O Cachimbo de Magritte: Propaganda soviética+P.S.

30-05-2010
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Confesso que não consigo perceber o raciocínio. Há um senhor que escreve hoje, assim, no i: As agências de notação, que ganharam rios de dinheiro a avaliar com nota máxima o que depois de 2007 se passou a designar por "lixo tóxico", continuam por aí a ameaçar impunemente os governos democráticos. Lembremos uma vez mais que foram estes que, através do défice público, evitaram que o colapso da procura privada desse origem a uma grande depressão. Ainda ninguém se lembrou de seguir o conselho de vários economistas: substituir estas agências privadas com incentivos perversos, e que hoje tornam mais difícil e oneroso o financiamento público e a saída da crise, por agências públicas internacionais de avaliação.As agências de notação devem ser eliminadas por terem subestimado o risco associado a «activos tóxicos»? Ou por «ameaçarem» governos democráticos, alertando para o aumento de risco associado ao investimento em certa dívida pública? A ideia de «vários economistas» é a de substituí-las por agências públicas internacionais, que falsifiquem a avaliação do risco associado a investimento nessa dívida pública, por forma a facilitar a sua colocação nos mercados, vendendo gato por lebre? E, supondo que os investidores e os mercados desconfiam de tais agências públicas criadas para falsificar a avaliação de risco, continuando, apesar de tudo, a confiar nas privadas «ameaçadoras», o que se faz a estas? Proíbem-se?Espero pela resposta na próxima segunda-feira.P.S.: Os neo-coms (neo-comunistas) têm qualquer coisa de esquizóide. Querem mercados - por exemplo, para canalizar as poupanças dos investidores para o financiamento do deboche financeiro português -, mas execram-nos por funcionarem - por exemplo, fazendo contas e exercendo a liberdade de escolha das aplicações. Quer dizer: querem, mas não querem.


Confesso que não consigo perceber o raciocínio. Há um senhor que escreve hoje, assim, no i: As agências de notação, que ganharam rios de dinheiro a avaliar com nota máxima o que depois de 2007 se passou a designar por "lixo tóxico", continuam por aí a ameaçar impunemente os governos democráticos. Lembremos uma vez mais que foram estes que, através do défice público, evitaram que o colapso da procura privada desse origem a uma grande depressão. Ainda ninguém se lembrou de seguir o conselho de vários economistas: substituir estas agências privadas com incentivos perversos, e que hoje tornam mais difícil e oneroso o financiamento público e a saída da crise, por agências públicas internacionais de avaliação.As agências de notação devem ser eliminadas por terem subestimado o risco associado a «activos tóxicos»? Ou por «ameaçarem» governos democráticos, alertando para o aumento de risco associado ao investimento em certa dívida pública? A ideia de «vários economistas» é a de substituí-las por agências públicas internacionais, que falsifiquem a avaliação do risco associado a investimento nessa dívida pública, por forma a facilitar a sua colocação nos mercados, vendendo gato por lebre? E, supondo que os investidores e os mercados desconfiam de tais agências públicas criadas para falsificar a avaliação de risco, continuando, apesar de tudo, a confiar nas privadas «ameaçadoras», o que se faz a estas? Proíbem-se?Espero pela resposta na próxima segunda-feira.P.S.: Os neo-coms (neo-comunistas) têm qualquer coisa de esquizóide. Querem mercados - por exemplo, para canalizar as poupanças dos investidores para o financiamento do deboche financeiro português -, mas execram-nos por funcionarem - por exemplo, fazendo contas e exercendo a liberdade de escolha das aplicações. Quer dizer: querem, mas não querem.

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