O Cachimbo de Magritte: Dois padrões de comportamento

27-01-2011
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A ERSE apresentou hoje mais uma factura aos portugueses: no próximo ano serão chamados a pagar mais 3,8% de electricidade. O acréscimo é brutal, vem na altura mais difícil e penaliza os mesmos de costume, não abrangidos pela tarifa social que a campanha socratiana se apressou a anteciparSe lermos o comunicado da ERSE damo-nos conta do que somos chamados a pagar: por exemplo, de 2006 a 2010, os chamados “custos de interesse económico geral” subiram de 500 Milhões para 2.500 Milhões de Euros. Repito, em 4 anos subiram cinco vezes mais, ou seja 500 Milhões mais 500 Milhões mais 500 Milhões mais 500 Milhões mais 500 Milhões.E o que são os “custos de interesse económico geral”? É, por exemplo, a grande aposta de Sócrates para as eleições de 2009: as energias renováveis que em 2011 custarão já mais de 1.000 Milhões (Sobrecusto de Produção em Regime Especial). E é também o défice energético – não contabilizado no comunicado -, que resulta do empurrar com a barriga facturas que se acumulam para depois.Há em todos os exemplos, que nos últimos dias se multiplicam, um padrão de comportamento. Em apenas 4 ou 5 anos, o despesismo ganhou proporções de total irresponsabilidade e loucura.Como foi possível não haver ninguém dentro do seu Governo, no seio do Partido Socialista, mas também em todas as instituições do País com que lida, ninguém que o fizesse parar? Sobretudo, como é possível continuar a não haver ninguém? Nem mesmo as sondagens.Quando olharmos para trás, vamo-nos interrogar muitas vezes: como foi possível?Entretanto, continuamos a consumir a trágico-comédia aprovação do orçamento. Faz lembrar uma máxima atribuída ao abade de Priscos: todo o burro come palha, é preciso é saber dá-la.


A ERSE apresentou hoje mais uma factura aos portugueses: no próximo ano serão chamados a pagar mais 3,8% de electricidade. O acréscimo é brutal, vem na altura mais difícil e penaliza os mesmos de costume, não abrangidos pela tarifa social que a campanha socratiana se apressou a anteciparSe lermos o comunicado da ERSE damo-nos conta do que somos chamados a pagar: por exemplo, de 2006 a 2010, os chamados “custos de interesse económico geral” subiram de 500 Milhões para 2.500 Milhões de Euros. Repito, em 4 anos subiram cinco vezes mais, ou seja 500 Milhões mais 500 Milhões mais 500 Milhões mais 500 Milhões mais 500 Milhões.E o que são os “custos de interesse económico geral”? É, por exemplo, a grande aposta de Sócrates para as eleições de 2009: as energias renováveis que em 2011 custarão já mais de 1.000 Milhões (Sobrecusto de Produção em Regime Especial). E é também o défice energético – não contabilizado no comunicado -, que resulta do empurrar com a barriga facturas que se acumulam para depois.Há em todos os exemplos, que nos últimos dias se multiplicam, um padrão de comportamento. Em apenas 4 ou 5 anos, o despesismo ganhou proporções de total irresponsabilidade e loucura.Como foi possível não haver ninguém dentro do seu Governo, no seio do Partido Socialista, mas também em todas as instituições do País com que lida, ninguém que o fizesse parar? Sobretudo, como é possível continuar a não haver ninguém? Nem mesmo as sondagens.Quando olharmos para trás, vamo-nos interrogar muitas vezes: como foi possível?Entretanto, continuamos a consumir a trágico-comédia aprovação do orçamento. Faz lembrar uma máxima atribuída ao abade de Priscos: todo o burro come palha, é preciso é saber dá-la.

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