos.

Na questão das viagens, há deputados que defendem, no entanto, que o Parlamento podia ir mais longe. O socialista Jorge Seguro Sanches quis saber, no início de Maio, se está a ser cumprida uma resolução do Conselho de Ministros que estabelece que os gestores públicos devem viajar preferencialmente em classe económica.

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Uma posição que o deputado Pacheco Pereira rotulou de demagógica e na qual vê uma nova forma de "autopunição dos titulares de cargos públicos", como escreveu na crónica da revista Sábado.

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