JORGE NUNO PINTO DA COSTA: A Era Roquette

20-05-2011
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http://www.forumscp.com/Faz hoje desgraçadamente 15 anos, que José Alfredo Parreira Holtreman Roquette, burlão e vigarista profissional, aterrou no Sporting com as consequências vergonhosas que se conhecem e com os resultados miseráveis que estão à vista de todos.Mas afinal, quem é este criminoso e quem é esta personagem sinistra e tenebrosa, com olhar de louco e olhos esbugalhados a fazerem lembrar um boi alienado da lezíria ?Nasceu em 22/09/1936 e mesmo sendo descendente de quem era, neto de José Alvalade e trineto do Visconde de Alvalade, apenas em Março de 1960, aos 24 anos descobriu a importância e o significado dos seus antepassados e resolveu fazer-se sócio do Sporting Clube de Portugal.Começou a sua vida profissional em 1959 no Banco Espírito Santo e a seguir ao 11 de Março de 1975 saiu de Portugal e "refez pelo mundo o Grupo Espírito Santo".Regressou no final dos anos 80 e deixou a Administração das principais holdings do BES para assumir a Presidência da empresa Valores Ibéricos, através da qual assegurou o controlo do Banco Totta e Açores em coligação com os espanhóis do Grupo Banesto.No princípio dos anos 90 o caso Totta Banesto atingiu escândalo de primeira página com Mário Conde por parte dos espanhóis da Banesto a ser condenado a pesada pena de prisão e, sem se saber muito bem como escapou José Roquette por parte dos portugueses do Totta.A este propósito dizia João Rocha em 15 de Fevereiro de 2006:"José Roquette julgava que o Sporting era uma operação tão fácil como a do Totta, em que ele, numa operação ilegal, ganhou 20 Milhões de contos ( 100 Milhões de Euros) sem pagar um tostão de impostos e, ainda por cima, acabou por comprometer aquele que foi recentemente eleito Presidente da Républica, Cavaco Silva." Ainda sobre este caso, noticiou a imprensa:Justiça: Cavaco Silva, Braga de Macedo e Mario Conde são testemunhasCaso Totta volta ao tribunalO Sporting está no centro de um processo judicial que ameaça trazer de novo à tona de água dois dos mais polémicos negócios dos últimos 20 anos em Portugal: a privatização do Banco Totta & Açores (BTA), na qual o Banesto obteve a maioria do capital à margem da lei, e a venda da Plêiade ao grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN)/Banco Português de Negócios (BPN). 21 Janeiro 2009Por:António Sérgio Azenha... o ex-líder do Sporting, João Rocha, outro ex-presidente dos leões, arrolou como testemunhas Cavaco Silva e Braga de Macedo, então primeiro-ministro e ministro das Finanças, respectivamente, Alípio Dias, na altura dirigente do BTA, Mario Conde, ex-líder do Banesto e preso deste 1994 por gestão fraudulenta, e Dias Loureiro, sócio de Roquette na Plêiade....BANESTO CONTROLOU TOTTA COM AJUDA PORTUGUESAA operação de privatização do BTA, entre 1989 e meados da década de 90, foi um dos negócios mais polémicos dos últimos 30 anos: segundo conta Mario Conde no seu livro ‘Banqueiros de Rapina’, em apenas quatro anos, o Banesto, a título individual e em aliança com a Valores Ibéricos, empresa detida pelo Banesto em conjunto com José Roquette, conseguiu controlar 50 por cento do capital social de um dos mais importantes bancos portugueses.Entre Julho de 1989, data da privatização da primeira tranche do BTA, e Maio de 1993, quando o Governo de Cavaco Silva é informado da real participação do Banesto no BTA, tudo parece ter corrido bem na aliança de espanhóis e portugueses para conquistar o Totta. As relações terão começado a azedar a partir de 17 de Maio: nesta data, Braga de Macedo, então ministro das Finanças, reúne em almoço de trabalho com José Roquette, Mario Conde, Roberto Mendonça, vice-presidente da J.P. Morgan, e fica a saber que 'o Banesto controlava 50 por cento do BTA e que era necessário encontrar uma saída para a situação.' A Lei só permitia que uma entidade estrangeira tivesse até dez por cento do capital de uma empresa portuguesa.Mario Conde diz no seu livro que o ministro das Finanças manifestou surpresa. Com o desagrado do Governo português, Conde acabou por desistir do projecto da fusão do Banesto com o BTA. E em Julho de 1993 revela à imprensa portuguesa, no Sul de Espanha, que o Banesto controlava 50 por cento do BTA. O escândalo rebentou. António Champalimaud acaba por comprar o BTA, que venderia depois ao Banco Santander.CRONOLOGIA10/07/1989 Estado procede à privatização da 1.ª tranche do Banco Totta & Açores (BTA). Banesto, em aliança com o grupo português de José Roquette, venceu por 50 cêntimos a oferta do Banco Hispano Americano (BHA): 21,5 euros por acção contra 21 euros. No fim do Verão, o Banesto tinha 3,32% e o grupo de Roquette 7,86% do BTA.29/07/1989 Acordo entre Banesto e o grupo português, assinado por Javier Abad e José Roquette, cria a sociedade Valores Ibéricos e estabelece que 'o controlo do BTA era o objectivo do Banesto', relata Mario Conde no seu livro.29/10/1989 Sonae e Banesto anunciam em Lisboa um acordo no qual o Banesto, em aliança com José Roquette, passaria a controlar 30% do BTA. 'Mediante uma contrapartida adequada, o grupo liderado por Belmiro de Azevedo aceita retirar-se da disputa', dizia o comunicado, pelo BTA.31/07/1990 Estado procede à privatização da 2.ª tranche do BTA. Governo autoriza que a participação estrangeira aumente de 5% para 10%. Banesto passa a deter 9,50%, Valores Ibéricos 28% e Roquette, a título individual, 2,5%. Aliança Banesto-Roquette controla 40% do BTA.27/12/1991 Mario Conde, presidente do Banesto, e José Roquette assinam o 'pacto de La Salceda'. Roquette, segundo o livro de Conde, 'comprometia-se a vender as suas participações no banco – a pessoal e a posição na Valores Ibéricos – ao Banesto.' Com esta operação, 'o Banesto completava, pois, um investimento que lhe permitira apoderar-se de 50% do Totta & Açores: 68 700 milhões de pesetas.'22/04/1992 Braga de Macedo, então ministro das Finanças, reúne pela primeira vez com os accionistas privados do BTA. No almoço-trabalho, estão presentes Mario Conde, José Roquette, Alípio Dias, dirigente do BTA, Elias da Costa, secretário de Estado do Tesouro. 'Ficou claro, nessa reunião, o interesse estratégico do Banesto no BTA', disse o ministro na comissão eventual de inquérito parlamentar ao processo de privatização do BTA.17/05/1993 Braga de Macedo reúne com Mario Conde, José Roquette, Roberto Mendonza, vice--presidente da J. P. Morgan. Conde afirma no seu livro que o ministro foi informado de que 'o Banesto controlava 50% do BTA e que era necessário encontrar uma saída para a situação.' E 'Braga de Macedo reagiu, manifestando uma surpresa que, naquele momento, parecia autêntica'. O ministro disse à comissão parlamentar que, 'durante a conversa, se tornou claro que os accionistas estrangeiros tinham uma influência na gestão do BTA muito superior à participação social que afirmavam ter'.03/07/1993 Em Estepona, perto de Marbella, onde estava a decorrer um seminário do Banesto, Mario Conde revela a jornalistas portugueses que o Banesto controla 50% do BTA e dá informações sobre as sociedades portuguesas que haviam adquirido as acções. 03/12/1993 Braga de Macedo, antes de sair do Ministério das Finanças, determina o envio do processo BTA/Banesto à Procuradoria-Geral da República.28/12/1993 Banco de Espanha abre um processo contra Mario Conde, o conselho de administração do Banesto e quatro directores-gerais. A nota de culpa, que seria entregue em Maio de 1994, inclui as operações no BTA correspondentes à 'realização de actos fraudulentos e utilização de pessoas interpostas'.14/07/1994 Inicia funções a Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar ao processo de privatização do BTA.Durante todo este tempo e durante todo este percurso de vida de José Roquette, em que nunca foi visto pelos corredores de Alvalade e em que nunca ninguém lhe reconheceu qualquer fervor Sportinguista ou qualquer paixão pelo Sporting, porque raio, por alma de quem (que não a dele) terá em 1995, aos 59 anos de idade, este meliante sentido o "chamamento" pelo Sporting?O que o terá feito um dia acordar e descobrir-se um grande Sportinguista e achar que tinha uma "missão" a cumprir, quando como ele próprio chegou a confessar "nem sabia bem onde ficava o Estádio de Alvalade"?Mistério ou talvez não.Para além da versão de que o Sporting como grande Clube(que era antes da sua chegada) e de que o mundo do futebol sendo um mundo à parte, quase intocável e com leis muito próprias, lhe serviria de refúgio, de coito, para todas as trafulhices de que estava sob suspeita e para todas as que ainda haviam de vir, rapidamente Roquette começou a fazer circular a versão de que os terrenos onde estava implantado o Sporting e à volta do Estádio pertenciam aos seus familiares, que teriam eventualmente dado ao Sporting, mas que teria havido alguma ilegalidade processual e que como tal os terrenos seriam sua pertença.Sobre essa falcatrua disse também o ex-presidente João Rocha em 2006, justificando a sua expulsão do Conselho leonino:"Tudo aconteceu, porque tive a coragem de dizer que os familiares de José Roquette, não deram um metro quadrado de terreno ao Sporting, como ele, José Roquette, afirmava constantemente. Era uma mentira pura, como aliás foi posteriormente comprovado no Livro Branco que já está feito. Existiram ainda peripécias muito graves que não vale a pena estar agora a falar...Já são muito antigas."Mas a extensão da Grande Golpada não se ficava por aqui.Havia o criminoso Projecto Roquette, que ainda hoje está em vigor, com alguns retoques, algumas alterações estratégicas e com todos os requintes de malvadez.Viriam as SADs. Nem poderia ser de outra maneira, afirmava Roquette. Os outros só poderiam seguir o nosso caminho. Seria o futuro. O grande futuro. O clube empresa, gerido como uma empresa e com brilhantes gestores de topo.Dizia Roquette, que o Sporting passaria a ganhar 3 em cada 5 campeonatos, nunca mais dependeria da bola na trave, muito em breve deixaríamos de ser um Clube vendedor e passaríamos inevitavelmente a Clube comprador.Com este Projecto, que Roquette nunca explicou e, com os brilhantes gestores, qual comité de sábios que ainda lá estão,iriam chover cornucópias de dinheiro, autênticos dilúvios de abundância, de abastança e de fartura. Seríamos imparáveis.É claro que perante este cenário idílico, quase todos os Sportinguistas acreditaram, legitimamente diga-se, porque estavam de boa fé e poucos conheciam a natureza do animal.Mas quem não estava de boa fé, mas sim de má fé, era precisamente Roquette e a sua Quadrilha.Ainda sobre o criminoso Projecto, disse o ex-presidente João Rocha ao jornal Record em 2006:"O Projecto Roquette liquidou o Sporting. Ninguém soube o que era o projecto, porque ele não dizia. sabia-se apenas, que era uma dezena de sociedades, dirigentes e funcionários superiores a ganhar centenas de milhar de contos. O projecto foi reduzir os sócios de mais de 100 mil para pouco mais de 30 mil, foi acabar com as modalidades amadoras, foi vender património, foram dezenas e dezenas de milhões de contos de prejuízo que não apareceram nos resultados, porque parte deles foram executados pelo Sporting. No caso da SAD deram-se informações falsas aos associados e à própria CMVM para a entrada na bolsa." Desde esse dia fatal para o Sporting, de 2 de Junho de 1995, que o projecto tem vindo a ser cumprido. Sempre com Roquette e os seus lacaios.Primeiro com Santana, testa de ferro e moço de recados, depois com Dias da Cunha, a seguir com Soares Franco e agora com Bettencourt.São os coveiros do Sporting.E o pai do projecto, o mentor da Grande Golpada, José Roquette, continua impune.As sociedades criadas dão sempre prejuízo e não prestam contas, os ordenados, os prémios e as indemnizações aos directores e administradores são obscenos e aviltantes, o passivo é monstruoso, desportivamente o Clube arrasta-se miseravelmente, os sócios são ostracizados, eliminados e silenciados, a extinção e desmantelamento do património do Clube em proveito da SAD e dos accionistas é uma realidade, o conluio com a Banca, nomeadamente com o BES, é revoltante, socialmente o Sporting vive em clima de guerra civil, associativamente já quase não existe.Quinze anos volvidos desde que Roquette e os seus sequazes tomaram de assalto o Sporting, verificamos em relação às receitas de quotização, pelo relatório agora apresentado e que diz respeito ao período entre Março de 2009 a Março de 2010, que sócios pagantes e com as quotas em dia, existem 19.111 sócios efectivos com mais de 18 anos(60% da totalidade dos sócios) e 12.674 sócios restantes, familiares, juvenis, correspondentes, que pagam quotas.E isto em Março de 2010, porque hoje ainda serão seguramente menos a pagar para estes vendidos e traidores.É o resultado dum Clube descaracterizado, em desagregação, em vias de extinção, governado por patifes.Quando o criminoso Roquette aterrou no Sporting havia cerca de 90.000 sócios com as quotas em dia. Hoje há cerca de 30.000.Quando o criminoso Roquette aterrou no Sporting havia um passivo de cerca de 30 milhões de euros. Hoje é superior a 400 milhões.Neste regime Roqueteiro, vamos a caminho do 9º ano consecutivo sem ganhar um campeonato.Nunca nenhuma Direcção, nos 104 anos de vida do Sporting tinha estado mais de 6. João Rocha e Amado de Freitas, seu apêndice, entre 82/83 e 87/88 e Sousa Cintra entre 89/90 e 94/95.Estes 15 anos têm-se pautado pela vergonha e pela humilhação permanente e para cúmulo dos cúmulos, faz agora um ano que foi eleito um presidente/Comissário do BES que ainda por cima é manifestamente atrasado mental e em que os sócios e adeptos anseiam, desejam e suspiram para que esteja calado.O anterior, para além de também ser Comissário do BES, era um bêbado, o seu antecessor sofria de demência e antes estava lá um dromedário charlatão.Todos eles a mando do chefe da Quadrilha. O criminoso José Alfredo Parreira Holtreman Roquette.Quando, conforme se propõem, esvaziarem completamente o Sporting dos seus bens e das suas fontes de receita, em favor da SAD e do banco para o qual trabalham, já nem precisarão das perversas e sinistras Assembleias Delegadas, pois os sócios já não terão nada a dizer e já não serão vistos nem achados. Servirão apenas para pagar e serão, como já hoje, tratados como clientes indesejáveis.Aí estará cumprido o projecto Roquette.Se os deixarmos. Cabe-nos pois, a nós Sportinguistas sobreviventes a esta matança de 15 anos, impedi-los de todas as formas e por todos os meios ao nosso alcance de matarem definitivamente o Sporting Clube de Portugal.E para evitar a morte do Sporting, vale tudo. É a luta pela sobrevivência. O Sporting está primeiro.Gostaria de recordar o flyer que foi distribuido no jogo contra a Académica em Fevereiro último, como forma de alerta e de protesto e que cada vez está mais actual.

http://www.forumscp.com/Faz hoje desgraçadamente 15 anos, que José Alfredo Parreira Holtreman Roquette, burlão e vigarista profissional, aterrou no Sporting com as consequências vergonhosas que se conhecem e com os resultados miseráveis que estão à vista de todos.Mas afinal, quem é este criminoso e quem é esta personagem sinistra e tenebrosa, com olhar de louco e olhos esbugalhados a fazerem lembrar um boi alienado da lezíria ?Nasceu em 22/09/1936 e mesmo sendo descendente de quem era, neto de José Alvalade e trineto do Visconde de Alvalade, apenas em Março de 1960, aos 24 anos descobriu a importância e o significado dos seus antepassados e resolveu fazer-se sócio do Sporting Clube de Portugal.Começou a sua vida profissional em 1959 no Banco Espírito Santo e a seguir ao 11 de Março de 1975 saiu de Portugal e "refez pelo mundo o Grupo Espírito Santo".Regressou no final dos anos 80 e deixou a Administração das principais holdings do BES para assumir a Presidência da empresa Valores Ibéricos, através da qual assegurou o controlo do Banco Totta e Açores em coligação com os espanhóis do Grupo Banesto.No princípio dos anos 90 o caso Totta Banesto atingiu escândalo de primeira página com Mário Conde por parte dos espanhóis da Banesto a ser condenado a pesada pena de prisão e, sem se saber muito bem como escapou José Roquette por parte dos portugueses do Totta.A este propósito dizia João Rocha em 15 de Fevereiro de 2006:"José Roquette julgava que o Sporting era uma operação tão fácil como a do Totta, em que ele, numa operação ilegal, ganhou 20 Milhões de contos ( 100 Milhões de Euros) sem pagar um tostão de impostos e, ainda por cima, acabou por comprometer aquele que foi recentemente eleito Presidente da Républica, Cavaco Silva." Ainda sobre este caso, noticiou a imprensa:Justiça: Cavaco Silva, Braga de Macedo e Mario Conde são testemunhasCaso Totta volta ao tribunalO Sporting está no centro de um processo judicial que ameaça trazer de novo à tona de água dois dos mais polémicos negócios dos últimos 20 anos em Portugal: a privatização do Banco Totta & Açores (BTA), na qual o Banesto obteve a maioria do capital à margem da lei, e a venda da Plêiade ao grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN)/Banco Português de Negócios (BPN). 21 Janeiro 2009Por:António Sérgio Azenha... o ex-líder do Sporting, João Rocha, outro ex-presidente dos leões, arrolou como testemunhas Cavaco Silva e Braga de Macedo, então primeiro-ministro e ministro das Finanças, respectivamente, Alípio Dias, na altura dirigente do BTA, Mario Conde, ex-líder do Banesto e preso deste 1994 por gestão fraudulenta, e Dias Loureiro, sócio de Roquette na Plêiade....BANESTO CONTROLOU TOTTA COM AJUDA PORTUGUESAA operação de privatização do BTA, entre 1989 e meados da década de 90, foi um dos negócios mais polémicos dos últimos 30 anos: segundo conta Mario Conde no seu livro ‘Banqueiros de Rapina’, em apenas quatro anos, o Banesto, a título individual e em aliança com a Valores Ibéricos, empresa detida pelo Banesto em conjunto com José Roquette, conseguiu controlar 50 por cento do capital social de um dos mais importantes bancos portugueses.Entre Julho de 1989, data da privatização da primeira tranche do BTA, e Maio de 1993, quando o Governo de Cavaco Silva é informado da real participação do Banesto no BTA, tudo parece ter corrido bem na aliança de espanhóis e portugueses para conquistar o Totta. As relações terão começado a azedar a partir de 17 de Maio: nesta data, Braga de Macedo, então ministro das Finanças, reúne em almoço de trabalho com José Roquette, Mario Conde, Roberto Mendonça, vice-presidente da J.P. Morgan, e fica a saber que 'o Banesto controlava 50 por cento do BTA e que era necessário encontrar uma saída para a situação.' A Lei só permitia que uma entidade estrangeira tivesse até dez por cento do capital de uma empresa portuguesa.Mario Conde diz no seu livro que o ministro das Finanças manifestou surpresa. Com o desagrado do Governo português, Conde acabou por desistir do projecto da fusão do Banesto com o BTA. E em Julho de 1993 revela à imprensa portuguesa, no Sul de Espanha, que o Banesto controlava 50 por cento do BTA. O escândalo rebentou. António Champalimaud acaba por comprar o BTA, que venderia depois ao Banco Santander.CRONOLOGIA10/07/1989 Estado procede à privatização da 1.ª tranche do Banco Totta & Açores (BTA). Banesto, em aliança com o grupo português de José Roquette, venceu por 50 cêntimos a oferta do Banco Hispano Americano (BHA): 21,5 euros por acção contra 21 euros. No fim do Verão, o Banesto tinha 3,32% e o grupo de Roquette 7,86% do BTA.29/07/1989 Acordo entre Banesto e o grupo português, assinado por Javier Abad e José Roquette, cria a sociedade Valores Ibéricos e estabelece que 'o controlo do BTA era o objectivo do Banesto', relata Mario Conde no seu livro.29/10/1989 Sonae e Banesto anunciam em Lisboa um acordo no qual o Banesto, em aliança com José Roquette, passaria a controlar 30% do BTA. 'Mediante uma contrapartida adequada, o grupo liderado por Belmiro de Azevedo aceita retirar-se da disputa', dizia o comunicado, pelo BTA.31/07/1990 Estado procede à privatização da 2.ª tranche do BTA. Governo autoriza que a participação estrangeira aumente de 5% para 10%. Banesto passa a deter 9,50%, Valores Ibéricos 28% e Roquette, a título individual, 2,5%. Aliança Banesto-Roquette controla 40% do BTA.27/12/1991 Mario Conde, presidente do Banesto, e José Roquette assinam o 'pacto de La Salceda'. Roquette, segundo o livro de Conde, 'comprometia-se a vender as suas participações no banco – a pessoal e a posição na Valores Ibéricos – ao Banesto.' Com esta operação, 'o Banesto completava, pois, um investimento que lhe permitira apoderar-se de 50% do Totta & Açores: 68 700 milhões de pesetas.'22/04/1992 Braga de Macedo, então ministro das Finanças, reúne pela primeira vez com os accionistas privados do BTA. No almoço-trabalho, estão presentes Mario Conde, José Roquette, Alípio Dias, dirigente do BTA, Elias da Costa, secretário de Estado do Tesouro. 'Ficou claro, nessa reunião, o interesse estratégico do Banesto no BTA', disse o ministro na comissão eventual de inquérito parlamentar ao processo de privatização do BTA.17/05/1993 Braga de Macedo reúne com Mario Conde, José Roquette, Roberto Mendonza, vice--presidente da J. P. Morgan. Conde afirma no seu livro que o ministro foi informado de que 'o Banesto controlava 50% do BTA e que era necessário encontrar uma saída para a situação.' E 'Braga de Macedo reagiu, manifestando uma surpresa que, naquele momento, parecia autêntica'. O ministro disse à comissão parlamentar que, 'durante a conversa, se tornou claro que os accionistas estrangeiros tinham uma influência na gestão do BTA muito superior à participação social que afirmavam ter'.03/07/1993 Em Estepona, perto de Marbella, onde estava a decorrer um seminário do Banesto, Mario Conde revela a jornalistas portugueses que o Banesto controla 50% do BTA e dá informações sobre as sociedades portuguesas que haviam adquirido as acções. 03/12/1993 Braga de Macedo, antes de sair do Ministério das Finanças, determina o envio do processo BTA/Banesto à Procuradoria-Geral da República.28/12/1993 Banco de Espanha abre um processo contra Mario Conde, o conselho de administração do Banesto e quatro directores-gerais. A nota de culpa, que seria entregue em Maio de 1994, inclui as operações no BTA correspondentes à 'realização de actos fraudulentos e utilização de pessoas interpostas'.14/07/1994 Inicia funções a Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar ao processo de privatização do BTA.Durante todo este tempo e durante todo este percurso de vida de José Roquette, em que nunca foi visto pelos corredores de Alvalade e em que nunca ninguém lhe reconheceu qualquer fervor Sportinguista ou qualquer paixão pelo Sporting, porque raio, por alma de quem (que não a dele) terá em 1995, aos 59 anos de idade, este meliante sentido o "chamamento" pelo Sporting?O que o terá feito um dia acordar e descobrir-se um grande Sportinguista e achar que tinha uma "missão" a cumprir, quando como ele próprio chegou a confessar "nem sabia bem onde ficava o Estádio de Alvalade"?Mistério ou talvez não.Para além da versão de que o Sporting como grande Clube(que era antes da sua chegada) e de que o mundo do futebol sendo um mundo à parte, quase intocável e com leis muito próprias, lhe serviria de refúgio, de coito, para todas as trafulhices de que estava sob suspeita e para todas as que ainda haviam de vir, rapidamente Roquette começou a fazer circular a versão de que os terrenos onde estava implantado o Sporting e à volta do Estádio pertenciam aos seus familiares, que teriam eventualmente dado ao Sporting, mas que teria havido alguma ilegalidade processual e que como tal os terrenos seriam sua pertença.Sobre essa falcatrua disse também o ex-presidente João Rocha em 2006, justificando a sua expulsão do Conselho leonino:"Tudo aconteceu, porque tive a coragem de dizer que os familiares de José Roquette, não deram um metro quadrado de terreno ao Sporting, como ele, José Roquette, afirmava constantemente. Era uma mentira pura, como aliás foi posteriormente comprovado no Livro Branco que já está feito. Existiram ainda peripécias muito graves que não vale a pena estar agora a falar...Já são muito antigas."Mas a extensão da Grande Golpada não se ficava por aqui.Havia o criminoso Projecto Roquette, que ainda hoje está em vigor, com alguns retoques, algumas alterações estratégicas e com todos os requintes de malvadez.Viriam as SADs. Nem poderia ser de outra maneira, afirmava Roquette. Os outros só poderiam seguir o nosso caminho. Seria o futuro. O grande futuro. O clube empresa, gerido como uma empresa e com brilhantes gestores de topo.Dizia Roquette, que o Sporting passaria a ganhar 3 em cada 5 campeonatos, nunca mais dependeria da bola na trave, muito em breve deixaríamos de ser um Clube vendedor e passaríamos inevitavelmente a Clube comprador.Com este Projecto, que Roquette nunca explicou e, com os brilhantes gestores, qual comité de sábios que ainda lá estão,iriam chover cornucópias de dinheiro, autênticos dilúvios de abundância, de abastança e de fartura. Seríamos imparáveis.É claro que perante este cenário idílico, quase todos os Sportinguistas acreditaram, legitimamente diga-se, porque estavam de boa fé e poucos conheciam a natureza do animal.Mas quem não estava de boa fé, mas sim de má fé, era precisamente Roquette e a sua Quadrilha.Ainda sobre o criminoso Projecto, disse o ex-presidente João Rocha ao jornal Record em 2006:"O Projecto Roquette liquidou o Sporting. Ninguém soube o que era o projecto, porque ele não dizia. sabia-se apenas, que era uma dezena de sociedades, dirigentes e funcionários superiores a ganhar centenas de milhar de contos. O projecto foi reduzir os sócios de mais de 100 mil para pouco mais de 30 mil, foi acabar com as modalidades amadoras, foi vender património, foram dezenas e dezenas de milhões de contos de prejuízo que não apareceram nos resultados, porque parte deles foram executados pelo Sporting. No caso da SAD deram-se informações falsas aos associados e à própria CMVM para a entrada na bolsa." Desde esse dia fatal para o Sporting, de 2 de Junho de 1995, que o projecto tem vindo a ser cumprido. Sempre com Roquette e os seus lacaios.Primeiro com Santana, testa de ferro e moço de recados, depois com Dias da Cunha, a seguir com Soares Franco e agora com Bettencourt.São os coveiros do Sporting.E o pai do projecto, o mentor da Grande Golpada, José Roquette, continua impune.As sociedades criadas dão sempre prejuízo e não prestam contas, os ordenados, os prémios e as indemnizações aos directores e administradores são obscenos e aviltantes, o passivo é monstruoso, desportivamente o Clube arrasta-se miseravelmente, os sócios são ostracizados, eliminados e silenciados, a extinção e desmantelamento do património do Clube em proveito da SAD e dos accionistas é uma realidade, o conluio com a Banca, nomeadamente com o BES, é revoltante, socialmente o Sporting vive em clima de guerra civil, associativamente já quase não existe.Quinze anos volvidos desde que Roquette e os seus sequazes tomaram de assalto o Sporting, verificamos em relação às receitas de quotização, pelo relatório agora apresentado e que diz respeito ao período entre Março de 2009 a Março de 2010, que sócios pagantes e com as quotas em dia, existem 19.111 sócios efectivos com mais de 18 anos(60% da totalidade dos sócios) e 12.674 sócios restantes, familiares, juvenis, correspondentes, que pagam quotas.E isto em Março de 2010, porque hoje ainda serão seguramente menos a pagar para estes vendidos e traidores.É o resultado dum Clube descaracterizado, em desagregação, em vias de extinção, governado por patifes.Quando o criminoso Roquette aterrou no Sporting havia cerca de 90.000 sócios com as quotas em dia. Hoje há cerca de 30.000.Quando o criminoso Roquette aterrou no Sporting havia um passivo de cerca de 30 milhões de euros. Hoje é superior a 400 milhões.Neste regime Roqueteiro, vamos a caminho do 9º ano consecutivo sem ganhar um campeonato.Nunca nenhuma Direcção, nos 104 anos de vida do Sporting tinha estado mais de 6. João Rocha e Amado de Freitas, seu apêndice, entre 82/83 e 87/88 e Sousa Cintra entre 89/90 e 94/95.Estes 15 anos têm-se pautado pela vergonha e pela humilhação permanente e para cúmulo dos cúmulos, faz agora um ano que foi eleito um presidente/Comissário do BES que ainda por cima é manifestamente atrasado mental e em que os sócios e adeptos anseiam, desejam e suspiram para que esteja calado.O anterior, para além de também ser Comissário do BES, era um bêbado, o seu antecessor sofria de demência e antes estava lá um dromedário charlatão.Todos eles a mando do chefe da Quadrilha. O criminoso José Alfredo Parreira Holtreman Roquette.Quando, conforme se propõem, esvaziarem completamente o Sporting dos seus bens e das suas fontes de receita, em favor da SAD e do banco para o qual trabalham, já nem precisarão das perversas e sinistras Assembleias Delegadas, pois os sócios já não terão nada a dizer e já não serão vistos nem achados. Servirão apenas para pagar e serão, como já hoje, tratados como clientes indesejáveis.Aí estará cumprido o projecto Roquette.Se os deixarmos. Cabe-nos pois, a nós Sportinguistas sobreviventes a esta matança de 15 anos, impedi-los de todas as formas e por todos os meios ao nosso alcance de matarem definitivamente o Sporting Clube de Portugal.E para evitar a morte do Sporting, vale tudo. É a luta pela sobrevivência. O Sporting está primeiro.Gostaria de recordar o flyer que foi distribuido no jogo contra a Académica em Fevereiro último, como forma de alerta e de protesto e que cada vez está mais actual.

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