De Rerum Natura: CORPOS EM EXPOSIÇÃO

28-05-2010
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Inaugura no dia 5 de Maio em Lisboa, no Palácio Dos Condes do Restelo, a exposição “O corpo humano como nunca o viu” (no original “Bodies – The exhibition” ) que já esteve, sempre com muita polémica, em Nova Iorque, Washington, Amsterdão, São Paulo, Londres, Miami (há uma cena no último filme de James Bond), Seattle, Las Vegas e Durham. São expostos 17 cadáveres humanos e 270 órgãos também humanos, conservados pela técnica da polimerização. As opiniões sobre a mostra dividem-se, mesmo entre médicos. E mesmo entre médicos da mesma escola. Diz Francisco Castro e Sousa, professor de Medicina da Universidade de Coimbra que preside à Comissão Científica da exposição: “A exposição é de uma enorme dignidade e respeito para com os corpos e pode ser uma forma de estimular comportamentos, prevenir, detectar precocemente e chegar ao objectivo de curar” (...) “Incentiva a que se tenha uma vida baseada em práticas que favoreçam a saúde”. Mas o seu colega Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal, sito em Coimbra, não é exactamente da mesma opinião. “Tenho algumas reservas e algumas dúvidas. A mostra permite uma análise e uma visão do corpo que as pessoas normalmente não têm, mas qualquer abordagem ética só pode ser feita sabendo-se as condições em que os cadáveres são utilizados e como ali chegaram”. Outro professor de Coimbra, Salvador Massano Cardoso, é mais categórico: “Não considero correcta a utilização para fins comerciais ou artísticos. Um morto tem direitos e aqueles corpos estão a ser profanados”. Eu, que não sou médico, não tenho ainda uma opinião. Conto ir ver para a ter...


Inaugura no dia 5 de Maio em Lisboa, no Palácio Dos Condes do Restelo, a exposição “O corpo humano como nunca o viu” (no original “Bodies – The exhibition” ) que já esteve, sempre com muita polémica, em Nova Iorque, Washington, Amsterdão, São Paulo, Londres, Miami (há uma cena no último filme de James Bond), Seattle, Las Vegas e Durham. São expostos 17 cadáveres humanos e 270 órgãos também humanos, conservados pela técnica da polimerização. As opiniões sobre a mostra dividem-se, mesmo entre médicos. E mesmo entre médicos da mesma escola. Diz Francisco Castro e Sousa, professor de Medicina da Universidade de Coimbra que preside à Comissão Científica da exposição: “A exposição é de uma enorme dignidade e respeito para com os corpos e pode ser uma forma de estimular comportamentos, prevenir, detectar precocemente e chegar ao objectivo de curar” (...) “Incentiva a que se tenha uma vida baseada em práticas que favoreçam a saúde”. Mas o seu colega Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal, sito em Coimbra, não é exactamente da mesma opinião. “Tenho algumas reservas e algumas dúvidas. A mostra permite uma análise e uma visão do corpo que as pessoas normalmente não têm, mas qualquer abordagem ética só pode ser feita sabendo-se as condições em que os cadáveres são utilizados e como ali chegaram”. Outro professor de Coimbra, Salvador Massano Cardoso, é mais categórico: “Não considero correcta a utilização para fins comerciais ou artísticos. Um morto tem direitos e aqueles corpos estão a ser profanados”. Eu, que não sou médico, não tenho ainda uma opinião. Conto ir ver para a ter...

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