O Cachimbo de Magritte: Manipulação, ignorância... oh não, outra vez o Jornal de Negócios!!

21-01-2011
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O coveiro, em comício, como de costumeEsta notícia do Jornal de Negócios é uma meia verdade e, na verdade, acaba por ser uma dose considerável de mentira. Vejamos: é um facto que a rendibilidade das Obrigações do Tesouro (OT) portuguesas (o Tesouro foi hoje ao mercado pagar de novo prémios de risco proibitivos, mas isso não tem já nada de novo) está a subir fortemente. É verdade que o risco e o juro da dívida soberana também na Irlanda estão em forte alta. E que a Grécia está sob elevada pressão, como sempre que a aversão ao risco aumenta (a Grécia já está dispensada de ir ao mercado, embora, por razões misteriosas, já tenha ido, desde que ficou debaixo da asa da UE/FMI).Porém, este não é um padrão comum aos «países periféricos», como o jornalista quer fazer crer, não sei se por ignorância do metier, se por má-fé, se por uma mistura conveniente dos dois ingredientes. Os títulos espanhóis e italianos estão mesmo em ligeira correcção, com as rendibilidades em baixa face ao fecho do mercado londrino de ontem.Claramente, o foco de risco está com uma espécie de cordão sanitário à volta da Grécia, de Portugal e da Irlanda, cujo rating foi revisto em baixa.Veja, aqui, o relatório da Reuters/Thomson de ontem, 24 de Agosto. E aqui o valor das OT de referência, com um desfasamento de 20 minutos em relação ao seu valor corrente de mercado. E mande o Jornal de Negócios à fava.De facto, Portugal não é a Espanha e muito menos é a Itália, está cada vez mais parecido com a Grécia, e aos dois juntou-se, parece, recentemente, a Irlanda.Ver na caixa de comentários a resposta do jornalista Nuno Carregueiro.


O coveiro, em comício, como de costumeEsta notícia do Jornal de Negócios é uma meia verdade e, na verdade, acaba por ser uma dose considerável de mentira. Vejamos: é um facto que a rendibilidade das Obrigações do Tesouro (OT) portuguesas (o Tesouro foi hoje ao mercado pagar de novo prémios de risco proibitivos, mas isso não tem já nada de novo) está a subir fortemente. É verdade que o risco e o juro da dívida soberana também na Irlanda estão em forte alta. E que a Grécia está sob elevada pressão, como sempre que a aversão ao risco aumenta (a Grécia já está dispensada de ir ao mercado, embora, por razões misteriosas, já tenha ido, desde que ficou debaixo da asa da UE/FMI).Porém, este não é um padrão comum aos «países periféricos», como o jornalista quer fazer crer, não sei se por ignorância do metier, se por má-fé, se por uma mistura conveniente dos dois ingredientes. Os títulos espanhóis e italianos estão mesmo em ligeira correcção, com as rendibilidades em baixa face ao fecho do mercado londrino de ontem.Claramente, o foco de risco está com uma espécie de cordão sanitário à volta da Grécia, de Portugal e da Irlanda, cujo rating foi revisto em baixa.Veja, aqui, o relatório da Reuters/Thomson de ontem, 24 de Agosto. E aqui o valor das OT de referência, com um desfasamento de 20 minutos em relação ao seu valor corrente de mercado. E mande o Jornal de Negócios à fava.De facto, Portugal não é a Espanha e muito menos é a Itália, está cada vez mais parecido com a Grécia, e aos dois juntou-se, parece, recentemente, a Irlanda.Ver na caixa de comentários a resposta do jornalista Nuno Carregueiro.

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