«Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, politica de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?» (Eça de Queiroz, in Jornal O Distrito de Évora, 1867).Os nossos problemas são recorrentes. Entre os séculos XIX, XX e o nosso século, as semelhanças são evidentes. Pois. Mas não sei se isso nos deve tranquilizar ou preocupar ainda mais.
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«Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, politica de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?» (Eça de Queiroz, in Jornal O Distrito de Évora, 1867).Os nossos problemas são recorrentes. Entre os séculos XIX, XX e o nosso século, as semelhanças são evidentes. Pois. Mas não sei se isso nos deve tranquilizar ou preocupar ainda mais.