O património imobiliário de Angra do Heroísmo está desprezado, todos nós assistimos diariamente a este triste facto. Em muito casos há culpas que devem ser imputadas à Câmara Municipal, no entanto é ao Ministério da Defesa Nacional que tem cabido grande parte das responsabilidades, não fosse os grandes imóveis de Angra do Heroísmo tutela da Defesa. Num curto período de tempo, põe-se à venda um imóvel único e já em avançado estado de degradação e assiste-se ao desmoronamento da muralha do Castelinho sem se saber ainda quem o irá reconstruir. O MDN surge alheio às reinvidicações dos angrenses, pede-se que sistematicamente o uso civil do Monte Brasil e este é recusado. Uma infra-estrutura que tem potencialidades enormes e que começa a apresentar sinais de deterioração. O mesmo foi pedido em relação ao Hospital Militar que foi recusado, nem sei se alguma vez houve projectos credíveis para a sua reabilitação por parte do MDN. Parece ser política do MDN declinar propostas da sociedade civil e deixar os imóveis ao abandono e quando percebe que não é capaz de revitalizar os espaços, vende-os. A solução mais fácil e a pior, primeiramente, porque vende-se o imóvel já em degradação perdendo-se assim receitas. Em segundo lugar, porque demonstra incapacidade para dar vida a imóveis de interesse público. Não sabendo os contornos da venda - acho que esteja neste programa -, espero que fique sob tutela da cidade, no entanto, é do conhecimento público o fosso financeiro da CMAH, pelo que é improvável que a autarquia avance para a compra; outra alternativa seria o MuseuAH, mas creio que pelo preço real não terá capacidade par tal, talvez por um preço simbólico - uma boa alternativa; como última hipótese a compra pelo Governo Regional, porém, as dificuldades orçamentais não dão grande margem de manobra para compras que apesar de úteis não são prioritariamente necessárias. Infelizmente, é possível que caia em mãos de privados... Se o MDN sente-se imponente para retaurar os imóveis de Angra do Heroísmo que esteja aberto às soluções apresentadas pelos angrenses, é bem melhor do que soluções de recurso.
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O património imobiliário de Angra do Heroísmo está desprezado, todos nós assistimos diariamente a este triste facto. Em muito casos há culpas que devem ser imputadas à Câmara Municipal, no entanto é ao Ministério da Defesa Nacional que tem cabido grande parte das responsabilidades, não fosse os grandes imóveis de Angra do Heroísmo tutela da Defesa. Num curto período de tempo, põe-se à venda um imóvel único e já em avançado estado de degradação e assiste-se ao desmoronamento da muralha do Castelinho sem se saber ainda quem o irá reconstruir. O MDN surge alheio às reinvidicações dos angrenses, pede-se que sistematicamente o uso civil do Monte Brasil e este é recusado. Uma infra-estrutura que tem potencialidades enormes e que começa a apresentar sinais de deterioração. O mesmo foi pedido em relação ao Hospital Militar que foi recusado, nem sei se alguma vez houve projectos credíveis para a sua reabilitação por parte do MDN. Parece ser política do MDN declinar propostas da sociedade civil e deixar os imóveis ao abandono e quando percebe que não é capaz de revitalizar os espaços, vende-os. A solução mais fácil e a pior, primeiramente, porque vende-se o imóvel já em degradação perdendo-se assim receitas. Em segundo lugar, porque demonstra incapacidade para dar vida a imóveis de interesse público. Não sabendo os contornos da venda - acho que esteja neste programa -, espero que fique sob tutela da cidade, no entanto, é do conhecimento público o fosso financeiro da CMAH, pelo que é improvável que a autarquia avance para a compra; outra alternativa seria o MuseuAH, mas creio que pelo preço real não terá capacidade par tal, talvez por um preço simbólico - uma boa alternativa; como última hipótese a compra pelo Governo Regional, porém, as dificuldades orçamentais não dão grande margem de manobra para compras que apesar de úteis não são prioritariamente necessárias. Infelizmente, é possível que caia em mãos de privados... Se o MDN sente-se imponente para retaurar os imóveis de Angra do Heroísmo que esteja aberto às soluções apresentadas pelos angrenses, é bem melhor do que soluções de recurso.