portugal contemporâneo: a olhar p´ró balão

24-01-2011
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É claro que a ideia socialista da igualdade em que hoje são educados os nossos jovens tem por efeito qe eles vejam igualdade em tudo o que brilha, e não apenas entre homens e mulheres, como descrevi aqui. A sua principal consequência é destruír a ideia de autoridade.Na conferência a que me referi no post citado, houve um momento particularmente tenso e que me levou aos arames. Foi quando eu estava a expôr um argumento que obviamente não recolhia a aprovação da maioria (eu julgo que não consegui apresentar um que recolhesse a aprovação da maioria) e fui interrompido por um estudante na primeira fila que me atirou:-Isso é um argumento de autoridade!Interrompi o meu raciocínio, esperei que se fizesse silêncio e perguntei-lhe o nome e a idade (22 anos). Disse-lhe que tinha 56. Havia uma diferença de 34. E depois disse-lhe o seguinte (cito de memória).-Claro que é um argumento de autoridade. Eu sou uma autoridade perante si. Se pensa que sou igual a si, desengane-se e considero uma ofensa você estar a querer pôr-me ao seu nível. Quando você nasceu eu já tinha feito uma licenciatura, que só agora você anda a fazer, na realidade já tinha feito um mestrado e um doutoramento, já era professor universitário titular, era pai de três filhos e à espera do quarto ...e fui por ali fora a enumerar os meus feitos e com um tal entusiasmo que às tantas estava a ficar impressionado comigo próprio. Expliquei-lhe que aquilo que ele tinha dito era uma ofensa porque implicava que eu não tinha aprendido nada nestes 34 anos de vida, antes dele nascer.E concluí:-Ou você julga que eu andei aqui 34 anos a olhar p´ró balão à espera que você nascesse para que os dois pudéssemos começar a vida em pé de igualdade?Eu considero que uma das primeiras tarefas para recuperar Portugal - a sua economia, a sua sociedade, as suas instituições - é pôr na ordem estes miúdos que acham que o mundo nasceu com eles.

É claro que a ideia socialista da igualdade em que hoje são educados os nossos jovens tem por efeito qe eles vejam igualdade em tudo o que brilha, e não apenas entre homens e mulheres, como descrevi aqui. A sua principal consequência é destruír a ideia de autoridade.Na conferência a que me referi no post citado, houve um momento particularmente tenso e que me levou aos arames. Foi quando eu estava a expôr um argumento que obviamente não recolhia a aprovação da maioria (eu julgo que não consegui apresentar um que recolhesse a aprovação da maioria) e fui interrompido por um estudante na primeira fila que me atirou:-Isso é um argumento de autoridade!Interrompi o meu raciocínio, esperei que se fizesse silêncio e perguntei-lhe o nome e a idade (22 anos). Disse-lhe que tinha 56. Havia uma diferença de 34. E depois disse-lhe o seguinte (cito de memória).-Claro que é um argumento de autoridade. Eu sou uma autoridade perante si. Se pensa que sou igual a si, desengane-se e considero uma ofensa você estar a querer pôr-me ao seu nível. Quando você nasceu eu já tinha feito uma licenciatura, que só agora você anda a fazer, na realidade já tinha feito um mestrado e um doutoramento, já era professor universitário titular, era pai de três filhos e à espera do quarto ...e fui por ali fora a enumerar os meus feitos e com um tal entusiasmo que às tantas estava a ficar impressionado comigo próprio. Expliquei-lhe que aquilo que ele tinha dito era uma ofensa porque implicava que eu não tinha aprendido nada nestes 34 anos de vida, antes dele nascer.E concluí:-Ou você julga que eu andei aqui 34 anos a olhar p´ró balão à espera que você nascesse para que os dois pudéssemos começar a vida em pé de igualdade?Eu considero que uma das primeiras tarefas para recuperar Portugal - a sua economia, a sua sociedade, as suas instituições - é pôr na ordem estes miúdos que acham que o mundo nasceu com eles.

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