In Concreto: Zambeze

25-05-2011
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Nesta época do ano, infelizmente, já é algo normal recebermos imagens de cheias do Rio Zambeze em Moçambique. Os factos são simples, quase matemáticos, a barragem Cahora Bassa enche-se até às costuras e na época das cheias o inevitável acontece - as comportas são abertas forçando o Zambeze a galgar as margens.As imagens são terríveis, enormes áreas de terra são inundadas obrigando à evacuação de milhares de pessoas. Sem lar nem terra para cultivar, os locais vivem da ajuda humanitária, toneladas de alimentos e medicamentos são recolhidos por todo o mundo para serem distribuídos pelas populações afectadas pelo Zambeze.No mundo ainda há a cultura do ajudar o necessitado deste tipo de catástrofe, cultura esta totalmente absurda, em vez de ajudarem a solucionar um problema vão acentuando-o. As palavras podem parecer cruas, mas a realidade diz-nos que é necessária uma nova barragem para o Zambeze, barragem essa que Moçambique não tem possibilidades de construir. Se forem realizar uma campanha para construir a barragem ninguém contribui - eles que a construam, dizem. Contudo a não construção de uma nova barragem leva a que ano pós ano o Zambeze destrua as culturas locais, lares e infraestruturas de apoio, ninguém se lembra que o dinheiro enviado todos os anos em ajuda já daria para uma boa fatia de uma nova barragem.A ajuda humanitária tem dois lados: a ajuda imediata das populações afectadas, descurando a sua sobrevivência a longo prazo; destruir a economia local, com alimento gratuitos ninguém vai cultivar - não haverá incentivo ao trabalho - e o dinheiro gasto no remendo daria para solucionar problemas de base, abandonando a cosmética.Com uma nova barragem controlar-se-ia as margens do Zambeze, margens estas que são as mais produtivas de Moçambique e com a barragem estaria-se a apostar na produção de energia (limpa), sempre necessária em países como Moçambique. Quando pensarem em ajudar, pensem em ajudar a longo prazo e não em operações de cosmética!


Nesta época do ano, infelizmente, já é algo normal recebermos imagens de cheias do Rio Zambeze em Moçambique. Os factos são simples, quase matemáticos, a barragem Cahora Bassa enche-se até às costuras e na época das cheias o inevitável acontece - as comportas são abertas forçando o Zambeze a galgar as margens.As imagens são terríveis, enormes áreas de terra são inundadas obrigando à evacuação de milhares de pessoas. Sem lar nem terra para cultivar, os locais vivem da ajuda humanitária, toneladas de alimentos e medicamentos são recolhidos por todo o mundo para serem distribuídos pelas populações afectadas pelo Zambeze.No mundo ainda há a cultura do ajudar o necessitado deste tipo de catástrofe, cultura esta totalmente absurda, em vez de ajudarem a solucionar um problema vão acentuando-o. As palavras podem parecer cruas, mas a realidade diz-nos que é necessária uma nova barragem para o Zambeze, barragem essa que Moçambique não tem possibilidades de construir. Se forem realizar uma campanha para construir a barragem ninguém contribui - eles que a construam, dizem. Contudo a não construção de uma nova barragem leva a que ano pós ano o Zambeze destrua as culturas locais, lares e infraestruturas de apoio, ninguém se lembra que o dinheiro enviado todos os anos em ajuda já daria para uma boa fatia de uma nova barragem.A ajuda humanitária tem dois lados: a ajuda imediata das populações afectadas, descurando a sua sobrevivência a longo prazo; destruir a economia local, com alimento gratuitos ninguém vai cultivar - não haverá incentivo ao trabalho - e o dinheiro gasto no remendo daria para solucionar problemas de base, abandonando a cosmética.Com uma nova barragem controlar-se-ia as margens do Zambeze, margens estas que são as mais produtivas de Moçambique e com a barragem estaria-se a apostar na produção de energia (limpa), sempre necessária em países como Moçambique. Quando pensarem em ajudar, pensem em ajudar a longo prazo e não em operações de cosmética!

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