Esquerda une-se e trava um projecto do PSD para permitir trabalho a prazo sem contrato

23-02-2011
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Sociais-democratas admitem contrato verbal. PS opõe-se a "retrocesso". PSD, PCP e Bloco criticam socialistas por desemprego jovem atingir 23 por cento

O PS encontrou mais um filão para atacar o PSD de Pedro Passos Coelho. E tentar associar-se às preocupações da "geração parva", a tal que aos 30 anos ainda vive em casa dos pais e tem emprego precário. O filão é o projecto de lei social-democrata, em debate amanhã no Parlamento, com medidas "transitórias e excepcionais" de criação de emprego e que, segundo os socialistas, só cria mais precariedade, especialmente entre os jovens. Desta vez, PS, PCP e Bloco unem-se para chumbar o diploma. Ma o PS não escapa a críticas.

O SMS com o anúncio da conferência de imprensa do líder parlamentar do PS chegou de manhã. Francisco Assis fez duras críticas ao PSD por pôr em causa os princípios da contratação. "O novo conceito de admis- sibilidade de contratos a termo e de contratos de trabalho temporário verbais", afirmou, é "um grande retrocesso" e "debilita fortemente a posição do trabalhador". E contestou a caducidade automática dos contratos, prevista no projecto social-democrata, lembrando que até hoje o que prevalece é o contrário. Ou seja, a "renovação automática dos contratos".

Por isso, o PS vai organizar amanhã uma audição parlamentar com a ministra do Trabalho, Helena André, e especialistas para discutir "o emprego jovem".

Depois, veio o PSD, através de Miguel Macedo, responder ao PS, dizer que aquelas são medidas transitórias, até 2014, para responder a uma "situação de emergência". E contra-atacou. Afinal, o que diz Assis é uma acusação "extraordinária" vinda de um partido que apoia um Governo cujas medidas resultaram num desemprego de 23 por cento entre os jovens. Estes "votos pios" do PS "não ligam" com as negociações do executivo, em concertação social, para "embaratecer os despedimentos", disse.

À esquerda, esse foi um argumento usado por BE e PCP, culpando o PS de tomar medidas que aumentam a precarização, por exemplo nas alterações ao Código do Trabalho. José Manuel Pureza, do BE, acusou o PSD de querer aproveitar-se da crise para tornar regra a precariedade e de querer um "regresso" ao século XIX. O deputado do PCP Jorge Machado usou um ditado popular: "Um diz mata, outro diz esfola." Um é o PS, com as alterações ao código, o outro o PSD, com este projecto. com Lusa

Sociais-democratas admitem contrato verbal. PS opõe-se a "retrocesso". PSD, PCP e Bloco criticam socialistas por desemprego jovem atingir 23 por cento

O PS encontrou mais um filão para atacar o PSD de Pedro Passos Coelho. E tentar associar-se às preocupações da "geração parva", a tal que aos 30 anos ainda vive em casa dos pais e tem emprego precário. O filão é o projecto de lei social-democrata, em debate amanhã no Parlamento, com medidas "transitórias e excepcionais" de criação de emprego e que, segundo os socialistas, só cria mais precariedade, especialmente entre os jovens. Desta vez, PS, PCP e Bloco unem-se para chumbar o diploma. Ma o PS não escapa a críticas.

O SMS com o anúncio da conferência de imprensa do líder parlamentar do PS chegou de manhã. Francisco Assis fez duras críticas ao PSD por pôr em causa os princípios da contratação. "O novo conceito de admis- sibilidade de contratos a termo e de contratos de trabalho temporário verbais", afirmou, é "um grande retrocesso" e "debilita fortemente a posição do trabalhador". E contestou a caducidade automática dos contratos, prevista no projecto social-democrata, lembrando que até hoje o que prevalece é o contrário. Ou seja, a "renovação automática dos contratos".

Por isso, o PS vai organizar amanhã uma audição parlamentar com a ministra do Trabalho, Helena André, e especialistas para discutir "o emprego jovem".

Depois, veio o PSD, através de Miguel Macedo, responder ao PS, dizer que aquelas são medidas transitórias, até 2014, para responder a uma "situação de emergência". E contra-atacou. Afinal, o que diz Assis é uma acusação "extraordinária" vinda de um partido que apoia um Governo cujas medidas resultaram num desemprego de 23 por cento entre os jovens. Estes "votos pios" do PS "não ligam" com as negociações do executivo, em concertação social, para "embaratecer os despedimentos", disse.

À esquerda, esse foi um argumento usado por BE e PCP, culpando o PS de tomar medidas que aumentam a precarização, por exemplo nas alterações ao Código do Trabalho. José Manuel Pureza, do BE, acusou o PSD de querer aproveitar-se da crise para tornar regra a precariedade e de querer um "regresso" ao século XIX. O deputado do PCP Jorge Machado usou um ditado popular: "Um diz mata, outro diz esfola." Um é o PS, com as alterações ao código, o outro o PSD, com este projecto. com Lusa

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