portugal contemporâneo: a síndrome do SNS

24-01-2011
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Quando se critica o Serviço Nacional de Saúde há sempre alguém que argumenta que os índices sanitários em Portugal eram péssimos antes do SNS e que agora são muito melhores. A seguir vem a conclusão de que o SNS é portanto excelente.Este raciocínio está errado porque pressupõe que se não fosse o SNS ficaríamos no vazio. Ora outros países optaram por soluções diversas e obtiveram resultados melhores, mas este último argumento é mais difícil de compreender.Relativamente ao problema da integração Europeia ocorre o mesmo. Vamos chamar-lhe a síndrome do SNS. Os comentadores dos meus posts anteriores (este e este) constatam que o País se desenvolveu e portanto concluem que se desenvolveu graças à UE. Contudo, há anos que estamos a divergir da UE e somos até um “case study” de insucesso e desperdício. Em que ficamos?Os novos Estados da UE recusaram-se a adoptar as políticas de elevada fiscalidade da UE e até a Irlanda já foi criticada por Bruxelas por este motivo. O nosso caso é paradigmático de um país menos rico que se seduziu pelos luxos de países mais ricos do que nós.É evidente que há vantagens em integrar um grande bloco comercial, mas essas vantagens não devem esquecer o fenómeno da globalização e os custos da integração. Quando exportamos para o Brasil, os brasileiros não querem saber do nosso ISP, do IVA, do IRC ou da cor da nossa roupa interior...

Quando se critica o Serviço Nacional de Saúde há sempre alguém que argumenta que os índices sanitários em Portugal eram péssimos antes do SNS e que agora são muito melhores. A seguir vem a conclusão de que o SNS é portanto excelente.Este raciocínio está errado porque pressupõe que se não fosse o SNS ficaríamos no vazio. Ora outros países optaram por soluções diversas e obtiveram resultados melhores, mas este último argumento é mais difícil de compreender.Relativamente ao problema da integração Europeia ocorre o mesmo. Vamos chamar-lhe a síndrome do SNS. Os comentadores dos meus posts anteriores (este e este) constatam que o País se desenvolveu e portanto concluem que se desenvolveu graças à UE. Contudo, há anos que estamos a divergir da UE e somos até um “case study” de insucesso e desperdício. Em que ficamos?Os novos Estados da UE recusaram-se a adoptar as políticas de elevada fiscalidade da UE e até a Irlanda já foi criticada por Bruxelas por este motivo. O nosso caso é paradigmático de um país menos rico que se seduziu pelos luxos de países mais ricos do que nós.É evidente que há vantagens em integrar um grande bloco comercial, mas essas vantagens não devem esquecer o fenómeno da globalização e os custos da integração. Quando exportamos para o Brasil, os brasileiros não querem saber do nosso ISP, do IVA, do IRC ou da cor da nossa roupa interior...

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