O Cachimbo de Magritte: O problema não são os 10% de desemprego em Portugal

18-12-2009
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Mesmo não contando com os que têm empregos muito precários; com os que continuam a estudar e a fazer pós-graduações que não interessam para nada (a não ser para disfarçar o desemprego e ocupar o tempo) ou em suposta formação/estágio (como os advogados estagiários que andam a entregar requerimentos); com a quantidade de gente que está a emigrar (pois está desempregada ou cheia de dívidas); com a recorrente acusação de que as estatísticas do desemprego não são fiáveis; com os que desistem de procurar emprego e se conformam a viver de biscates ou a serem “domésticas”; com os milhares de funcionários públicos a mais, já ultrapassámos os 10 % de desempregados - aqui.No entanto, o mais assustador é verificar que se trata de uma situação estrutural agravada pelas loucuras despesistas que estão a endividar o país e com os projectos geradores de mais dívida (e quase nenhum emprego) que se avizinham.Em lugar de se apoiar o empreendedorismo; o pequeno negócio com potencial de crescimento; a justiça célere, permitindo que os juízes dessem sentenças de duas páginas (em lugar das dezenas/centenas que estão obrigados a fazer, nomeadamente para seleccionar os factos e com leis processuais adaptadas a uma sociedade rural e imutável); o investimento em educação (em escolas particulares, cooperativas e públicas), nomeadamente, na matemática... vamos continuar a construir “elefantes brancos” como foram os estádios de futebol, como são algumas auto-estradas construídas, pagando os melhores salários a engenheiros e projectistas estrangeiros (foi assim na Ponte Vasco da Gama, por exemplo); pagando fortunas por um Know-how que se diz estar ultrapassado; recorrendo a imigrantes que, naturalmente e muito justamente, remeterão as suas economias para os países de origem; e com um pequeno, mas incontornável problema: diz quem sabe, quem faz as continhas, que já não conseguimos – com a nossa actual estrutura produtiva (baseada no betão) e burocrática (baseada no amiguismo) - pagar as nossas dívidas. Mas não contentes, cada dia que passa, continuamos a endividar-nos com um simpático sorriso nos lábios e a constante afirmação de que estamos no bom caminho. E estamos... a próxima meta são os 20 % de desemprego.


Mesmo não contando com os que têm empregos muito precários; com os que continuam a estudar e a fazer pós-graduações que não interessam para nada (a não ser para disfarçar o desemprego e ocupar o tempo) ou em suposta formação/estágio (como os advogados estagiários que andam a entregar requerimentos); com a quantidade de gente que está a emigrar (pois está desempregada ou cheia de dívidas); com a recorrente acusação de que as estatísticas do desemprego não são fiáveis; com os que desistem de procurar emprego e se conformam a viver de biscates ou a serem “domésticas”; com os milhares de funcionários públicos a mais, já ultrapassámos os 10 % de desempregados - aqui.No entanto, o mais assustador é verificar que se trata de uma situação estrutural agravada pelas loucuras despesistas que estão a endividar o país e com os projectos geradores de mais dívida (e quase nenhum emprego) que se avizinham.Em lugar de se apoiar o empreendedorismo; o pequeno negócio com potencial de crescimento; a justiça célere, permitindo que os juízes dessem sentenças de duas páginas (em lugar das dezenas/centenas que estão obrigados a fazer, nomeadamente para seleccionar os factos e com leis processuais adaptadas a uma sociedade rural e imutável); o investimento em educação (em escolas particulares, cooperativas e públicas), nomeadamente, na matemática... vamos continuar a construir “elefantes brancos” como foram os estádios de futebol, como são algumas auto-estradas construídas, pagando os melhores salários a engenheiros e projectistas estrangeiros (foi assim na Ponte Vasco da Gama, por exemplo); pagando fortunas por um Know-how que se diz estar ultrapassado; recorrendo a imigrantes que, naturalmente e muito justamente, remeterão as suas economias para os países de origem; e com um pequeno, mas incontornável problema: diz quem sabe, quem faz as continhas, que já não conseguimos – com a nossa actual estrutura produtiva (baseada no betão) e burocrática (baseada no amiguismo) - pagar as nossas dívidas. Mas não contentes, cada dia que passa, continuamos a endividar-nos com um simpático sorriso nos lábios e a constante afirmação de que estamos no bom caminho. E estamos... a próxima meta são os 20 % de desemprego.

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