O Cachimbo de Magritte: Da literatura

20-01-2011
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(clique em cima da estrutura do tédio para ver melhor)Eduardo Pitta escreve, e bem, sobre livros. Tem ali uma costela fanática, uma cegueira socrática complicada. Certo. Mas 100% obtuso é que não é. Portanto, não é autor deste post. Quer dizer: tratando-se de um assunto – emprego e mercado laboral – que, requerendo embora apenas uma quantidade mínima de sofisticação no raciocínio económico, lhe é em absoluto estranho, não é, mesmo assim, plausível que Eduardo Pitta, o dos livros, não tenha tido, pelo menos um dia na vida, um ainda que muito vago estremecimento de dúvida em relação ao slogan de que a liberalização do mercado de trabalho gera desemprego. Não pode ser que o Eduardo Pitta, o dos livros, impute a quem a defende a intenção de o aumentar. Não é razoável pensar que o crítico literário e escritor não tenha tido, num momento de tédio e algum vagar, dois segundos para suspeitar que a regulamentação estrita do mercado de trabalho pode fazer-se com um número avultado de argumentos, susceptíveis de controvérsia, mas nenhum deles é o de que ela estimula a criação ou a sustentação do emprego ou, a prazo, a redução do desemprego. Ao outro Eduardo Pitta, o que escreve este post, um livrinho básico de introdução à economia era capaz de não fazer mal nenhum, embora o assunto, presumo, lhe seja deveras aborrecido. Mas se não sabe; não tem interesse; não pergunta; porque é que se presta a estas figuras de meter dó?


(clique em cima da estrutura do tédio para ver melhor)Eduardo Pitta escreve, e bem, sobre livros. Tem ali uma costela fanática, uma cegueira socrática complicada. Certo. Mas 100% obtuso é que não é. Portanto, não é autor deste post. Quer dizer: tratando-se de um assunto – emprego e mercado laboral – que, requerendo embora apenas uma quantidade mínima de sofisticação no raciocínio económico, lhe é em absoluto estranho, não é, mesmo assim, plausível que Eduardo Pitta, o dos livros, não tenha tido, pelo menos um dia na vida, um ainda que muito vago estremecimento de dúvida em relação ao slogan de que a liberalização do mercado de trabalho gera desemprego. Não pode ser que o Eduardo Pitta, o dos livros, impute a quem a defende a intenção de o aumentar. Não é razoável pensar que o crítico literário e escritor não tenha tido, num momento de tédio e algum vagar, dois segundos para suspeitar que a regulamentação estrita do mercado de trabalho pode fazer-se com um número avultado de argumentos, susceptíveis de controvérsia, mas nenhum deles é o de que ela estimula a criação ou a sustentação do emprego ou, a prazo, a redução do desemprego. Ao outro Eduardo Pitta, o que escreve este post, um livrinho básico de introdução à economia era capaz de não fazer mal nenhum, embora o assunto, presumo, lhe seja deveras aborrecido. Mas se não sabe; não tem interesse; não pergunta; porque é que se presta a estas figuras de meter dó?

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